𝐺𝑖𝑣𝑒 𝑦𝑜𝑢𝑟 ℎ𝑒𝑎𝑟𝑡 𝑎 𝑏𝑟𝑒𝑎𝑘 ❛ true beauty! [¹]

[042] "mais do que amor"

Tô muito mal pela morte do Liam 💔

Os dias que se seguiram foram marcados por um silêncio quase sepulcral entre Ae-sook e seus amigos. Ela estava decidida a manter distância deles, ainda ressentida com tudo o que havia acontecido no set. A sensação de estar sendo pressionada e sufocada vinha à tona cada vez que recebia mensagens deles, e ela simplesmente ignorava todas. Precisava de um tempo para respirar, sem o drama que eles traziam constantemente para sua vida.

Enquanto isso, Su-ho estava à beira de um colapso. Ignorar mensagens e chamadas era uma coisa, mas o fato de Ae-sook não querer vê-lo, nem mesmo por um instante, estava levando-o à loucura. Não conseguia dormir direito, pensar direito ou fazer qualquer coisa que não fosse se preocupar com ela. Após dias de angústia, ele decidiu tomar uma atitude drástica e, de alguma forma, logicamente absurda. Assim, em uma tarde fria de janeiro, ele se dirigiu até o prédio de Ae-sook, onde a neve caía finamente, cobrindo as ruas com um manto branco.

Estava determinado a esperar por ela na portaria, com um cobertor enrolado nos ombros e uma garrafa térmica de chá quente em mãos, como se aquilo fosse algum tipo de acampamento ao ar livre. O porteiro do prédio o olhava com uma mistura de pena e descrença.

━━ Você vai mesmo ficar aqui fora, rapaz? Está nevando.

━━ Vou ficar ━━ respondeu Su-ho teimosamente, com os dentes já começando a bater de frio. ━━ Ela precisa me ver. Não vou sair daqui até que ela me atenda.

Por volta de uma hora depois, o porteiro, comovido com a persistência quase insana de Su-ho, ligou para o apartamento de Ae-sook. ━━ Senhorita, tem um jovem aqui fora. Ele... está acampando na neve. Diz que não vai sair até que você o atenda.

Ae-sook, que estava tentando se concentrar no roteiro, sentiu um calafrio percorrer sua espinha. Ela sabia exatamente quem era. Su-ho era previsível em sua intensidade, e ela sabia que ele seria capaz de fazer qualquer loucura quando se tratava dela. Com um suspiro exasperado, pegou o telefone novamente e disse:

━━ Deixe-o subir.

Minutos depois, o som da campainha ecoou pelo apartamento, e Ae-sook, ainda de roupão e com o cabelo preso num coque desleixado, abriu a porta. Su-ho estava ali, pálido, com o rosto levemente corado pelo frio e com flocos de neve derretendo em seu cabelo. Sem dizer uma palavra, ele se atirou sobre ela, envolvendo os braços ao redor de sua cintura, enterrando o rosto em seu ombro como se precisasse absorver o calor dela para sobreviver.

Ae-sook revirou os olhos, mas não conseguiu esconder a preocupação. ━━ Você é maluco? Vai pegar uma pneumonia fazendo essas coisas!

Su-ho ergueu o rosto apenas o suficiente para olhar para ela com aquele olhar intenso que sempre a deixava desconcertada. ━━ Eu não aguentava mais. Precisava ver você, Ae-sook-ah. Preciso de você.

Ela tentou se desvencilhar, mas ele a segurava com tanta força que parecia não ter a menor intenção de soltá-la.

━━ Você está molhado e congelando. Vem, eu vou te aquecer antes que congele de vez.