(sem)Autocontrole!

549 52 5
                                    

Anthony

- Você não vai trabalhar! - falo irritado ao vê-la sair do quarto arrumada para ir para a enpresa.

- É claro que vou! - ela anda pela sala, ajeitando Anne no colo, com uma mochila pequena e rosa que sei ser de Anne.

- Não vai trabalhar depois dela ter vomitado! Vai ficar em casa e cuidar dela, além disso, pretende levá-la até aquela favela e se ela passar mal? Como vai socorrê-la? - rosno sentindo a raiva borbulhar meu sangue, correndo como larva, estou pensando seriamente em amarra-la na cama.

Porra, esse pensamento não deveria ter passado por minha cabeça, porque a forma que meu cérebro a colocou amarrada em sua cama não é nada inocente. Eu pensei que o beijo que demos foi apenas um pesadelo, mas ao ver a marca do chupão que dei no pescoço dela ontem a noite, hoje de manhã, tive a certeza que aquilo foi real e que quando me masturbei pensando na boca dela ao redor do meu pau, também foi!

- Anne já está melhor e não posso levar ela até casa da tia por causa da sua confusão com Sarah! - fala irritada - vou deixar ela na creche da empresa, lá ela vai ser bem cuidada.

- Não, você não vai! E se ela passar mal? - porra de mulher teimosa.

- Então eu vou até ela, ja que fica no mesmo prédio! - da de ombros.

Eu deveria usar minha carta na manga agora e obrigá-la a ficar.

- Eu quero que fique em casa cuidando dela! - ordeno e ela bufa incrédula.

- Vai ficar querendo! Vou trabalhar e pagar tudo o que lhe devo, esse foi o combinado. Agora, se me der licença, vou perder o ônibus!

- Vai andar de ônibus com ela doente? - pergunto perplexo, imaginando Anne espremida como uma sardinha, porra, eu realmente vou amarrar ela e lhe dar uma palmadas.

Merda, não era para o meu pau gostar disso!

- Sempre andamos de ônibus senhor Moore e Anne não vai morrer se andar em um, além disso ela já é acostumada! - ela diz indo até a porta.

- Vocês vão comigo então! - aviso sem margens para discussão, mas é claro que ela não cede.

- Nem pensar! O que vão dizer de mim chegando  no carro do chefe e com um criança? - ela faz uma careta.

- Nada novo, suponho! - deixo escapar.

Ela arregala os olhos, abrindo a boca levemente, compreendendo o que falei e engole em seco. Me vira as costas e sai do apartamento, não sei porque, mas me sinto mal pelo que falei, porra, essa mulher me deixa a flor da pele, principalmente depois de me olhar daquele jeito na cozinha e morder os lábios, me fazendo ansiar prová-los de novo. Caralho, eu preciso me lembrar que essa filha da puta é a porra de uma assassina e que só estou nesse país subdesenvolvido para me vingar dela!

Mas que merda!

Se meus pensamentos continuarem assim, com certeza vou ceder a essa filha da puta e acabar em uma cova com o pescoço cortado igual Andrew! Merda, como porra posso desejar essa mulher, querendo provar da boca dela de novo? Puta merda! Devo estar realmente precisando de uma foda, para estar cogitando transar com a garota zumbi!

Caralho, vou enlouquecer com certeza!

Saio do apartamento depois de pegar minha pasta no escritório, com pressa para tentar alcançar a doida, mas antes que consiga entrar, as portas do elevador se fecham com a filha da puta dentro, me olhando irritada e que não teve a minima educação de segurá-la para mim!

Sorrio irritado, sentindo a veia do meu pescoço pulsar. Ela vai ver quando chegar a empresa, vou atolar a mesa dela com arquivos para digitar, tantos que não vou ver a cara dela por dias!

Aurora - Desejo e Obsessão...Onde histórias criam vida. Descubra agora