𝐺𝑖𝑣𝑒 𝑦𝑜𝑢𝑟 ℎ𝑒𝑎𝑟𝑡 𝑎 𝑏𝑟𝑒𝑎𝑘 ❛ true beauty! [¹]

[035] "sorteios e escolhas"

Os dias que seguiram o beijo entre Ae-sook e Su-ho foram marcados por uma mudança significativa na dinâmica entre os dois, especialmente da parte de Su-ho. Se antes ele mantinha uma distância calculada e era mais frio, agora ele estava em constante contato, quase como se não pudesse deixá-la sozinha por muito tempo. Ele sempre encontrava uma maneira de se aproximar, fosse fisicamente ou por mensagens.

"Você já almoçou?" ele perguntava com frequência durante o intervalo, enquanto a procurava pelos corredores. Se não a encontrava rapidamente, logo seu celular vibrava com mensagens insistentes: "Onde você está?", "Já está na sala?", "Quer companhia para voltar para casa?".

Não havia um único momento do dia em que ele não estivesse verificando se Ae-sook estava bem. Era uma atenção constante, quase sufocante, mas de um jeito que fazia o coração dela bater mais rápido. Ela até tentava brincar com ele, perguntando se ele tinha perdido alguma aposta, mas sabia que Su-ho estava sendo genuíno ─ apenas excessivamente preocupado e protetor.

Naquela semana, as aulas foram um completo caos. Desde que a notícia sobre a "verdadeira identidade" de Ae-sook, ou Chloe, tinha escapado, seus colegas de classe não paravam de abordá-la. Mesmo depois de tantas semanas desde que tudo veio à tona, a curiosidade dos alunos não diminuía. Pedidos de fotos e autógrafos eram constantes, e, para o total desgosto de Su-ho, os pedidos de casamento também não cessavam.

━━ Você acha que esses idiotas não vão parar nunca? ━━ Su-ho murmurava, olhando feio para um grupo de garotos que, mais uma vez, tentavam chamar a atenção de Ae-sook com cartazes improvisados e propostas exageradas.

Ela apenas riu, um tanto acostumada com o assédio constante. ━━ Acho que não. Mas é um pouco engraçado, não acha?

Su-ho não achava. Ele olhou para ela com uma mistura de desaprovação e preocupação. ━━ Eu preferia que você não achasse.

O tom possessivo na voz dele a pegou de surpresa, mas, ao mesmo tempo, a fez sorrir. Su-ho estava claramente mais apegado a ela agora, o que era, de certo modo, reconfortante. Contudo, às vezes, ela sentia que ele estava exagerando, principalmente quando mandava mensagens até tarde da noite para se certificar de que ela estava em casa, segura e bem.

Uma noite, quando ela estava voltando para casa sozinha, após uma rápida passada em sua agência, Su-ho apareceu do nada, como se estivesse esperando por ela na esquina.

━━ O que você está fazendo aqui? ━━ ela perguntou, surpresa. ━━ Achei que você já estivesse em casa.

Ele deu de ombros. ━━ Eu estava perto. Pensei em te acompanhar.

Ela levantou uma sobrancelha. ━━ Perto, hum? Você mora a uns bons quilômetros daqui, Su-ho.

Ele não respondeu, apenas sorriu levemente e começou a andar ao lado dela, sem dar chance para mais protestos. Ele era teimoso, sempre conseguia o que queria quando se tratava de protegê-la, e Ae-sook começou a perceber que gostava da sensação de segurança que ele trazia, mesmo que fosse um pouco sufocante às vezes.