Irão lamentar!

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Anthony

Dois meses antes

Havaí

O carro que nos leva até a casa de um dos miséraveis parece o mais lento do país, me deixando cada minuto mais impaciente.

- O que vai fazer? - Anderson me questiona, assim como eu ele também está puto com o que descobrimos.

- Garantir que o filho da puta pegue uns bons anos na cadeia e devolva cada centavo que conseguiu com essa merda! - travo a mandíbula me sentindo um miserável filho da puta, como pude ser enganado, porra!

- Eu vou garantir isso! - Eduard afirma no banco da frente. - como ele pôde nos enganar todo esse tempo. Tudo o que ele fez! Merda! Eu me sinto um filho da puta por não ter percebido isso, por não ter estado presente! - lamenta.

- Nenhum de nós esteve presente, Eduard, ele se afastou de nós, a escondeu da família e aconteceu toda essa merda! - Anderson afirma.

- Não é nossa culpa o fato dele nunca ter nos contado, ou de seu caráter ter se corrompido! - rosno afrouxando a gravata - Ele sabia muito bem o que estava fazendo, sabiaa porra do buraco em que estava se enfiando. Escolheu se afundar em toda essa merda, machucando-a. Caralho, como ele pôde fazer uma merda dessa, como pôde? - bato com a mão na porta do carro e o motorista me olha irritado.

Que se foda, posso pagar quantos carros ele quiser, merda!

- Chegamos senhor! - o homem avisa estacionando o carro e descemos.

Os policiais dentro das três viaturas que nos seguiam também descem.

- Ual, o filho da puta está vivendo bem com o dinheiro sujo do sangue de uma inocente! - Eduard dá um assobio ao ver o tamanho do resort que o filho da puta contruiu com o dinheiro do seu silêncio.

- Vamos logo terminar essa porra, quero acabar logo com isso e voltar! - rosno e avanço pela entrada luxuosa, sendo seguido pelos homens armados.

Não me atento aos detalhes do lugar, não me interessa, a única coisa que me interessa é ver o desgraçado apodrecer na cadeia e pagar por tudo o que fez!

- Boa tarde senhores, me chamo Tereza, em que posso ajudá-los? - uma morena baixinha e muito bonita, vestida com a roupas havaianas, tradicional da ilha, nos atende na recepção.

- Estamos procurando Tomás Ventura. - Eduard fala educado.

- Eu posso saber o que vocês querem com ele, talvez possa ajudar... - ela afirma sorrindo, mas percebo que está tensa.

- O assunto que temos a tratar é apenas com ele... - Eduard diz.

- Se me disser o que é...

- Onde ele está? - rosno perdendo a paciência e ela me lança um olhar amedrontado.

- Posso saber qual seria o asunto, que só pode ser tratado com ele? - ela muda a postura, ficando a minha frente e erguendo o queixo para me olhar nos olhos.

- Não, não pode e se não quiser ser presa por esconder o cúmplice de uma tentativa de assassinato sugiro que nos leve até ele! - rosno e ela fica pálida.

- O quê? - murmura.

- Anthony, porra! - Eduard rosna - a senhorita está bem?- ele segura no braço dela.

- Meu pai não é cúmplice de assassinato nenhum!- ela se afasta de Eduard bruscamente - Ele é um homem íntegro e conquistou tudo na vida com esforço...

- É claro que sim! - a interrompo entre dentes  - ele construiu tudo isso aqui sozinho não é? Com as próprias mãos? Com trabalho honesto? - zombo

- Quem você pensa que é para falar assim dele? - ela rosna me olhando com fúria e Anderson entra na minha frente .

Aurora - Desejo e Obsessão...Onde histórias criam vida. Descubra agora