Fernanda ✨🤯.
O baile tava rolando normalmente, o que mudou agora é que eu estou encostada no canto de cara fechada bebendo um whisky.
Ele me enfiou aqui nesse camarote, eu esperei a Yasmin subir e essa puta me deixou aqui , deve tá pegando os macho.
Eu tô com tanta, mais tanta raiva, vontade de esganar alguém.
Quem ele pensa que é?!
Estragou meu baile, pprt.
E esse filha da puta pra piorar, tá do outro lado do camarote conversando com uma mulher lá, e ainda rindo.
Ele me deixou aqui com um balde cheio de cerveja, drinks, até todinho tem aqui, continuei na minha até que do nada brotou um homem do meu lado.
Caveira: qual foi da loira, finalmente vc sozinha sem sua amiguinha - ele diz me rodiando e eu me dei conta que se tratava do tatuado que toda vez que eu venho aqui fica jogando piadinha pra mim - uma chance nunca?
Nanda : toda vez que eu piso o pé aqui você me pergunta a mesma coisa - digo e pego um todinho abrindo, e logo quando ele viu ele riu.
Caveira: tanta bebida dahora ai cê vai beber todinho? - ele diz rindo.
Nanda : não me estressa vai - digo - meu dia já foi ruim demais hoje. - falo bebendo meu todinho.
Caveira: vamo desenrolar isso daqui agora - ele diz parando na minha frente. - qual é do teu caso com o demônio? - ele pergunta.
Arqueio minhas sobrancelhas sem entender.
Nanda : nada que seja do seu interesse. - respondo.
Caveira: demônio não ia fazer aquilo lá embaixo sem motivo. - ele diz - anos de trabalho e eu nunca vi ele brigando por conta de mulher. - ele diz.
Nanda : poisé menino. - digo - as coisas acontecem quando a gente menos espera né? - digo bebendo meu todinho e ele bufa.
Demô: algum problema aqui caveira? -vejo ele chegando por perto e viro meu rosto.
Caveira: não, tava só perguntando se loira queria algo. - ele diz olhando pra mim.
Me senti até constrangida com esses dois me olhando.
Demô: ela não precisa não, já tô aqui. - ele diz olhando sério pro outro - veja se lá embaixo está acontecendo algo, daqui de cima eu tô na visão. - ele diz.
Caveira: pode deixar chefe - ele diz - qualquer coisa pode falar loira - ele diz fazendo um sinal pra mim e o demônio olha sério pra ele - mas já vi que você tá bem acompanhada. - ele diz saindo.
Voltei a virar meu rosto e ele parou na minha frente de braços cruzados , e eu a todo momento desviando o olhar.
Demô : vai olhar mermo não? - ele pergunta - olha pra mim Fernanda, sabe que eu não gosto disso. - ele diz pegando no meu queixo e virando meu rosto pra ele.
Nanda : não tô afim de papo, já falei. - digo.
Demô: você fica puta com uma coisa que sabe que tá errada, o foda é isso. - ele diz. - tanto homem ai, você quer pegar justo os que trabalha pra mim - ele diz.
Nanda: eu pego quem eu quiser, oh - digo mostrando meu dedo sem aliança.
Demô: você tá se envolvendo com o maior traficante do Rio de janeiro, e eu não tô pra gracinha. - ele diz me olhando com sua expressão séria. - você não vai sair pegando os cara que trabalha pra mim,e de preferência vai passar bem longe deles. - ele diz e eu bufo olhando pro lado - não terminei de falar.
Nanda: que saco, virou meu pai agora? - digo irritada e ele passa a mão no rosto irritado.
Ele saiu indo pra grade e lá mesmo acendendo um baseado.
Eu já tava com minha bateria social lá embaixo, camarote cheio de gente dançando.
Desde quando eu conheci essa peste eu nunca mais fiquei um baile completo, mas hoje eu não tô afim mesmo.
Fui até ele.
Nanda : tem como mandar me liberarem? - digo - vou pra casa. -digo.
Demô: cê tá é muito nervosinha. - ele diz soltando a fumaça pro outro lado - bô - ele pega na minha mão e eu estranho mas o acompanho.
Fomos até a entrada.
Demô: pega a visão, tô deixando tu no controle porque vou meter o pé, pode mandar todo mundo ficar na atividade sem vacilar, manda o papo pro caveira, valeu? - ele diz com o o moço da entrada e ele assintiu.
Saindo e descemos por esse baile cheio demais, ele segurou na minha mão e fomos seguindo.
Até que chegamos na saída da quadra onde estava acontecendo o baile.
Nanda : você vai me deixar em casa? - pergunto.
Demô : você vai pra minha casa. - ele diz - amanhã cedo te levo pra sua.
Nanda : não quero fazer nada não demônio, quero ir pra casa. - peço enquanto ele me levava pra moto.
Demô: nem tudo é sobre transar. - ele diz e eu bufo - qual foi Fernanda, vai continuar nessa chatice da porra - ele diz irritado e eu fico calada - caralho. - ele diz passando a mão no rosto.
Nanda : desculpa - digo.
Pela primeira vez eu baixo a guarda pro demônio, não me julguem, só tô cansada.
Ele agora está me olhando com uma cara de quem não sabe o que fazer, e eu fiquei confusa.
Demô: você quer ir pra sua casa ou pra minha? - ele pergunta olhando pra mim e colocando uma mecha do meu cabelo pra trás da orelha.
Nanda : qualquer lugar. - digo - só tô cansada mesmo. - digo ele concorda pegando o capacete e colocando na minha cabeça, logo em seguida ajeitando direito.
Quando ele pegou o capacete dele alguém o chamou.
Ruan: ei - ele chama e o demônio tira o capacete olhando para trás - eu poderia trocar uma palavrinha com o senhor? - o menino fala e o demônio concorda.
Nanda : fica aí de boa, já volto. - ele dize eu concordo.
O menino aparentava ter seus 14 a 15 anos, ele era pardo, lindo, só estava mal cuidado mesmo.
Ele tava com uma feição bem triste, sua voz rouca, um pouco magro.
...
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Meu pega e não se apega.
Fanfictionquando o dono do morro resolve chamar Fernanda para uma foda rápida, transformando isso num pega e não se apega.