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Fernanda ✨🤯.

Juro que eu tento me controlar, mais o menino era mó lindo gente.

Só hoje vai.

Ainda bem que os que eu pego não é daqui do morro, porque fama de rodada em morro é horrível.

Terminei com o menino lá e sai com minha cerveja, procurei a Yasmin e não achei, já tava ficando nervosa.

Olho pro lado vendo o demônio encostado na grade com uma morena cacheada, seu olhar tava puro ódio olhando pra mim, o encarei de volta até ele mesmo desviar o olhar.

Aiai.

Fui andando até que encontrei a Yasmin se pegando com o th, não fiquei muito perto, fiquei encostada na minha postura quieta aproveitando a música.

Demônio 🚬🥊.

Tô puro ódio, papo reto.

Depois de um mês essa demônia apareceu na minha favela de novo, não sei se era pra mim ficar incomodado desse jeito.

Eu tava preocupado com ela pô, gostando da companhia dessa porra, até que ela começou a querer me fazer de otário, não gostei mermo não.

Essa bixa só falou demais, quando eu vi que eu tava começando a misturar as coisas me sai logo, bloqueei e os bagulho todo.

A bixa me fazendo de otário, eu chamando ela pras coisas e ela negando, tava saindo com outro, isso sim.

Mulher boa é puta, que tá na hora que você quiser pra te satisfazer, sem levar pro coração.

Demô: valeu ai - digo dando legal pra ela e pegando minha 47 preta do chão.

Daniela : valeu o que?- ela pergunta - não ia ficar comigo? Aproveitamos tão pouco. - ela diz.

Demô: tenho que resolver umas parada, depois tu vai ter tua vez. - digo me saindo.

Paredão rolando e eu preso com mulher, qual foi.

Encontro os meus numa roda.

Peixoto: tô botando tudo, tô botando tudo com a cara de vagabundo. - ele diz dançando segurando uma 38 na mão.

Esses cara não era pra ser traficante não, tudo resenha.

Rb : ai canalha, eu tô fraquinha - ele diz chegando perto do peixoto e passando a mão nele, fazendo todo mundo rir.

Peixoto: qual foi, vá com tuas viadagem pra lá - ele diz.

Rb ninguém leva mais a sério, sabe aquele cara que só de pisar num lugar todo mundo já dá risada? Poisé.

Rb : qual foi, ali no canto tava rolando uma briga de duas feias, parei pra ficar assistindo, ai lembrei que eu tinha que separar. - ele diz rindo. - essa porra já tá é bebo.

Mk : demônio chega e fica calado, ai vem - ele diz e eu neguei passando a mão no rosto.

Demô: tô vendo as viadagem de vocês ai - digo. - tratem de não esquecer que estão trabalhando, fazendo o favor. - digo e eles concordam.

Fui atrás de bebida, paredão cheio um monte de bunda pra cima dançando, os pvt tudo pra onda, assim que eu gosto.

Favela daquele jeitão.

Peguei logo uma garrafa e virei tudo.

Ainda bem que eu não sou fraco pra bebida.

Monitorando tudo, só no pique, meu olhar se bateu com a loira, tava com um copo de bebida roxa na mão, dançando com a amiga.

Se ela não tivesse me feito passar raiva, eu ainda comia ela gostosinho hoje, mas ela que quis assim.

Ai eu lembrei do Ruan, sabe aquele menor que me parou pedindo ajuda?

Durante esse 1 mês eu me apeguei no muleque, foi até bom que eu não ando muito só, uma companhia as vezes faz bem, principalmente que o moleque é adolescente, querendo saber mais da vida.

Coloquei a mãe dele num dos melhores empregos aqui do morro, ele tá estudando numa escola daqui mermo.

Eu comecei a chamar ele pra ir cortar o cabelo comigo, depois levava ele pro baba, nós jogava lá com os moleque, acabou que hoje ele fica mais lá em casa que tudo.

Gostei bastante do moleque.

Demô: alguém me passa a visão de onde tá o Ruan. - digo no radinho.

Xxx: ruan tá encostado no paredão 2 chefe. - escuto e assinto.

Procurei até que vi ele mermo, fui até lá.

Demô: que foi que ta aí sozinho? - pergunto.

Ruan : os menino tão tudo por ai - ele diz - tô paquerando uma menina ali, me ajuda? - ele pergunta

Demô: quem ? - pergunto e ele aponta pra uma menina aparentemente da idade dele. - chega nela, chama de catinho, qual foi da gente? Tá ligado né? - digo e ele deu risada - vai lá rapaz, cê consegue. - digo batendo nas costas dele - qualquer coisa procura saber onde eu tô, agora vai lá - digo e ele sai.

Peguei meu baseado do bolso, acendi e fiquei na minha onda, olhei ao redor vendo todo mundo curtindo, até que de longe vi o th longe na visão trabalhando, e a loira no canto bebendo e dançando, e por incrível que pareça a morena não tava por lá.

Hora perfeita.

Vi essa porra beijando outro cara, ia chegar chutando tudo que visse pela frente, e ia meter balança cara do otário, mais aí deixei quieto.

Fui mermo, cheguei perto dela e ela já me olhou com o deboche dela.

Demô: qual foi, vai ficar encarando assim mermo? - pergunto parando na frente dela.

Tô cheio de marra mermo, por baixo da blusa meu colete, arma na mão, rádio, cheio de bala aqui.

Naquele pique.

Nanda : tô encarando ninguém não. - ela diz cruzando os braços e virando o rosto pro lado.

Toda marrentinha.

Demô: para de graça comigo. - digo chegando pra perto dela e pondo uma mão em sua cintura.

Nanda : tira essa arma de perto de mim, fazendo o favor. - ela pede e eu respiro fundo.

Demô: você é chata pra caralho, que que eu te fiz? - pergunto encostando arma no canto.

Nanda : para de ser sonso demônio. - ela diz - me bloqueia e agora quer forçar simpatia pro meu lado? Me poupa vai. - ela diz.

Demô: você tava me fazendo de otário, e ainda quer que eu ache graça? Forçou. - digo. - merecia era levar um pau - digo.

Nanda: quem que vai me bater, você? Coitado. - ela diz.

Demô: eu mermo não, do um toque pras meninas e elas te dão um trato rapidinho. - digo olhando sério pra ela.

Nunca que eu iria fazer isso, mas essa guria tá me afrontando demais.

Nanda : manda vir. - ela diz numa marra terrível. - você não é esse homem todo. - ela diz.

Meu pega e não se apega.Onde histórias criam vida. Descubra agora