GUSTAVO MIOTO

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Eu sou um filho da puta, um idiota, um otário de primeira linha. Eu tive Ana Flávia toda solícita, esfregando na minha cara, - e no meu pau também - seu desejo, sua vontade é seu tesão por mim. O que eu não daria para enfiar meu bom senso no cu, para pegar aquela garota de jeito?

Porcaria de coração machucado.

É óbvio que eu fiquei maluco, doente e completamente possesso de ciúmes por elas. Mas Ana não precisa saber.

Ver as mãos daquele sem noção do Pedro tocando a pele dela, acariciando seu pulso, o olhar nojento dele, o sorriso malicioso que ele dava para Ana me deixaram cego de ódio, mal consegui acerta uma cesta naquele treino, admito para mim mesmo o que eu não tenho coragem de assumir para ela.

O cara estava dando em cima dela, era evidente que ele quer a Ana Flávia, agora todos querem um pedaço dela, e eu... bom, tenho que me conformar.

Agora que finalmente descobriram como ela pode ser fantástica de qualquer jeito, todos querem um parte dela, até mesmo Pedro. E eu não sei mais o que ela é capaz de fazer para levar essa vingança a diante, se até conversar com o cara que difamou para toda escola, ela está conversando, chame de birra, mas por mim Ana não respirava nem o mesmo ar que Colins, Pedro, Alex e companhia.

Como todos os dias, estávamos sentados na sua mesa favorita escondidos de todos, apenas preso na nossa bolha, principalmente porque Ana está  em seus dias, e eu nunca tinha visto a mesma tão cabisbaixa, carente e ao mesmo tempo tão fofa, com seu humor ácido.

Deixei que ela se apoiasse em meu peito e descansasse ali enquanto não voltássemos para aula, minha mão acarinhava com muito gosto a pele de seu braço e a outra descansava em sua coxa.

Deixei que a minha mente me levasse para um lugar onde nada dentro de mim era sombrio, onde eu apenas permitia sentir e imaginei que, se eu não fosse tão idiota, poderia facilmente me acostumar com isso, com seu calor em volta do meu corpo, com ela toda carente procurando conforto em mim, seus beijos doce, seu toque macio, mas é uma pena que eu sou sim, um puta idiota.

Eu estava pouco me fodendo para os olhares surpresos e chocados das pessoas em volta de nós, alguns pareciam até tristes, eu apenas me pergunto qual a dificuldades das pessoas em cuidar da própria vida... Ana estava tranquila até um grupo de garotas nos sercar e sentar ali conosco.

Senti ela desconfortável e percebi que ela quis se afastar, mas em nenhum momento a deixei sair de perto de mim, apertei ainda mais meu braço em volta dela.

— Oi Gustavo. – elas me cumprimentam, não respondo e apenas balanço minha cabeça esperando que ela prossiga.

Vejo que você está bem melhor. – balanço a cabeça e pisco para Molly.

Sim. – aperto a coxa de Ana para que ela fique bem onde está.

Ainda bem, que não ficaram sequelas, – como se fosse combinado, Ana e eu suspiramos.

Não dou ênfase para, seja lá o que elas têm a dizer e apenas me mantenho sereno.

— Viemos te convidar para um social.

— Valeu Teresa, mas não estou muito afim de festa. – a sobrancelha da ruiva se arqueia e um olhar e deboche em direcionado a Ana.

É melhor que ela não espirre o veneno na minha garota.

— A nerd agora te proíbe até de se divertir com os amigos?

Ana Flávia suspira toda raivosa e se solta de mim.

Mas que inferno!

— Primeiro lugar, eu tenho nome: é Ana Flávia, segundo: Gustavo faz o que quiser da vida dele. Somos amigos.

Ela fica fodidamente sexy, quando está com raiva.

E sobre sermos apenas amigos é tudo porque sou um otário.

— Sendo assim, não vejo motivos para que você não vá então...

Suspiro profundamente me mostrando cansado de falar com elas, e pelo menos Teresa se toca e se apressa em me entregar o convite.

— Eu tenho saudades do velho Gustavo, quando ele volta a me ligar– ignoro o comentário de Sheila e Ana se afasta ainda mais de mim — Vou ter o prazer de fazer tudo aquilo outra vez.

Ótimo, isso era tudo que eu precisava para melhorar ainda mais o clima entre Ana e eu.

— Ok meninas, obrigado pelo convite, agora tchau.

Nós dois ficamos em um silêncio chato, depois que o grupinho de Teresa e a própria se afastam. Ana Flávia começou a brincar com a borda da mesa, talvez procurando algum assunto ou alguma saída.

— Pelo visto ela está chamando o colégio inteiro.  – Ana diz baixinho encarando o trio de garotas.

É, – sou monossilábico — Elas adoram ser extravagantes.

— E você vai?

— Acho que não,  por que?

— Pedro me convidou – sinto meu sangue fervendo em um segundo — Estou pensando em aceitar.

A indignação toma conta de tudo em mim, meu coração martela contra o meu peito e meus punhos se armam para socar a cara do arrombado que quer roubar a minha garota de mim.

— Ana Flávia?!

— O que? Ele me convidou. E você vai, na verdade deve ir.– meu maxilar dói e só então noto o quanto estou apertando minha mandíbula.  — Até porque você não tem que parar sua vida por minha causa.

Nem ela mesmo parece acreditar no que fala.

— Está fazendo isso para me provocar? – pergunto irado.

— Não tem porque eu estar te provocando Gustavo Mioto – sua voz aveludada faz cócegas em meu pescoço e eu juro que vi faíscas de raiva brilhando naquela íris castanhas.

Puta que pariu Ana Flávia! Essa foi a última coisa que pensei e disse antes dela sair e não falar comigo por três dias.

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O QUE VAI ROLAR NESTA FESTA.

SOLTEI MAIS UM GRAÇAS A Lilimiotela

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BJOS

Gabi

APRENDIZ/ MiotelaOnde histórias criam vida. Descubra agora