ANA FLÁVIA

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Seus olhos se arregala quando meu tom sobe várias oitavas, as íris castanho perderam o brilho sensual de antes e nesse momento o soco que eu queria dar em Pedro, parece ser perfeito para Gustavo.

Espero ouvir outra atitude de sua parte mas ele permanece me olhando com aquela cautela que está me deixando nos nervos.

— Ana entra no carro, vamos para a sua casa, vou te deixar lá e quem sabe outro dia quando estivermos afim não rola? — Nem a cotovelada que ele deu em minha bochecha doeu tanto quanto escuta isso.

— Um caralho que será outro dia. É sério, não dá para te entender, caramba. Uma hora você me pega de jeito, me faz ter um orgasmo alucinante e em outra você age como um covarde! É isso que você é: uma porra de um covarde.

Gustavo deu um suspiro derrotado mas não se opôs a minha palavra, esperei alguma reação dele e nada veio. Sentindo uma raiva descomunal tomar conta de mim, abri a porta do carro e a fechei uma brutalidade extrema.

— Caramba, não faz isso com o Satan..., ele não tem culpa da nossa discussão — Gustavo berrou do lado de fora do carro, ele alisou o capô e sussurrou uma desculpa para ele.

Ah, filho de uma mãe bem boa!

— Gustavo, não estou para gracinhas. Você não quer se livrar de mim? Então vamos de uma vez. — Outro suspiro e então ele estava dentro do carro.

— Deixa eu ver como está seu rosto — ele pede baixinho, com o corpo totalmente virado para mim. — Por favor Aninha.

Ele pensa que sendo carinhosinho eu vou ceder tão fácil? Ah, coitado.

Gustavo que está cheio dos suspiros, solta mais um e sem que eu espere ele toca meu queixo virando meu rosto para ele. Seu toque é suave, sua palma está gelada contra a minha pele quente.

— Tira a mão de mim.

— Isso tudo é porque eu não quero transar com você? — Arregalo meus olhos quando ouço e noto a raiva enervante em seu tom de voz, as palavras de Gustavo me deixam tonta da pior maneira possível. — Quanta infantilidade.

— Ah você não disse isso seu filho da puta! — Eu grito de desvencilhando de seu toque.

— Eu disse sim! Sua mimada.

Ele não disse isso.

— Mimada? Eu? Se enxerga garoto, você que é um covarde sem noção.

Respiro fundo tentando manter minha paz de espírito, minha paciência

— Melhor ser um covarde sem noção do que ser uma mimada, anã e CHATA!

Eu perdi todo meu autocontrole e fui pra cima de Gustavo sem me importar com nada, em meio segundo eu estava sentada no dele enquanto esmurrar seu peito sem dó alguma.

— VAI SEU IDIOTA, ME CHAMA DE CHATA DE NOVO! -

— PARA DE ME BATER SUA DOIDA — ele berra de volta enquanto eu ainda desferia socos nele.

Gustavo segurou meus dois pulsos e de uma maneira bruta grudou sua boca na minha, tentei resistir ao seu beijo avassalador mas tudo que consegui foi fazer com que ele me prendesse ainda mais a seu corpo, tentei abrir a boca para pestanejar e então sua língua se embolou com a minha e tudo deixou de existir.

Gustavo mordeu meu lábio com destreza e voltou a me beijar com a mesma brutalidade. Seu pau endureceu super. rápido e então eu estava rebolando sobre ele, ofegávamos, gemíamos e ele chupou a minha língua de uma maneira que eu simplesmente esqueci meu nome e sobrenome e foi aí que eu perdi todas as minhas forças. Gustavo soltou meus pulsos e minhas mãos foram parar de imediato em seu cabelo.

APRENDIZ/ MiotelaOnde histórias criam vida. Descubra agora