Anthony
Para que ela não precisasse sair pelas ruas sem ter para onde ir, eu cedi a casa e saí, indo morar em um hotel perto da empresa. Ja faziam três semanas desde que vi Aurora e estou morrendo de saudades dela, mas sabia que precisava respeitar sua decisão e esperar que ela finalmente acabasse com minha aflição e me aceitasse em sua vida!
Anne fala comigo todos os dias pelo telefone e meu coração dói cada vez que ela me pergunta quando vou voltar de viagem, uma mentira que precisei contar para justificar minha ausência e o porque não podia ir ate ela, mesmo querendo muito.
Anne em poucos meses conquistou meu coração de um jeito, que sofro sem poder abraçá-la, conversar cara a cara com ela e até mesmo assistir ao desenho preferido dela. Sinto falta do jeito que ela me fazia rir e de como me emocionava quando lhe dava o beijo de boa noite e ela me dizia o quanto gostava de mim.
Quando contava histórias para ela dormir ou deixava ela me pentear e maquiar, até disso eu sinto falta. Só espero que Aurora me perdoe, porque estou à ponto de ir até ela e me ajoelhar implorando para que ela me aceite de volta e acabe com meu sofrimento.
- Você está péssimo! - Anderson entra pela porta do escritório e dá uma risada quando rosno impaciente - pelo visto ainda não se acertou com sua amada. - ele ri e levanta a mão quando lhe lanço um olhar mortal.
- O que você quer? - resmungo, eu já estava lendo a porra da mesma linha de um documento a meia hora sem conseguir me concentrar.
Suspiro e o coloco sobre a mesa, me concentrando no desocupado filho da puta a minha frente.
- Ual, como pode tratar seu primo favorito assim? Logo eu que tenho informações quentíssimas! - ele esfrega as mãos e sorri largo, então franze as sobrancelhas e aponta meu celular - Porque seu celular apita tanto? - ele pega o aparelho e seus olhos arregalam. - primo, acho que seu cartão foi clonado! - ele ri - alguém está gastando seus milhões. Quer que eu mande bloquear?
- Não! - pego o documento novamente.
- Não? Ta generoso assim é? - ele me olha incrédulo - nunca te vi desse jeito, sendo roubado e ficar tão calmo! - ele para e parece se dar conta - a não ser que seja uma certa mulher, que está puta com você! - seu sorriso fica largo.
- Me devolva! - rosno pedindo o aparelho, minha vontade é chuta-lo para fora.
- Acho que ela está com pena de você, ou pensa que você é pobre, gastando só alguns milhões! - ele ri desdenhando - nesse ritmo nunca vai conseguir gastar seus bilhões!
- Saia Anderson, estou ocupado tentando reerguer essa empresa, coisa que você deveria estar fazendo em sua sala! - rosno desistindo do documento e o jogando sobre a pilha de papéis.
- Por falar nisso eu contratei uma nova secretária, já que você fodeu a minha e demitiu, ela chega na segunda e é muito gostosa! - ele sorri como se escondesse um segredo.
- Sai, porra! - rosno.
- Ok! - ele levanta as mãos - mas, depois não venha encher meu saco quando descobrir que nossas mães estão no Brasil por conta própria!
- O quê? - arregalo os olhos e me levanto abruptamente. Anderson sorri e finge que meche na unha - Fala logo, porra!
- Ah, agora você me dá atenção! - ele dá um pulo da cadeira e corre, quando dou a volta na mesa na intenção de apertar seu pescoço.
- Quando elas chegaram? - rosno.
- Ontem de manhã! - ele sorri travesso.
- E porque porra você sabe disso e eu não? - pergunto incrédulo.
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Aurora - Desejo e Obsessão...
Misterio / SuspensoO que você faria se descobrisse que sua filha de três anos está com leucemia e o único doador de medula compatível é o tio dela? O problema é que esse mesmo homem quer vingar a morte do irmão que supostamente você matou e vai fazer de tudo para te h...