ANA FLÁVIA

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Próxima parada, inferno!

É onde eu vou pisar assim que eu sentar no diabo que está todo vestido de preto, que não me larga por nada nesse mundo. A minha vontade é de lhe dar troco daqueles bem dado, o fazer cair em seu próprio jogo. Deixa-lo me desejar r fazê-lo sofrer como eu sofri, em todas as vezes que ele me disse não, quando eu quis ouvir um mísero sim.

Mas não estou em condições de negar-lhe nada e muito menos em deixar ele se afastar para que outra venha e se aproxima.

Que se fodam todas essas pessoas que me julgam com seus olhares, como se elas fossem melhores em algo. Com o Gustavo aprendi que nada além da minha própria opinião importa. Aprendi que seguir meus insttintos é melhor que reprimir meus desejos. Aprendi que viver o agora é melhor que imaginar o amnhã.

E hojr, não quero imaginá-lo dentro de mim, eu quero tê-lo completamente, e quero sentir o quão real ele é. Centímetro por centímetro. Beijei Gustavo outra vez, fincando minhas unhas em seu pescoço, querendo-o urgentemente.

—Promete que não vai me diexar na mão Gustavo Mioto? - pergunto com seus lábios grudados nos meus, ele segura meu rosto com as duas mãos e mantém meu olhar preso no seu, antes de enfiar a cabeçã no meus pescoço.

—Eu prometo Ana Flávia. –ele diz ao pé do meu ouvido.

Não preciso de mais nada. Me desvencilho do seu abraço e o puxo para sair da boate, a escuridão do local me ajuda a manter meu aperto em sua mão, firme, enquanto ignoro as pessoas que dançam de maneira eufórica no nosso caminho.

Quando estamos perto da saída, sinto a mão de Gustavo em meu ombro e me viro para ver se aconteceu algo, e dou de cara com um Pedro enfurecido me encarando com raiva.

—Posso saber onde está indo Ana Flávia? – ele grita e eu não sei se é pelo som alto da música ou porque ele está evidentemente com raiva.

— Pedro!

—Fui buscar a bebida que você pediu e quando eu voltei, você já não estva mais lá, e agora dez minutos depois eu te encontro indo embora e ainda por cima, com outro! – ele me interrompe berrando completamente fora da si.

—Vamos dando uma segurada meu amigo? Ana não tem nada contigo pra você vir aqui agindo como o namorado ofendido.

Gustavo me empurra e conseguimos sair da boate. Parecia seatr fácil demais...

—Vai se foder, Mioto! – Pedro reaparece com uma raiva descabida empurrando o Gustavo. —Ana Flávia você é uma...

—Não ouse! –Gustavo toma a frente. — Você que não sonhe em xingar a Ana na minha frente, seu moleque!

Sinto um puta arrepio tomar conta de mim, quando Gustavo a frente e de cara fechada coloca Pedro em seu lugar, o garoto se tremeu inteiro quando notou que Gustavo não estava para brincadeiras. Aquele olhar sério, as veias dos braços saltando, as narinas se dilatando a cada respiração mais profunda, ele nunca esteve tão sexy quanto agora.

—Não me procure nunca mais, ouviu bem Ana Flávia? – pisquei desnorteada quando ouvi a voz raivosa de Pedro.

—Se exerga garoto, você que estava vindo como um cachorro atrás de mim– grito.

— Eu?! Atrás de você? Oh Deus, essa foi a melhor piada.

— Se você não estava atrás de mim, porque raios está com raiva e discutindo aqui fora comigo e ameaçando o Gustavo?

Seus olhos vcilam e por um instante pensei ter visto o rosto dele ficando vermelho, não de raiva, mas sim de vergonha. Se recuperando do seu acesso, Pedro fechou os punhos e respirou fundo me encarando com indiferença, não me senti menos diante daquele olhar e o encarei da mesma maneira.

- Pode se vestir como quiser, você sempre será uma nerd esquesi... - ele não completou o que eu e o mundo inteiro já sabia que ele dizer, pois o punho de Gustavo acertou o nariz de Pedro com uma força magnifica.

Eu aposto que ossos foram quebrados.

_ EU TE AVISEI PEDRO - outro soco e mais um e a cara do garoto estva lavada de sangue. - Eu estou cansando de ouvir as suas ofensas  e as dos seus amiguinhos. Foi fácil me pegar em cinco, vem sozinho agora seu arrombado!

Pedro parecia zonzo e desnorteado quando Shawn o pegou pela gola da camisa dando-lhe mais socos, percebi que o idiota não reagia a um soco do meu bad boy, não por provocação mas sim porque ele simplesmente estava desmaiando.

Merda!

— JÁ CHEGA GUSTAVO! — chego por trás tentando fazê-lo parar. 

Um grupo de pessoas percebe a pancadaria e se aproxima de nós para assistir a briga. No momento que abraço as costas de Gustavo, seu cotovelo acerta minha bochecha e um grito de dor escapa da minha garganta com força. Cambaleio para trás me sentindo um pouco zonza.

— CARALHO ANA FLÁVIA— meu bad boy percebe a merda que fez — sem querer —, e vem como um louco me segurando com uma delicadeza que eu jamais pensei vir de alguém como ele, a preocupação em seu olhar faz a minha pele formigar ou talvez seja só a dor mesmo. — Você está bem? Eu te machuquei muito?

— Só um pouco... — sussurro uma mentira, depois de ver o pânico em seus olhos. — Pedro está vivo?

Gustavo pisca e aquele carinho todo some, ele analisa o local onde seu cotovelo me acerto e apenas me mantém firme.

— Infelizmente, sim — seu tom sombrio me atinge e um arrepio ruim me pega da cabeça aos pés, grudo em Gustavo colando meu corpo no seu. — Vamos.

— Isso não vai ficar assim Mioto, escuta o que eu estou te falando! — Mesmo fraco e com o septo dilacerado o cara ameaçou Gustavo que estava literalmente, como ele mesmo diz: pouco se fodendo.

— Estou pagando pra ver — Gustavo diz tentando conter a raiva.

Saímos dali quietos, colados um no outro, apenas ouvindo as nossas respirações ofegantes e a música baixa que vinha da boate que ficava cada vez mais longe de nós.

Meu coração martelava descompassadamente com a noção de que logo estaríamos saciando um desejo fervente. Gustavo que lutasse que não viesse se importar com o hematoma em meu rosto, ele teria outras coisas com as quais se preocupar.

— Quer ir para casa? — Ouço o tom contido de Gustavo e sinto um enjoo forte.

— Se você vier junto, sim. — Sou sincera.

— Ana Flávia —

— Porra Gustavo Mioto, você prometeu caramba!

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Gustavo dando pra trás?!

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Bjos

GABI



APRENDIZ/ MiotelaOnde histórias criam vida. Descubra agora