Capítulo 38

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Um mês depois...

Juliette era avaliada semanalmente e hoje além da consulta médica com o obstetra, ela também tinha consulta com a psicóloga.

O médico era sempre gentil e afirmou que estava tudo bem com Juliette e com a bebê, a liberou para a sessão com a psicóloga, mas pediu que Rodolffo ficasse um instante para conversar com ele.

- Ela parece muito bem. Vocês estão juntos como um casal?

- Estamos. Nesse momento dividimos o mesmo teto e uma vida inteira. A minha sogra voltou para a casa dela na semana passada e como a Juliette está bem, nós ficamos sozinhos.

- Por ela estar muito bem estabilizada e não ter tido mais nenhuma intercorrência, sua companheira está fora do repouso absoluto.

- Eu ouvi o senhor falar...

- Então isso significa que ainda podem aproveitar a reta final da gestação para estarem ainda mais juntos.

- Mas nós estamos muito juntos sempre.

O médico deu um sorriso sutil e falou:

- Eu falo de retomarem a vida sexual de vocês. Acredite que isso é bom também para a gestante.

- Mas eu tenho medo de machucar a Ana...

- Não há perigo algum. Ana está muito protegida. E isso fará a sua companheira se sentir bem nesse final de gestação.

Rodolffo ajeitou o óculos no rosto e claramente estava tímido com o diálogo.

- Mas se vocês não desejarem isso, tudo bem. Eu só estou sugerindo.

- Sentimos vontade, mas pela Ana limitamos os carinhos. Eu desejo a minha mulher da mesma forma de antes ou até mais.

- Deve dizer isso a ela. Notei que ela parece preocupada com o ganho de peso, mas é natural na gravidez.

- Já falei sobre isso com ela, mas é difícil que Juliette compreenda.

- Precisa ser mais convincente. Elogios caem bem.

- Eu sempre faço, mas ela rir, como em descrença. Ela acredita que eu falo por gentileza.

- Mas tudo isso passa. O quê importa é que estejam bem para o puerpério. É uma fase desafiadora. Estão fazendo o curso sobre bebês recém nascidos?

- Sim.

- Continuem assim. Tudo ficará bem.

...

Na sala da psicóloga.

- Você parece muito bem Juliette.

- Eu estou. Já compramos o quarto da Ana e ele está lindo. Ainda falta algumas coisas do enxoval, mas são detalhes.

- E o relacionamento com o pai da Ana, como vai?

- Vai bem. Só não está melhor por que estou muito ciumenta ultimamente.

- E ele te dá motivos?

- Não. Ele não sabe que me sinto assim.

- Então de onde vem esse sentimento?

- Recentemente uma amiga da Renata, minha cunhada, foi lá em casa e conversa vai e conversa vem, ela elogiou o Rodolffo. Eu não gostei nada disso.

- E ele reagiu como?

- Ele não ouviu... Estava preparando um lanche na cozinha com a irmã e a chata da Suelen veio me dizer que ele era um gato e que no meu estado os homens costumam trair as companheiras. Senti tanta raiva.

Pinturas e disfarcesOnde histórias criam vida. Descubra agora