Capitulo 06/ parte 2

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Gustavo Mioto

Como previsto vi Colins correr atrás de Ana assim que teve a oportunidade. O cara estava louco para entender que porra estava acontecendo, babaca!

Ele a levou para um canto escondido dos alunos do colégio, minha vontade é de puxa-lo para uns dez minutos de conversa com o meu punho, quando ele faz isso.

Observo de longe a maneira que ele sempre tenta tocar Ana, um sorriso desses que ele solta, que faz com que as meninas se derretam é dado para nanica. A postura dela sempre é a mesma,  percebo como as coisas mudam.

Ana o empurra contra a parede,  deixando de toca-lo de propósito. Ele tenta se aproveitar do momento, mas a baixinha faz como aprendemos na semana passada.

Ele avança, ela recua.

Ele tenta , ela não deixa.

Lucas Colins está caindo no jogo de Ana Flávia Castela.

E ela sabe.

Quando a conversa dos dois encerra,  Ana anda rapidamente saindo debaixo da arquibancada. Lucas tenta alcança-lá na tentativa vã de se aproveitar da menina. Ela não cede, e ele emputece tentado mais, o atacante agarra a mão de Ana levando até aquela coisa pequena que ele chama de pau, um esboço de sorriso matador surge nos lábios da cubana.

Porra, ela aprendeu direitinho e ainda nem fizemos muito.

- É isso aí Ana!

Posso escutar daqui o choramingo do Colins quando Ana sai outra vez rebolando aquela banda enorme que ela tem.

Aplauso para minha pequena, ela merece.

Volto a olhar para Lucas que parece frustrado e irritado, ele chuta o chão quando finalmente percebe que a nanica não vai voltar.

- Você ainda vai se foder e muito, engomadinho do caralho!

***

Deixo que ela toque e observe meu quarto como bem quer, seus olhos se encantam ao ver minha inúmeras guitarras e violões. Ela inspira e parece surpresa ao ver como tudo é arejado e limpo aqui em cima.

Posso até gostar de usar preto, mas não sou porco e odeio bagunça.

- O que te deu essa brilho de admiração nos olhos nanica?- cruzo os braços atrás da cabeça vendo como esla fica gostosa naquele vestido amarelo.

-Nanica é a porra que você carrega entre as pernas- Arqueio uma sobrancelha, totalmente chocado com as suas palavras- e estou encantada que tudo aqui parece com você.

-Hummm.... eu te garanto que nada em mim é pequeno querida - Ana leva seus olhos até minha virilha e desvia rapidamente Fender preta. - Eu devo agradecer ou isso não foi um elogio?

- Sua cara é linda, é claro que foi um elogio!- sem querer esboço um daqueles raros sorrisos que somente ela tem conseguido arrancar de mim. Outra vez Ana cora e tenho certeza que aquilo foi um pensamento dito em voz alta.

- Obrigada de qualquer maneira.

- Você tocaria para mim algum dia?-
Plateia não é algo quebestou acostumado.

- Quem sabe? -suspirei sentindo mais do que bem em tê-la comigo- Estou muito orgulhoso de você... mas, ainda temos alguns reajustes a fazer.

APRENDIZ/ MiotelaOnde histórias criam vida. Descubra agora