ANA FLÁVIA

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— Ele está lá em baixo te esperando, devo admitir o menino ficou uma lindo naquele terno — ouço a voz animada da minha mãe e a ignoro — Você está linda minha filha.

— Obrigada mama — Ela vem e me abraça com carinho.

Tenho que concordar com ela. Eu estou linda. Perfeita na verdade. O crápula do Lucas não merece ter tudo isso ao lado dele. Eu fiquei tão encantada comigo mesma que estou me sentindo até superior á ele.

— Ânimo minha pequena, o garoto, apesar de idiota, está muito bonito, vocês serão sem dúvida alguma o rei e a rainha do baile... bem, isso ainda existe? — Solto uma risada e ela me acompanha. — Enfim, se ainda existir você voltará para casa com um coroa na cabeça. Eu conto com isso.

— Gosto do seu otimismo mãe, ele te faz sorrir.

Ela me da uma piscadela e dá um beijo na bochecha.

— Vamos descer filha.

Minha mãe sai na frente me deixando sozinha no quarto, respiro fundo e vou no mesmo rastro que o dela. Desço as escadas lentamente tendo um total de zero animação para Lucas Collins na minha frente bancando o fodão pra cima de mim.

Encaro meus pés ao descer degrau por degrau, meu coração martelava contra meu peito e um mero frio na barriga me passou quando cheguei na sala. Não queria encará-lo, nem sequer deixar que ele chegue muito perto de mim.

Mas que porra que eu estou fazendo?

— Vamos logo Collins eu não quero me atrasar. - digo de maneira ríspida, ergo meus olhos e faço uma varredura por todo seu corpo, noto os sapatos sociais pretos — bem lustrados —, as calças, o peitoral coberto por uma camisa preta e uma gravata azul clara, da cor do meu vestido e então seu rosto.... puta que pariu!

— Você quem manda senhorita! - Meus olhos se arregala e coração acelera ainda mais com aquele sorriso bonito.

—Gustavo Mioto! — O sorriso do rosto dele se fecha e eu gargalho. — O-o q-que você está fazendo a-aqui?

— Você não achou mesmo que eu iria deixar aquele pp te levar, não é? — Meus olhos brilham e um sorriso enorme escapa dos meus lábios. — A propósito, você está linda Ana Flávia Castela.

— EU NÃO ACREDITO! — Me lanço nos braços do meu bad boy e ele me abraça apertado. — Você está incrível Gustavo Mioto.

Inspiro seu cheiro e me sinto plenamente feliz naquele momento.

— Não, você está incrível.

— Ok, hora da foto queridos — ouço minha mãe dizer.

Me separo minimamente de Gustavo e ele abraça minha cintura e sorri de lado. Encaro seu rosto bonito e me pergunto se naquele instante meus olhos não entregam meus sentimentos por ele.

— Ela já foi? — a porta da frente se abre e vejo meu pai entrar e me olhar de cima a baixo com um puta sorriso. — Ah, minha filha... você está magnífica.

— Obrigada papai — respondo-lhe sorrindo com carinho. — Gustavo este é meu pai, Rodrigo Castela, papa este é o Gustavo Mioto.

— Só Gustavo, senhor - diz ele alternando o olhar de mim para meu pai. — É um prazer.

— Você e minha Aninha estão namorando?

— PAPA! Pelo amor de Deus! — Meu pai me ignora e continua encarando Gustavo.

— N-não senhor, não temos nada.

— O senhor está no céu filho, e eu estou de olho!

— Ana e eu somos apenas amigos.

APRENDIZ/ MiotelaOnde histórias criam vida. Descubra agora