capitulo 25

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A madrugada era envolta em silêncio, o tipo de quietude que faz o coração bater mais forte, onde cada pequeno som parecia amplificado. S/N estava encolhida sob as cobertas, o sono não vinha fácil. Ainda sentia o peso da noite anterior, as palavras, os toques... tudo se misturava na mente dela, trazendo um misto de medo e uma estranha fascinação.

De repente, uma leve brisa invadiu o quarto. Ela não se lembrava de ter deixado a janela aberta, mas lá estava ela, entreaberta. S/N sentiu o coração acelerar. Sabia o que aquilo significava.

Virou-se devagar na cama, e lá estava ele, o Stalker, vestido de preto como sempre, uma figura imponente na escuridão. Ele usava a mesma máscara de palhaço que ele sempre usava, o sorriso sinistro destacando-se na penumbra.

Ele se aproximou em silêncio, o olhar fixo nela, cada movimento calculado, como um predador estudando sua presa. S/N queria se encolher, afastar-se, mas ao mesmo tempo, havia algo nela que a mantinha imóvel, uma estranha atração que ela não conseguia explicar.

Ele se deitou ao lado dela na cama, sua presença dominando o espaço. Sem uma palavra, ele passou o braço em volta da cintura dela, puxando-a para mais perto, e S/N sentiu o calor dele contra seu corpo. A respiração dele era lenta e constante, mas ela sabia que havia um turbilhão por trás daquele controle.

"Eu te disse que estaria sempre aqui para você," ele murmurou, a voz baixa e possessiva, carregada de uma intensidade que fez o coração dela disparar.

S/N sentiu o toque dele se intensificar, a mão dele segurando-a firme, mas sem machucar, como se quisesse ter certeza de que ela não iria a lugar algum. Havia algo de reconfortante e assustador nisso, uma dicotomia que a deixava confusa.

"Você é minha, S/N," ele continuou, sua voz um sussurro rouco que se espalhava pela pele dela como eletricidade. "Ninguém vai tirar você de mim. Eu te protejo, te cuido. Só eu posso te amar assim."

Ela sabia que deveria temer aquelas palavras, que o controle dele era sufocante, mas havia algo ali, algo na forma como ele falava, como se ela fosse o centro do universo dele, que a fazia sentir um estranho conforto.

Ela não respondeu, mas ele não parecia esperar uma resposta. Os dedos dele subiram, traçando a linha do maxilar dela, suaves, mas firmes. O toque era reverente, como se estivesse explorando um tesouro que ele possuía.

"Você é tão linda," ele murmurou, a voz cheia de adoração sombria. "Minha linda S/N."

A respiração dela estava entrecortada, o medo e a excitação misturando-se de uma maneira que ela não conseguia compreender totalmente. Ele era perigoso, possessivo, mas havia uma intensidade no amor dele que a consumia.

"Durma, meu amor," ele disse finalmente, a voz suave, mas ainda carregada de posse. "Eu estou aqui. Sempre estarei."

E assim, ele permaneceu ali, segurando-a contra si, como se ela fosse a única coisa que importava no mundo. S/N fechou os olhos, sentindo a respiração dele contra o pescoço dela, e, apesar de tudo, uma parte dela relaxou. Ele a havia envolvido de tal forma que, por mais aterrorizante que fosse, ela não conseguia escapar.

E, naquele momento, ela nem sabia se queria.

A luz fraca da lua filtrava-se pelas cortinas, projetando sombras suaves no quarto, criando um ambiente ao mesmo tempo tranquilo e carregado de tensão.

Ela sentiu o calor do corpo dele, uma presença constante e dominadora que a fazia sentir-se inquieta e atraída. Lentamente, virou-se para encarar o rosto dele. Mesmo atrás da máscara, havia uma intensidade nos olhos dele que a fazia sentir um misto de medo e desejo.

Os lábios dela se encontraram com os dele em um beijo hesitante, carregado de uma curiosidade que logo se transformou em algo mais profundo. O Stalker respondeu com uma urgência desesperada, seus braços a envolvendo com uma possessividade quase sufocante. O beijo era intenso e possessivo, uma manifestação da necessidade dele de marcar território.

Ele se afastou um pouco, apenas o suficiente para sussurrar em seu ouvido, sua voz carregada de um possessivo prazer. “Você é minha, S/N. Só minha. Nunca se esqueça disso.”

Os beijos continuaram, agora explorando cada parte do pescoço e dos ombros dela, com uma necessidade que parecia não ter limites. A forma como ele a tocava e a beijava era uma declaração de domínio, um ato de posse que misturava amor e controle de uma maneira perturbadora.

S/N sentiu uma mistura de emoções conflitantes. Havia uma necessidade de estar próxima dele, de sentir aquela posse, ao mesmo tempo em que o medo e o desejo se misturavam dentro dela. Ele continuava a beijá-la com uma intensidade que parecia dizer que nada mais importava além dela.

“Eu nunca vou deixar você,” ele murmurou entre os beijos, sua voz um misto de possessividade e devoção. “Você pertence a mim, e eu vou cuidar de você. Sempre.”

O beijo e os toques dele eram envolventes, criando uma sensação de dependência perturbadora. Mesmo sabendo que era perigoso e confuso, S/N encontrou um estranho conforto na presença dele. Ele estava ali, não apenas como um vigilante, mas como alguém que a desejava profundamente, mesmo que sua forma de amor fosse envolta em sombras.

Finalmente, ele se afastou um pouco, mantendo a mão firme na cintura dela, olhando-a com um olhar que misturava possessividade e satisfação. “Durma, minha querida,” ele sussurrou, seu tom agora mais suave, mas ainda carregado de domínio. “Eu vou ficar aqui, ao seu lado, sempre.”

S/N fechou os olhos, sentindo o calor e a intensidade dele. Ela se aninhou contra ele, encontrando um estranho consolo na presença dele, mesmo que seu amor fosse envolto em uma obsessão perturbadora. Naquela madrugada, com o mundo em silêncio ao redor deles, ela encontrou um conforto inquietante em saber que ele sempre estaria ali, vigiando e protegendo de uma forma que ninguém mais poderia compreender.

Stalker-Loud ThurzinOnde histórias criam vida. Descubra agora