XLIII - Fios de Tengri

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A tensão paira bastante sobre o ar após a última ação, e o Imperador Mongol dispara a lança em direção do líder do panteão Asteca, que defende e rebate com o escudo, mas era outra armadilha feita pelo humano.

Um silêncio cobre tudo, e a única fala é a do Deus da Guerra, mas não oralmente: "Oh não... O que ele quer fazer?" — Questiona em sua mente, mantendo-se parado após o ataque rebatido.

Rapidamente mais lanças surgem nas mãos do mesmo, e logo Huitzilopochtli já intui: "Então os fios que ele cria não sofrem da mesma limitação que Tesouros Divinos mutáveis sofrem, que é a limitação de formar apenas um por vez... Essa não!"

Conforme Genghis Khan dispara os projéteis, mais o Asteca se aproxima, logo tentando acertá-lo com um golpe do Macuahuitl, mas não acertando. Porém ele aproveita disso, fazendo a poeira que aparece por ele ter atingido o chão subir para cima.

Isso cobre a visão de seu oponente, o que, na teoria, seria ótimo, mas na prática não é isso que acontece... O Imperador Mongol, mesmo com a nuvem inteira de poeira consegue atingi-lo no peito com a lança, saindo sangue.

— O quê? — Questiona, vendo o sangue sair de seu corpo — Maldição... — Move o escudo, intuindo mais ataques vindo em sua direção.

As gotas de sangue jorram vagarosamente, o que causa certa tensão nos espectadores do lado do paraíso. Eles se mantém apreensivos, enquanto o lutador do lado deles fica sentindo um calor pelo momento, ao mesmo tempo que um frio por conta da situação. Isso tudo apenas abre um sorriso petulante no rosto do humano. 

— Hehehe, ao que parece o rei dos Astecas está se contorcendo de dor... Que patético!!! — Ele se aproxima, revestindo a lança, transformando-a em um Guan Dao, assim aumentando o corte que acabou de ser feito — HEHEHE, VOCÊ CONTINUA SENDO UM MERO INSETO DIANTE AO MEU PODER ABSOLUTO!!!

— E você continua idiota perante a um combate até a morte...

— Quê?

Com golpe do porrete, o Asteca parte a arma do Mongol ao meio, aplicando força em um ponto específico da arma, a dilacerando por completo. Logo ele agarra as linhas, puxando Genghis Khan até perto dele, atingindo-o com tudo no rosto com um soco.

— ARGH! — Ele reclama de dor, sendo acertado com uma escudada, e já sentindo a outra arma do Deus vindo até ele, mas rapidamente ele direciona seu corpo ao chão, deslizando com as pernas, recriando suas linhas, prendendo-as na barriga dele.

— Não vai funcionar, eu já sei como lidar com as suas- — Um de seus rins é arrancado com a força da linha — Mas o quê?

Isso assusta bastante a plateia, e logo o Imperador Mongol sorri maleficamente, aumentando a força se seus dedos, fazendo o sangue no corpo do Deus Asteca espirrar muito, com ele ainda não demonstrando sentir dor.

— Ah, já aprendeu a lidar com isso? Ou você está apenas se iludindo, achando que entendeu como meu Tesouro Divino funciona? Acha mesmo que tem chance de me vencer, seu verme? Como eu falei antes, patético!

— Eu apenas estou focando em entender seu estilo de combate conforme lutamos, tirano. Não pense que está na vantagem, mesmo com um dano bem grave como esse que causou. Nosso combate está apenas começando — Aponta o Macuahuitl, já preparando mais uma técnica.

— Honestamente... Caras certinhos como você são insuportáveis! Apenas uma chatice de lidar sem qualquer tipo de valor! — Segura o rim do Deus, o destruindo com um aperto.

— Eu digo o mesmo de caras chulos como você. Seu tom de fala me dá nojo.

— PUFT!!! HAHAHA, VOCÊ SE INCOMODA POR EU FALAR A VERDADE!? Isso sim é uma demonstração de fraqueza, inseto!

Guerra Entre RaçasOnde histórias criam vida. Descubra agora