Fernanda. 🤪💨.
Nanda: cheguei. - digo entrando em casa e logo vendo a Yasmin no sofá com o Matheus no colo.
Demônio tá lutando pra achar a mãe do bebê, enquanto isso, eu tive que ir numa lojinha aqui do morro mesmo, e comprei umas três peças de roupa, uma pra dormir, outra mais fresquinha, e outra caso faça frio.
Se prevenir.
Yasmin: eu acho que o Matheus só gosta de você nanda. - ela diz com ele no colo e eu dei risada.
Nanda: por que, ele tá tão quietinho. - digo sentando no sofá também.
Yasmin: ele tá me olhando com uma cara feia, isso sim. - ela diz olhando pra ele e eu dei risada.
Nanda: tô morta, sério mesmo. - digo me esparramando no sofá. - não dormi direito, com medo dele se machucar ou algo do tipo. - digo - graças a Deus minha mãe me liberou hoje. - digo.
Yasmin: e amanhã, com quem ele vai ficar? - ela pergunta. - eu até ficaria, mas tenho que trabalhar amanhã na loja. - ela diz.
Nanda: eu sei amiga. - digo - provavelmente ou eu fiquei aqui, ou se não eu vou ter que levar ele lá pra casa. - digo. - mas o demônio vai achar a mãe dele, tenho certeza. - digo.
Escuto alguém entrar, olho pra trás vendo o th entrando com uma sacola.
Th: licença meninas. - ele diz - tava passando ali pô, resolvi dar uma fugida pra vir ver o bebê. - ele diz e eu dei risada, logo ele jogou uma sacola no sofá. - tem coisa aí pra vocês. - ele fala indo olhar o Matheus no colo da Yasmin.
Abri a sacola vendo que tinha dois pastéis parecia tar uma delícia, e duas cocas.
Na outra sacola eu encontrei um brinquedinho.
Nanda: que isso? - pergunto pegando o brinquedo e mostrando a ele.
Th: tá cega é - ele pergunta e eu dei risada.
Nanda: o seu pedaço de cavalo. - digo. - acha mesmo que um bebê de três meses vai brincar com esse brinquedo? - pergunto.
Th: cala a boca Nanda, é claro que vai. - ele diz vindo e pegando o brinquedo, logo colocando nas mãozinhas pequenas do Matheus, que nem segurou, e deixou o brinquedo cair. - isso é porque ele nunca pegou num desse. - ele diz tentando disfarçar e eu dei risada.
Yasmin: vocês dois são chatos demais. - ela diz. - passa esse pastel aí que eu tô com fome mesmo. - ela fala e o th pegou o dela e deu.
Ficamos comendo e conversando, demos sorte que o Matheus é tranquilo.
Demônio 💨🌪️.
Hoje eu parei todo o trabalho só pra poder puxar a ficha do bebê, procurei todos os moradores, até que achei.
E pra minha surpresa, ele é filha de uma das minhas antigas ficantes, ela era meio que "fixa" e pelo tempo do bebê, meu coração gelou quando passou na mente que esse filho pode ser meu.
Mas não é, até porque eu nunca transei com ninguém sem proteção, não ia ser diferente com ela.
Só com minha mulher, que eu vó na fé mermo.
Puxei número de telefone e tudo, na primeira deu caixa, na segunda ela atendeu.
Xxx: alô, quem é? - escuto a voz dessa descarada.
Demô: eu mermo, cê tá ligada né quem é. - digo.
Xxx: demônio, quanto tempo. - ela diz e me deu nojo só de escutar.
Demô: quanto tempo o caralho, que que deu em você? Tá ficando maluca porra! - falo. - deixar um bebê praticamente recém nascido na favela numa caixa de papelão? Vontade de te arrebentar fia. - digo.
Xxx: calma b, só deixei ele porque sabia que você iria o encontrar. - ela diz e eu fiquei sem entender. - pra você ter a oportunidade de cuidar do nosso filho. - ela fala e meu coração gelou.
Demô: nosso filho? Cê tá ficando maluca, só pode. Nunca fiquei contigo sem proteção não doida, esse filho é de outro, até porque você era mais rodada que tudo na época. - digo.
Xxx: você foi o único que eu fiquei sério. - ela diz. - eu sei que errei em ter deixado meu filho assim, mas você pode ver que ele tá muito bem cuidado, até porque você não prestou em pra fazer o papel de pai. - ela diz.
Demô: olha como você fala comigo. - digo já pegando ar. - para de ser doida vei, eu tenho certeza que não. - digo.
Xxx: claro que é. - ela diz. - logo quando eu descobrir minha gravidez, tem mandei várias mensagens, mas você já tinha me bloqueado de tudo. - ela diz. - fui atrás de você na boca, te via na rua e você nem pra minha cara olhava, agora eu tô sendo mãe solo por conta de você. - ela diz.
Demô: por conta de mim não, que o Matheus nem meu filho é. - digo. - e você nem merece ser chamada de mãe, largar o menino assim, sua sorte é que MINHA MULHER tá cuidando dele do jeito certo. - digo dando ênfase na frase.
Xxx: SUA MULHER? - ela pergunta revoltada. - eu vou buscar ele AGORA. - ela fala.
Demô: ah mas não vai mesmo. - digo. - e se você for bater na minha porta, eu mando os meninos acabarem contigo por lá mesmo. - digo - até hoje eu te entrego a criança. - falo.
Xxx: ele é meu filho, e seu também!. - ela insiste nessa história.
Demô: okay, se você insiste tanto, vamos fazer um teste de DNA. - digo - amanhã passo aí e vamos. - digo.
Xxx: não.. não precisa. - ela diz. - eu tenho certeza. - ela fala.
Demô: sua certeza não é nada pra mim, Camille. - digo - até hoje a noite eu o levo aí. - digo e ela não diz mais nada, encerro a ligação.
...
E agora me bateu um sentimento forte, será que ele é mesmo o meu filho?
Ele não se parece comigo.
Dúvida cruel.
Sai da boca alvoado mesmo, peguei minha moto e desci pra casa naquele jeito.
Parei a moto na frente e desci, abri a porta e a casa tava em silêncio, subi e entrei no quarto, vendo o Matheus dormindo que nem um anjinho, uma música calma passando na tv, e a Fernanda mechendo no celular do lado do Matheus, logo quando me viu abriu um sorriso.
...
Será que o Matheus é realmente filho do demônio?
Aí fica a dúvida..
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Meu pega e não se apega.
Fanfictionquando o dono do morro resolve chamar Fernanda para uma foda rápida, transformando isso num pega e não se apega.