capítulo 10

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Depois de um dia tenso na escola, cheguei em casa com a sensação de estar carregando um peso insuportável. A experiência na escola foi marcada por um misto de normalidade e tensão constante. Eu me forcei a agir normalmente, mas o medo de ser seguida e o pânico persistente estavam sempre presentes.

No momento em que entrei em casa, Bak estava no escritório, mergulhado em trabalho. Eu sabia que precisava lidar com a situação sozinha, já que não podia contar a ele sobre o stalker. Fechei a porta do meu quarto com um suspiro de alívio, grata por estar sozinha, mas o medo não me deixava em paz.

Me joguei na cama, tentando organizar meus pensamentos. O celular estava ao meu lado, e eu o olhei com ansiedade, esperando e temendo novas mensagens do stalker. Minhas mãos tremiam enquanto eu desbloqueava o telefone e via que havia uma nova mensagem.

“Vi você hoje. Não pense que pode se esconder. Vou estar sempre perto.”

O pavor se apoderou de mim novamente, e eu fechei os olhos, tentando afastar a sensação de estar sendo vigiada. Comecei a pensar em como poderia enfrentar isso sem a ajuda de Bak. A última coisa que queria era que ele se preocupasse ou, pior, que ele fosse prejudicado por causa disso.

Ouvi os passos de Bak se aproximando do meu quarto e me preparei para mais uma conversa forçada. Ele entrou, com uma expressão amigável, mas seu olhar se suavizou ao me ver deitada na cama com um semblante cansado.

“Ei, pequena, tudo bem?” ele perguntou, encostando na porta. “Pareceu um dia difícil na escola. Precisa de algo?”

Tentei forçar um sorriso. “Não, só estou um pouco cansada. O dia foi longo.”

Bak se aproximou e se sentou na beirada da cama, a preocupação evidente em seus olhos. “Você está certa? Parece que está carregando um peso. Se precisar conversar, estou aqui.”

Eu queria contar tudo a ele, queria desabafar, mas o medo das ameaças do stalker me impedia. Não podia arriscar a segurança de Bak e dos meus amigos. “É só o stress. As coisas novas, a escola... é tudo um pouco esmagador.”

Bak parecia insatisfeito com a resposta, mas não insistiu. “Bem, se precisar de alguma coisa, qualquer coisa, me avise. Eu vou estar por perto.”

“Obrigada, Bak,” respondi, tentando manter a voz firme. “Vou tentar descansar um pouco.”

Ele me deu um rápido abraço e saiu do quarto, fechando a porta atrás de si. Assim que ele se afastou, puxei meu celular novamente. A mensagem do stalker ainda estava lá, me lembrando da ameaça constante.

Meu coração batia acelerado enquanto eu olhava ao redor do quarto, tentando encontrar algum conforto nas coisas familiares. Peguei uma coberta e me enrolei nela, tentando me sentir segura. O pensamento de que alguém estava sempre me observando, sempre um passo à frente, era quase insuportável.

A ansiedade estava me consumindo, e eu sabia que precisava encontrar uma maneira de lidar com isso sem que Bak soubesse. Olhei para as paredes do meu quarto, sentindo uma prisão invisível se fechando ao meu redor. O sentimento de estar sendo vigiada era uma constante sombra.

Quando finalmente consegui dormir, meus sonhos eram perturbados, cheios de rostos estranhos e ameaças veladas. A cada vez que eu acordava durante a noite, o medo se reinstalava como uma segunda pele, e eu me sentia cada vez mais desamparada.

No dia seguinte, acordei com um sentimento de urgência. Sabia que precisava encontrar uma forma de proteger a mim mesma sem alertar Bak ou arriscar sua segurança. Me vesti rapidamente, decidida a manter a aparência de normalidade enquanto começava a procurar soluções discretas para lidar com o stalker.

Eu não sabia como enfrentaria isso, mas estava determinada a encontrar uma maneira de enfrentar o medo e a insegurança. Enquanto me preparava para sair de casa, o medo do stalker estava tão presente quanto a necessidade de seguir em frente. O dia prometia ser outro desafio, mas pelo menos eu estava determinada a lutar, mesmo que sozinha.

Stalker-Loud ThurzinOnde histórias criam vida. Descubra agora