Pov. Leah
Acordei ao sentir um movimento ao meu lado. Virei-me e encontrei um anjinho coberto até o pescoço com o edredom. Percebi que ele ainda dormia tranquilo. Levantei-me devagar, sem fazer muito movimento para não acordar o Lian.
Fui para o banheiro e enchi a banheira, entrando logo em seguida. Fiquei olhando para a paisagem chuvosa através do vidro embaçado do banheiro. Não sei quanto tempo fiquei ali, mas assim que meus dedos ficaram enrugados, saí para tirar a espuma do meu corpo. Vesti um roupão e fui para o closet escolher meu look do dia. Como estou de folga, resolvi usar um moletom preto e, nos pés, um Jordan da mesma cor. Passei perfume, coloquei um brinco e me sentei na penteadeira para fazer uma maquiagem leve. Vi que meu cabelo estava grande; desde que saí de Forks, não tinha cortado. Sorri ao ver uma nova mulher no espelho, diferente da Leah desajeitada e bruta de antes. Peguei meu celular e fui para o andar de baixo, deixando Lian dormir mais um pouco, já que ainda estava cedo.
Cheguei na cozinha e encontrei Carmen, a governanta.
— Bom dia, senhorita Clearwater. Já de pé? — falou sorrindo assim que me viu.
— Bom dia, Carmen. Sim, é costume. Nossa, que cheiro bom! O que está fazendo? — perguntei, juntando-me a ela no fogão.
— Panquecas, senhorita. O senhor Grey e o pequeno amam — falou, colocando a massa na frigideira.
— Hummm... Carmen, estou aqui há quase um mês e ainda me chama de senhorita. Já disse para me chamar de Leah — falei, indo até a geladeira e pegando uma garrafa de água.
— Me desculpe, mas o senhor Grey não gosta, senhorita — falou, e eu suspirei, indo para a mesa.
— Certo, Carmen. Quer ajuda com alguma coisa?
— Não, estou terminando aqui. Fique tranquila — disse, sorrindo e cortando algumas frutas.
Enquanto Carmen terminava de preparar o café da manhã, ouvi passos firmes descendo as escadas. Cristian entrou na cozinha, impecável em um terno elegante. Ele estava deslumbrante, e não pude deixar de admirar sua presença. Ele percebeu meu olhar e deu uma risadinha de lado.
— Bom dia, Leah — disse ele, aproximando-se para me dar um beijo na testa. — Dormiu bem?
— Bom dia, Cristian. Dormi sim, e você? — respondi, tentando disfarçar o quanto estava encantada com sua aparência.
— Dormi bem também. Estou ansioso para a viagem daqui a três dias — ele comentou, sentando-se à mesa.
— Ah, é mesmo. Para onde você vai desta vez? — perguntei, servindo uma xícara de café para ele.
— Vou para Londres para uma série de reuniões importantes. Mas não se preocupe, já organizei tudo para que você e Lian estejam seguros enquanto estou fora — ele disse, pegando a xícara de café e tomando um gole.
— Seguros? Como assim? — perguntei, curiosa.
— Contratei uma equipe de seguranças para cuidar de vocês. Quero ter certeza de que estarão protegidos enquanto estou fora — explicou ele, com um olhar sério.
— Cristian, você não precisava fazer isso para mim. Estou bem — tentei argumentar, mas ele balançou a cabeça.
— Leah, é importante para mim saber que vocês estão seguros. Por favor, aceite isso — ele insistiu, segurando minha mão.
Suspirei, percebendo que ele estava determinado. — Tudo bem, Cristian. Obrigada por se preocupar tanto.
Ele sorriu, aliviado. — Não precisa agradecer. Só quero o melhor para vocês.
Continuamos conversando sobre os detalhes da viagem e sobre como ele estava se preparando. A cada risadinha e olhar trocado, sentia-me mais conectada a ele, apreciando o homem cuidadoso e dedicado que ele era.
*Duas semanas Depois*
Acordo sobressaltada com um barulho vindo do andar de baixo. Confiro se Lian ainda está dormindo e, ao ver que sim, decido sair do quarto com cuidado. A casa está em silêncio, mas a luz da sala revela a presença de dois homens mascarados próximos a um jarro caído.
“Será que alguém acordou?” Um deles murmura, e meu coração dispara. Sinto o medo tomando conta de mim. Christian viajou a negócios, e os seguranças que deveriam estar em seus postos parecem ter desaparecido.
Recuo lentamente, tentando fazer o mínimo de barulho possível. Lian precisa saber disso, mas não posso alertar os intrusos. A mente corre: como acordá-lo sem causar pânico?
Subindo as escadas, lentamente, e vou em direção ao quarto. Cada passo é uma mistura de adrenalina e terror. Finalmente, chego à porta e a abro com cuidado.
“Lian, acorda!” sussurro, tentando manter a voz baixa. Ele se mexe, mas não acorda. “Lian, é urgente!”
Ele finalmente abre os olhos, confuso. “O que foi Titia?”
“Precisamos sair daqui!”
Os olhos dele se arregalam e, rapidamente, ele se levanta. “O que acontexeu?”
“Não é hora para perguntas. Precisamos ir agora!”
Ele se veste apressadamente sua pantufas enquanto eu observo a porta, cada barulho no andar de baixo fazendo meu coração acelerar. Um grito ecoa da sala.
“Vamos, rápido!” puxo Lian pela mão, e juntos saímos do quarto. O caminho até a saída do elevador reserva no quarto do Christian é um labirinto de medo e incerteza, mas não podemos hesitar. A única coisa em que consigo pensar é em nos manter a salvo.
Entramos no quarto de Christian e vou até o armário, onde há um elevador secreto. Assim que as portas se abrem, entramos e aperto para o térreo. Quando as portas estão prestes a fechar, um dos bandidos entra, nos vê e mira. Atira, mas a porta se fecha a tempo.
“Titia, tô cum medu!”
“Calma, amor, eu vou cuidar de você.”
“Quem são essas pessoas, Titia Leah?”
“Não é hora de perguntas. Vamos, com Mustang do seu pai é mais rápido.”
Correndo, pegamos o carro. Assim que coloco o cinto em Lian, os homens saem do elevador e começam a nos perseguir. Arranco com o carro, tentando despistá-los. Em meio à adrenalina, ligo para Christian, mas dá caixa postal.
Droga, Christian... Atende...
Deixo uma mensagem de voz:
“Christian, estamos em perigo! Precisamos de ajuda!”
Continuo acelerando, o coração na garganta, sabendo que temos que escapar a qualquer custo.

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FUTURA SENHORA GREY - Leah clearwater & Christian Grey.
VampirosUma história que nesse momento que está sendo escrita inspirada em um casal que no passado tiverão dores que até então era incuráveis. De um lado temos uma loba. Do outro um milionário que tem fetiches em dominação e submissão. Ela pode ser um pouco...