LII - Amon-Rá

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Milênios antes da criação da humanidade, na época em que os Deuses Primordiais ainda estavam construindo o Valhalla, uma Divindade nascida do extremo vazio surgiu entre os primígenos, este era Nun, o Primeiro Deus Egípcio.

— Então é este o local em que eu governarei? Interessante... — Nun estalou os dedos, formando sua galáxia, criando seus sistemas solares, estrelas, planetas, e tudo mais que consistia o local em que governava — Muito bom ver isso. Espero que tudo dê certo a partir de agora.

Ele via os outros iguais ao mesmo também fazerem isso, e foi deste jeito que após muito tempo, ele, assim como os outros Deuses Primordiais, se auto-destruiu. Por conta de todo o poder que carregavam, todas as Divindades criadoras do universo deixaram de existir, virando poeira cósmica no universo.

Foi deste jeito que todo o Valhalla foi formado, com o universo inteiro se expandindo sozinho. Por conta da morte de Nun, do centro da galáxia que o mesmo formou, surgiu uma pirâmide azul, da mesma cor que ele. O nome dessa estrutura era "Benben", e foi daí que uma Divindade nasceu.

Surgindo da luz do centro de sua galáxia, nasceu o Deus conhecido como "Amon-Rá", que tinha como objetivo iluminar toda o local que seu ancestral havia criado. Ele fazia isso com muita facilidade, o que fez com que surgisse não só a luz, como a vida e a vegetação em todos os planetas.

— Que lindo... Me sinto tão honrado por conseguir trazer essa luz! Eu preciso conseguir criar um povo para existir na minha parte do universo!

Não demorou muito para, de suas lágrimas de felicidade, nascer duas Divindades, sendo eles Shu, o Deus dos Ventos, Tefnut, Deusa da Água, Geb, o Deus da Terra, e Nut, a Deusa do Céu. Os dois últimos, o céu e a terra, haviam feito sexo, e formado uma nova linhagem de Deuses.

— Ei... Geb, Nut, não façam sexo desse jeito, vocês podem criar mais Divindades...

— Estamos apenas povoando o nosso panteão inteiro, pai, não era isso que você queria fazer, por isso mesmo nos fez? — Questiona Nut, grávida.

— Sim, mas eu... Não quero correr o risco de perder meu cargo como líder supremo... Estou com medo de algo acontecer se mais Divindades surgirem, e uma delas não for leal.

— Relaxa, pai — Acariciava sua barriga com carinho — Não tem como isso acontecer.

Mesmo receoso, Rá deixou seus bisnetos nascerem, surgindo, assim, Seth, Osíris, Ísis e Néftis. Todos eles mostravam lealdade ao criador, com exceção de um: — Eu não quero seguir ordens, Amon-Rá. Quero apenas ter tudo isso para mim! — Afirmava o primeiro citado, mostrando seu desejo incessante por conseguir o cargo de líder do panteão.

— Não me importo com isso, Seth, esse cargo inteiro é meu, e não permitirei com que nenhum de vocês o tenha!

— Assim como eu não me importo com o que você pensa, eu quero isso tudo para mim!

Eles frequentemente brigavam, mas eram parados por um dos irmãos do Deus Caótico: — Rá, Seth, parem, precisamos ser unidos como uma família. Por isso mesmo, no lugar de brigarem, por que não pensam em como podemos criar a nossa própria humanidade? — Dizia Osíris.

— Nossa própria humanidade? — Rá retrucava.

— Exato. Todos os outros panteões estão criando os seus humanos, então pode que não formamos os nossos? — Explicava o Deus da Fertilidade.

Rá então foi conversar com os outros Deuses, com o intuito de entender sobre aquilo que ouviu:— Que história é essa de estarem formando humanos? Nem ao menos me avisaram disso!

— Bem... Todos nós estamos começando com isso ainda... — Respondeu Izanagi — Meus filhos, Tsukuyomi e Amaterasu estão agora mesmo no Monte Fuji transando para criarem humanos. A Amaterasu mesmo sempre quis muito ter filhos, então foi a primeira a querer isso.

Guerra Entre RaçasOnde histórias criam vida. Descubra agora