XLI - Cartas à Mesa

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— As táticas insanas de Mata Hari não conseguiram vencer o jeito imprevisível de Morrigan! Na sexta rodada o lado vencedor foi o lado dos Deuses!!! — Narra a Deusa da Vitória, deixando a plateia muito dividida.

— Bom trabalho, Morrigan!!! — Comemoram os Deuses Celtas, felizes com a vitória de sua líder.

— Maldita! Por que aquela humana não matou a desgraçada da minha mãe!? — Questiona Mordred, sentindo ódio.

— Acalme-se, filho... Está tudo bem. — Responde Arthur, tentando acalmar seu filho — Está tudo bem, sinto que ela pode mudar.

Uns ficam meio apáticos, enquanto boa parte da plateia sente muita raiva: — Mas... O quê? Estávamos numa maré muito alta de vitórias, havíamos vencido duas vezes, e passado os Deuses!!! Por que botaram uma fracassada, que só serviu para morrer desse jeito inútil!? — Muitos homens questionam, com ódio em suas caras.

— CALEM-SE! — Dizem algumas dançarinas — Aquela mulher, a Mata Hari, lutou muito bem de início a fim. Ela por um mero triz não venceu, e a própria Deusa entendeu quem ela era, e a reconheceu como digna! Não ouse insultar alguém como ela!!!

— Mas como não posso insultar? Ela foi inútil, uma fracassada!

Muitos humanos brigam, enquanto uma pessoa em específica começa a apenas chorar...

— Sniff sniff... Mamãe... Por quê? — Louise Jeanne se derrama em lágrimas, após ver sua própria mãe ter se desfeito por completo — Por quê, mamãe?... Por que você morreu desse jeito? E aquilo que você falou, que iria voltar para mim um dia, e que nos veríamos de novo?... Aquilo foi uma... Mentira?

Algumas pessoas ao redor ficam muito tristes ao ver as palavras daquela garota... Uma criança chorar aos prantos daquele jeito faz com que muitos sintam a dor dela, e passam a entender melhor o que aconteceu.

— SNIFF... MAMÃE, POR FAVOR, VOLTA!!! BUÁAA!!!

O choro de Louise Jeanne faz ela correr para o outro lado do local, deixando muitas pessoas preocupadas.

— EI, ONDE VAI!? — Questiona Yao Shi, mãe de Yue Fei, alarmada ao ver a criança naquele estado

— Por favor, não vá para muito longe! Algo pode te atacar! — Afirma Neyde Senna da Silva, mãe de Ayrton Senna, sentindo o mesmo que a mãe do maior mestre de Kung Fu.

— BUÁAA!!! — A garota não liga, apenas correndo para fora das arquibancadas da torcida, indo para uma parte escura da arena Valhalla — EU QUERO A MINHA MÃE!!! SNIFF SNIFF, MAMÃE, ONDE VOCÊ FOI???

— Ei... — Diz a Chinesa, chegando até ela — Você é filha da espiã que lutou agora mesmo?

— Sim... Ela era a minha mãe, e em vida havia jurado para mim que um dia nos veríamos novamente. Eu fiquei mais de cem anos esperando para vê-la novamente, para ela morrer desse jeito... Por que isso teve que acontecer???

— Entendo você. — Se abaixa, encostando a mão no ombro dela — Você estava assistindo a primeira rodada do torneio?

— Estava, foi a luta daquele cara cabeludo contra um macaco, não foi? Sniff.

— Sim, essa luta. O lutador humano dela era o meu filho querido, Yue Fei. Quando éramos vivos, ele tinha jurado para mim que um dia nos veríamos novamente, e infelizmente não foi possível... Porém, garotinha, não se sinta mal. Sua mãe teve uma performance espetacular, e o tempo todo nos surpreendeu no combate, e mesmo perdendo, ela marcou você, e todos nós, assim como o meu filho fez!

— Mesmo?...

— Exatamente — Diz Neyde Senna da Silva, aparecendo lá — O meu filho foi igual. Ele disputou uma corrida contra o Deus mais veloz existente, e por pouco não venceu. Mesmo perdendo, todos ficaram feliz por como ele agiu, e mesmo na derrota, mostrou aos Deuses o nosso poder! No fim é isso que importa!

Guerra Entre RaçasOnde histórias criam vida. Descubra agora