Juliette e Marluce chegaram no apartamento de Rodolffo e a espera delas tinha praticamente uma festa. E a primeira pessoa a recepciona-las foi uma eufórica Eulália que se agarrou nas pernas de Juliette.
- Oi linda. Tudo bem?
- Titia... Bebê?
- Titia está esperando um bebê sim pequena.
Sem que ninguém pudesse impedir, Juliette pôs Eulália no colo.
- Por Deus você não pode... - Renata tentou tirar a filha do colo de Juliette e ela não deu ouvidos.
Mas Rodolffo pegou a sobrinha de seguida.
- Pense na Ana...
- Eu estou bem...
- O repouso Juliette, por favor.
Eulália chorou e o tio consolou. Verônica e Renata deram um abraço em Juliette, depois em Marluce, mas Eulália era a única pessoa com a qual Juliette queria interagir e foram brincar no sofá.
- Ela está realmente bem filho? - perguntou Verônica secretamente.
- Ela não deve estar muito feliz de voltar aqui. De ser isso...
- Vocês precisam se acertar Rodolffo.
- É tudo que eu mais quero, mas não vou forçar nada agora.
- A mãe dela veio por quê? Isso vai atrapalhar vocês dois.
- Ela quer a mãe aqui e eu não me oponho. Só desejo que ela me aceite de volta.
Rodolffo instalou Juliette no quarto dele, Marluce no de hóspedes e ele ficou no que considerava o quarto da leitura.
Com o cair da noite, Marluce já muito cansada foi a primeira a dormir e lá para as tantas, Juliette começou a chamá-la e sem sucesso.
- Sua mãe está dormindo. O quê está sentindo? - ele disse entrando alarmado.
- Tenho cãibra na perna. Ai...
Rodolffo trouxe um gel de massagem e fez movimentos para desfazer o nó formado pela cãibra. Juliette estava deitada de lado na cama e olhava com atenção para a mão habilidosa de Rodolffo.
- Como se sente agora?
- Melhor.
- Sente dor nas costas?
- Só um pouquinho.
- Quer uma massagem?
- Pode ir dormir... Eu te acordei e a minha mãe continua dormindo.
- Não tem nenhum problema. - Rodolffo foi suavemente deitando de frente a Juliette. - Eu quero cuidar de vocês. Quero que me diga tudo o quê sente e o quê puder fazer para te ver feliz com certeza farei.
- O seu pai... Eu não quero que ele venha aqui.
- Por que não quer?
- O Jorge é falso. - ela ficou um pouco trêmula e Rodolffo colocou a mão no seu rosto.
- Se abre... Diz para mim o quê ele fez.
- Eu acho que ele estava confundindo as coisas. - Juliette fez careta e fechou os olhos. - Seu pai tentou me beijar. Eu não consigo tirar isso da minha mente. Como ele pode tentar isso comigo?
- Ele é um canalha. Um monstro.
- Eu confiava tanto nele. Como se ele fosse meu próprio pai. Me senti mal e ele ainda impôs força.
- Ele vai se ver comigo. Ah se vai...
- Não! - Juliette tocou o rosto de Rodolffo. - Não faça nada.
- Ele tentou violar a minha mulher e eu não posso admitir isso.
Juliette chorou e Rodolffo a abraçou. Ela não resistiu ao contato ficando assim por minutos. Com movimentos sutis eles foram se encaixando perfeitamente para se permitirem a um beijo.
Molhado, cheio de carinho, de saudades e também de desejos. Ambos ficaram em silêncio quando se separaram e Juliette adormeceu com os afagos de Rodolffo.
...
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Pinturas e disfarces
FanfictionUma história inventada, reinventada e feita por dois.