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Fernanda 🤪🤯

Nanda: vai mãe, por favor. - peço pra ela.

Tô tentando convencer ela a deixar eu ir passar o final de semana todo com o Marlon.

O negócio é que ela ainda não sabe que ele não é muito certinho.

Vanessa: minha filha, como é que você surta, diz que quer passar o final de semana , com uma pessoa que eu nem sei quem é ? - ela diz.

Nanda : você sabe que eu não sou doida ao ponto de ir passar o final de semana todo com um maluco. - digo - vai mãe, prometo que a todo momento vou te mandando mensagem. - digo.

Ela parou e ficou me olhando.

Vanessa: você não tem jeito né? - ela diz - vai então. - comemoro - mas depois eu quero vê a cara desse rapaz em, e por favor, não volte grávida. - ela diz.

Nanda : já falei que não faço essas coisas. - digo subindo e ela deu risada negando.

Corri por meu quarto, e peguei minha mochila, e comecei a arrumar.

Depois de uns quinze minutos arrumando tudo, entrei pro banheiro e fui fazer meu banho Premium, toda vez que eu vou sair assim, é de lei.

Terminei de lavar o cabelo tbm, me vesti, passei hidratante, desodorante, óleo corporal, perfume, enfim, tô cheirando horrores.

Peguei meu celular e vejo um monte de ligação perdida do Marlon, que homem maluco.

Whatsapp.

Me: oi cara, tava me arrumando.
Visto.

Marlon. : caralho, trata de avisar Fernanda.
Marlon.: falou que ia perguntar a sua mãe e sumiu. 🤬😠.

Me: eu tenho o que fazer!
Me : pra seu governo ela deixou, agora se continuar nessa perturbação, eu não vou.

Marlon: demônia.
Marlon : mulher minha não demora pra me responder não, pegue sua vz.
Marlon.: já mandei a moto ir te buscar.

Me : vou nem lhe responder.
Me : tô esperando.

..

Vou nem dizer pra ele quem é a mulher dele.

Terminei de me arrumar, e desci com minha bolsa, e minha mãe também estava arrumada.

Nanda : pra onde você vai querida? - pergunto.

Vanessa : um churrasquinho claro. - ela diz toda debochada - agora é sério filha, por favor, não se mete em problema. - ela diz.

Nanda : não vou amor. - digo - te amo tá? - digo indo até ela e dando um beijo na bochecha dela - bença mãe.

Vanessa : Deus abençoe minha filha. - ela diz e eu fui pra fora de casa.

Fiquei esperando, e em questão de dois minutos a moto parou aqui na frente.

Confirmei direitinho, ele tinha me mandado a foto da placa, a cara do motorista, e falou que tava de olho na localização, que qualquer sinal errado era bala na cara do piloto.

Eu só arrumo doido mesmo.

Foi questão de uns trinta minutos, até que ele parou na frente de um condomínio fechado, desci da moto e a viajem tava paga, eu fiquei encantada com a beleza desse condomínio.

Minha entrada tava liberada, entrei mas não sabia qual era o condomínio, uma casa mais linda que a outra, e esse doido não me avisou, até que vi ele de longe acenando pra mim, dei risada e fui até ele.

Demô: toda bocò, tempão acenando pra você. - ele diz e eu abracei ele de lado e ela deu um beijo no topo da minha cabeça - cheirosa.

Nanda : eu sei - digo me achando e ele deu risada - você também tá.

Ele realmente tava muito cheiroso, com o cheiro de perfume masculino que me deixa doida.

Demô: tem que ficar cheiroso né, naquele pique - ele diz e eu dei risada - vamo entrar.

Concordei e ele foi na frente, abriu a porta da casa e entramos, ela é perfeita.

Nanda: que linda. - digo olhando ao redor.

Demô: gostou? - ele pergunta e eu concordo - melhor seria se tu ficasse todos os dias aqui comigo. - ele diz.

Nanda : verdade. - digo - mas eu tenho minha mãe. - digo e ele concordou.

Demô: tá com fome? - ele pergunta e eu nego - esses dias eu tenho sobrevivido de fast food, ou coisas congeladas de microondas. - ele fala e eu dei risada.

Nanda: um homi vei desse não sabe cozinhar? - pergunto rindo.

Demô: eu sei sim, gaiata. - ele diz - só não tô afim esses dias. - ele diz.

Nanda : tá com fome? - pergunto e ele nega - quando você tiver me fala que eu vou conzinhar algo de verdade para comermos, e não fast food. - digo.

Demô: tá bom - ele diz - bo pro quarto. - ele chama e eu vou junto.

Subimos a escada e entramos no quarto, era bem espaçoso e aconchegante, tinha tv, uma cama de casal grande, tapete, uma cortina que tava meio aberta que dava pra ver uma sacada, uma porta de um banheiro provavelmente.

Larguei minha mochila no chão e ele se sentou com os pés pra cima da cama, tirando a camisa.

Demô: vem cá minha loira, deita aqui comigo. - ele diz me chamando e eu vou, deito do lado dele e coloco uma perna em cima dele me aconchegando - tá com calor? - ele pergunta.

Nanda : tô de boa - digo olhando pra ele, e ele começou a fazer um "carinho" do jeito dele no meu cabelo. - você faz um carinho engraçado. - digo querendo rir.

Demô: eu não sei nem o que é carinho na real. - ele diz - nunca gostei dessas parada mermo, então nunca me fez falta. - ele diz.

Nanda : hum. - digo - você tem família? - pergunto.

Demô: tenho, mais tá longe. - ele diz - minha irmã, minha mãe também. - ele diz - não quero elas perto, muito risco. - ele diz.

Nanda : porque risco? - pergunto.

Demô: nesse mundo do crime ninguém perdoa ninguém não. - ele diz - principalmente quando eles sabem do nosso ponto fraco, que é justamente a família. - ele diz - na primeira oportunidade eles iam ameaçar de matar uma das duas. - ele diz.

Nanda : hum, tendi. - digo - você pensa em sair dessa vida? - pergunto.

Demô: nunca. - ele diz - só saio morto. - ele diz e eu respiro fundo.

Nanda: tem medo não? - pergunto.

Demô: por que teria? - ele pergunta - nessa vida você entrar sabendo que tá pra matar e tá pra morrer. - ele diz - meu medo é essa vida que eu levo afetar as pessoas que eu amo.

...

Meu pega e não se apega.Onde histórias criam vida. Descubra agora