Decidimos ir à sorveteria local, um lugar acolhedor com luzes suaves e música tranquila tocando ao fundo. Arthur me segurou pela mão enquanto caminhávamos até o balcão.
"Qual sabor você quer?" - ele perguntou, sorrindo.
"Flocos" - respondi, olhando para os diferentes sabores disponíveis.
"Boa escolha. Vou de pistache," - ele respondeu, apontando para a opção verde no balcão.
Sentamo-nos em uma mesa perto da janela, observando as pessoas passarem do lado de fora. O ambiente estava calmo, e eu senti uma paz que há muito tempo não experimentava.
"Sabe, eu acho que isso tudo é só um recomeço," - eu disse, tomando um pequeno gole do meu sorvete.
Arthur olhou para mim, seus olhos refletindo sinceridade. "Concordo. Vai ser difícil, eu sei. Mas eu farei de tudo para que isso funcione. Você é importante para mim, e eu quero estar ao seu lado."
Senti meu coração aquecer com suas palavras. "Eu também quero tentar. Talvez seja o que precisamos, começar de novo, sem segredos, sem medo."
Arthur assentiu, apertando minha mão suavemente. "Sem segredos. Só nós dois, honestos um com o outro. Vou me esforçar para ser o cara que você merece."
Sorri, sentindo uma onda de esperança e confiança. "Eu acredito em você, Arthur. E acho que, juntos, podemos superar qualquer coisa."
Ele riu, um som leve e genuíno. "Então, vamos aproveitar esse momento. Que tal um segundo sorvete?"
Rimos juntos, compartilhando mais algumas taças e conversando sobre coisas simples: planos para o futuro, gostos pessoais, sonhos.
Enquanto o tempo passava, percebi que, apesar do começo turbulento, havia uma possibilidade real de felicidade à nossa frente. Com Arthur ao meu lado, parecia que poderíamos realmente deixar o passado para trás e construir algo novo e verdadeiro.
"Você teve uma infância legal?" perguntei enquanto tomava meu sorvete.
"Não." Ele respondeu com um tom pesado. "Minha infância foi horrível."
"Quer contar?" perguntei, tentando ser compreensivo.
Arthur suspirou, parecendo ponderar antes de começar a falar. "Bom... sem segredos, né?" Ele hesitou por um momento, mas então continuou: "Meu pai dizia amar minha mãe, mas era um escroto. Traía ela. Eu não suporto traição. Eu apanhava do meu pai por defender minha mãe, e ela me batia por ser filho dele. Foi um inferno. Aí eu saí de casa, conheci o Coringa, e viramos melhores amigos. Moro sozinho desde então."
Senti meu coração apertar com a história dele e, sem pensar duas vezes, o abracei com força. "Meu amor, agora eu tô aqui por você," sussurrei, tentando transmitir todo o meu apoio.
"Às vezes eu ainda sonho com eles," ele confessou, a voz quase sumindo. "Dá medo."
"Imagino, amor," respondi, tentando confortá-lo. Fiquei ali, segurando-o e tentando transmitir toda a segurança que ele precisava.
Depois de um tempo, fomos para o apartamento dele. Mandei uma mensagem para o Bak, avisando que iria dormir com o Thur naquela noite.
"Como é bom namorar você," Arthur disse, me surpreendendo com sua voz suave e sincera.
Ele me abraçou de novo, dessa vez nos ajeitando para ficarmos de conchinha. Senti o calor do corpo dele junto ao meu, e, com o coração mais leve, adormeci em seus braços.
Continua
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Stalker-Loud Thurzin
Fanfic"não traía seu boy killer" "S/N Lessa, uma jovem que sempre viveu à sombra de seu irmão, um dos maiores CEOs de São Paulo, nunca imaginou o quão drasticamente sua vida mudaria. Depois de anos estudando na Coreia do Sul, ela retorna ao Brasil aos 17...