Otávio Bortioli - SP
Nada da Melissa ainda, o dia amanheceu e Sofia conseguiu dar queixa na policia, eles estavam fazendo buscas e nós tentamos ajudar, procuramos pelo bairro dela, mas não achamos Nada.
Eu estava sentado no sofá junto dos outros, todos estão exaustos, mas recusamos dormir, notícias da Melissa podem surgir a qualquer hora.
A hora que eu encontrar essa menina, Ela vai escutar mais sermão de mim doque qualquer um.
O tanto que Ela está me preocupando é brincadeira.
O telefone da Sofia tocou e ela que estava em um pequeno cochilo, acordou rapidamente atendendo o celular.
- Alô - Ela diz assim que atende o celular.
Ela começou a conversar com o policial, a Melissa foi encontrada.
Eu soltei um sorriso, Feliz porque finalmente encontraram a minha namorada.
- Vou levar um casaco pra Ela, Ela deve estar gelada igual morta com esse frio - Kakau disse subindo para o andar de cima.
- Verdade, Ela tava com uma roupa muito curta - Lili concordou com a Kakau.
Kauane pegou o casaco e nós fomos para o carro do Apollo, eu, Sofia, Kakau e Ajota. O caminho todo eu fui sorrindo, em pensar que cheguei a cogitar o pior.
Chegando na delegacia, Apollo estacionou o carro e nós entramos. Sentamos todos no banco e Sofia foi quem foi lá para falar com os policiais.
Depois de uma breve conversa, O semblante que antes era iluminado pela esperança de reencontrar a Amiga, se apagou e lágrimas começaram a escorrer enquanto Ela simplesmente desabou.
Kauane foi a primeira a se levantar para ir ajudar a Amiga, quando soube oque aconteceu, seu choro também começou. Oque caralhos ta rolando aqui?
Um policial veio até mim e aos meninos, eu olhava atentamente, esperando oque ele Iria falar.
- Algum de vocês é familiar de Melissa Santino? - o policial perguntou.
- Eu sou namorado dela, se por acaso servir - dei de ombros ainda preocupado.
- Me acompanhe para o reconhecimento do corpo por favor - disse, a voz fria que não expressava sentimentos tornou tudo pior.
Corpo? Não, minha Melissa não, não pode ser. Essa merda deve ser algum pesadelo.
Eu engoli em seco e comecei a seguir o policial até a rua, entrei na viatura com ele e o carro começou a andar em direção ao necrotério.
Eu queria estar na viatura por qualquer motivo, nem que fosse para ser preso por anos, mas jamais para reconhecer o corpo da garota que eu mais amei em toda a minha vida.
[...]
Uma morte da mulher que eu amo e um suícidio de um filho da puta.
Reconhecer o corpo da minha namorada naquelas condições, foi a pior experiência da minha vida, o jeito que Ela morreu, foi perturbador e só pode ter sido feito por um maniaco.
Uma pessoa normal não faria aquilo.
A morte da minha namorada foi causada por um doente mental de merda.
Velórios sempre são melancólicos e tristes, mas esse pareceu se superar. Eu estava ao lado do caixão, o velório foi com o caixão fechado, não teve condição de ninguém ver a Melissa daquele jeito.
As meninas choravam abraçadas em alguém, Doprê e Ajota olhavam para o caixão com uma expressão vázia, de repente, o ar engraçado que é a essência deles, sumiu por completo.
Depois desse dia, eu tenho a certeza que nunca mais vou ser o mesmo, nesse caixão não esta apenas a garota que eu amo, mas sim, a minha Alegria, minha inspiração, minha risada, minha criatividade, meu tudo, meus sentimentos estão no caixão.
Tudo oque aconteceu no final de tudo foi culpa minha, deveria ter Chamado um Uber com Ela ou levado Ela para chamar o Apollo comigo. Como tudo aconteceu? Como eu poderia ter evitado tudo isso?.
Melissa pode estar morta, mas meu Amor por Ela ainda vive e sempre viverá.
Eu amo ela para sempre.
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𝙋𝙖𝙧𝙖 𝙨𝙚𝙢𝙥𝙧𝙚 - 𝙏𝙖𝙫𝙞𝙣
RomansaAonde Tavin se interessa pela fotógrafa da Aldeia em uma das batalhas.