Dia de baile no morro e eu tô naquele pique, toda alinhada, unha feita, cabelo feito, bem linda.
Minha mãe saiu com a amiga hoje, já avisei pra depois não reclamar.
E como de lei né, tirei minha fotinha e postei nos storys com aquela música, " eu com sorriso no rosto. "
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Talvez eu esteja um pouco louca de ir com essa roupa curta, mas o problema seria se eu fosse dançar, mas hoje eu tô na paz.
Vi um áudio da Yasmin.
" Eu tô com 65 na conta, nós racha e bebe até não aguentar mais. "
Escutei e dei risada com isso.
" Eu tô com oitenta aqui, vou chamar o Uber e nestante tô ai."
Mandei o áudio e sai de casa, esperei o Uber chegar, e fui pro morro.
Logo na barreira me liberaram, subi e segui direto pra casa da Yasmin, eu já tava animadinha escutando as músicas que tava rolando, o som tão alto que daqui escuto.
Bati na porta e logo ela saiu toda arrumada.
Nanda : ai que diva - digo olhando ela - parece até que combinamos, eu de preto e tu de branco.
Yasmim: amiga você também tá um arraso - ela diz toda animada - mas não vai nem dance direito né, esses vestido curto - ela diz.
Nanda: hoje eu vou ficar posturada na minha, qualquer coisa eu arranjo um pra ficar abaixando pra mim - digo e ela deu risada.
Yasmim: nossa que trouxa - ela diz batendo no meu ombro e rindo - vamo logo vai.
Fomos andando e rindo conversando sobre os assuntos da vida, chegando lá tava completamente lotado.
Nanda : porra, como entra? - perguntei rindo e ela riu também.
Min : só vem - ela diz pegando na minha mão e entramos.
Fomos logo atrás de bebida né, peguei uma cerveja e ela pegou Itaipava, e só foi cachaça pra dentro.
Só paredão de qualidade, amo.
Aqui tinha vários vapores armados na postura, inclusive um todo posturado tava olhando até demais pra mim, tava de colete, arma na mão vigiando tudo.
Min : eu tô percebendo essa troca de olhar em - ela diz o meu ouvido e eu dei risada, olhei pra ele e desviei - vai lá nega, só quem não vai gostar é o demônio que tá ali encima de olho em tu.
Ela diz e eu arqueei a sombrancelha, olhei pra cima nos camarotes e logo vi ele.
Chega a bct pisca papo reto, esse homem me dá um tesão da peste, ele tava com uma calça preta e apenas uma blusa preta que estava toda desabotoada, o que mostrava todo seu peitoral tatuado.
Na sua mão tava um copo de bebida, e na outra um cigarro, ele bebe seu copo olhando fixamente pra mim e logo depois para o vapor que eu tava de olho, com uma cara séria, desvio o olhar olhando pra o vapor que olhava ao redor e depois me olhava.
Ignorei e fui dançando no ritmo da música no meu jeito por conta do vestido, os camarotes tavam tudo cheio, aqui embaixo piorou, não sei o que tá pior.
O baile tava gostosinho, e eu ainda queria pegar esse vapor hoje.
Graças a Deus ele não saiu do lugar, como tem vários outros, acho que ele não sai tão cedo.
Demônio continuava no mesmo lugar, só que longe observei que agora ele tava com uma arma na mão, conversando com alguém.
Nanda: quero pegar ele. - digo no ouvido da Yasmin. - e eu vou, demônio não me atrapalha em nada, pega e não se apega, lembra? - digo.
Min: vai que ele é maluco igual nas fanfics. - ela diz e eu dei risada - vai então menina, aproveita.
Peguei meu celular e ia dar onze, dei um mole e olhei pra ele e vi ele me chamando de cantinho, avisei pra Yasmin, e fui até ele.
Xxx: eai, como cê tá loira? - ele pergunta pondo uma mecha do meu cabelo pra trás. - tô de olho em tu faz tempo.
Nanda : acho que percebi - digo e ele deu risada e eu ri também.
Senti meu celular vibrar e olhei pra baixo vendo uma mensagem.
" Se você não sair daí agora, eu vou encher a cabeça desse maluco de bala, e vou te arrastar até aqui encima no meio de todo mundo. "
Agora foi que eu vi.
Levanto a cabeça vendo que ele estava esperando eu o olhar.
Xxx : qual foi de nós dois? - ele pergunta.
Nanda : a demora é toda sua - digo e ele logo pós a mão em minha nuca.
Quando eu tava me aproximando pra beijar ele algo me empurrou pra trás.
Fiquei sem entender até que vi o demônio frente a frente com o vapor.
Agora eu entendi tudo.
Demô: tá com ideia errada pro meu lado porra? - ele pergunta completamente alterado.
O som tava muito alto, então a maioria não tava escutando, só as pessoas próximas, porra.
Logo eu vi alguns vapores se aproximando, isso não vai dar bom.
Xxx : que que eu fiz chefe? - ele pergunta sem entender.
Demô: pegando a mulher dos outros, eu vou encher tua cabeça de bala filho da puta - ele diz pegando a arma e apontando pro cara - talaricagem eu só aceito no inferno.
Isso tudo foi na velocidade da luz, até que..
Nanda : para com isso demônio! - digo alto e vou até ele o empurrando, o que não adiantou muito pelo fato dele ser forte - quem deu encima dele foi eu, e eu não sou mulher sua coisa nenhuma. - digo.
Demô: meu papo é com ele - ele diz sem nem olhar pra mim.
Xxx: qual foi chefe eu não sabia, principalmente porque ela também deu moral e não disse nada - ele diz - se eu errei sem saber, tua mulher errou o dobro sabendo - ele diz.
Nanda: eu não sou mulher de ninguém! - digo irritada.
Demô: Tua sorte é que eu não tô afim. - ele diz batendo o cano da arma nas costas do vapor - remédio pra safado é bala.
Nanda : para com isso, tá feio - digo irritada.
Demô: você sobe. - ele diz virando pra mim e eu nego - não arruma confusão comigo Fernanda.
Yasmim: amiga vai - ela diz e eu reviro os olhos - é melhor, eu te mando mensagem.
Demô: th tava falando de você, qualquer coisa tu sobe lá - ele diz e me olha esperando passar.
Bufei passando na frente dele e eu sei lá pra onde ia, só sei que eu foi me guiando até chegar no camarote.
Era só o que me faltava, até parece que sou criança.
