Capitulo 04

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Gustavo Mioto

Não que eu seja uma pessoa com ego nas alturas... mas a inteligência, a esperteza, ser um cara astuto,  auto controle... porra,  eu sempre fui muito bom em manter o auto controle, essa sempre foi uma característica na qual eu poderia dizer com segurança que não falharia, me orgulhava até, era satisfatório saber que mulher nenhuma jamais foi capaz de me fazer perdê-lo... um sorriso sombrio surge em mim só de pensar que isso era real, até ontem, até eu ser atingido por um cheiro que me deixou entorpecido.

Até minha boca sentir o calor da dela, até meu pau quase saltar de dentro das minhas calças só com aquilo... até eu precisar sair da chama, do fogo que é essa menina.

Desde que tornei minha vida amorosa um jogo, ninguém nunca despertou a minh atenção daquela maneira, seria até bom tentar, mas eu já estou tentando. Estou tentando ajuda-la,  estou tentando protegê-la de si mesma. Estou tentando tira-la dos problemas e não quero mesmo ser mais um erro em sua vida.

Na verdade eu só não quero errar com mais alguém, nessa vida medíocre que eu levo.

Ana é doce, e uma pessoa amarga como eu, não merece nem um pouco daquilo.

Eu não quero é não posso me envolver nessa merda.

Ela é forte e frágil ao mesmo tempo, no instante em que chorava ali, apoiada no meu peito, eu quis rasgar a cara de Lucas Colins ao meio, quis ser bom em consolar alguém, quis proteger Ana, mas antes que eu pudesse, ela mesmo já estava se defendendo.

Sua melhor arma foi aquele sorriso bonito cheio de luz, por mais que, banhando de lágrimas, ele não se abalou ou deixou de ser bonito.

Naquela tarde, Ana caiu em meu jogo de sedução e me faz cair no dela sem que nós dois persebêssemos, por muito pouco joguei tudo no ar para me queimar mais nela, ainda não sei dizer seme arrependo ou agradeço por ter conseguido resistir.

Como explicar aquela agitação que ocorreu em meu cérebro?

Eu a quis, mas consegui me recompor a tempo de fazer uma merda ainda maior do que aquela.

O que mais me deixou confuso foram esses pensamentos sobre Ana, ela naodeveria ter mexido comigo assim, de repente aquele leve resvalar de lábio de tornou bom, tão bom que eu quis sentir mais.

A minha língua implora para conhecer o gosto de Ana, para senti-la. Meus lábios clamam por ela outra vez, e eu? Só quero esquecer que isso aconteceu dentro de mim.

Principalmente por Ana passou direto por mim, quando me viu.no corredor do colégio. Ela ignorou a minha presença totalmente e saiu com pressa.

Eu não deveria ter me importado, eu estou pouco me fodendo para as pessoas, mas aquilo me irou, pois cuidei dela naquele momento tão delicado,  e ainda estou lhe dando aulas grátis de como foder o psicológico masculino.

Inclusive o meu.

Já que eu fiquei tão bravo assim, eu deveria catar meu rumo e ir assistir alguma coisa em meu celular durante o intervalo,  mas parado esperando ela aparecer.

Compro o meu almoço rapidamente já com a desculpa esfarrapada de sentar com ela, para saber por que diabos a gatinha não falou comigo.

Como sempre, Ana está distraída, ela compra seu lanche, senta ma mesma mesa de sempre. Escondida bem no fundos, isolada de todas aquelas pessoas, e presa em seu próprio mundo.

Coloco minha bandeja sobre a mesa e me sento de frente para ela. Seus olhos se arregalam e vejo um tom corado em suas bochechas.

-Posso saber o motivo de você ter passado por mim, olhado na minha cara e nao ter falado comigo?

APRENDIZ/ MiotelaOnde histórias criam vida. Descubra agora