Um mês depois...
Juliette era avaliada semanalmente e hoje além da consulta médica com o obstetra, ela também tinha consulta com a psicóloga.
O médico era sempre gentil e afirmou que estava tudo bem com Juliette e com a bebê, a liberou para a sessão com a psicóloga, mas pediu que Rodolffo ficasse um instante para conversar com ele.
- Ela parece muito bem. Vocês estão juntos como um casal?
- Estamos. Nesse momento dividimos o mesmo teto e uma vida inteira. A minha sogra voltou para a casa dela na semana passada e como a Juliette está bem, nós ficamos sozinhos.
- Por ela estar muito bem estabilizada e não ter tido mais nenhuma intercorrência, sua companheira está fora do repouso absoluto.
- Eu ouvi o senhor falar...
- Então isso significa que ainda podem aproveitar a reta final da gestação para estarem ainda mais juntos.
- Mas nós estamos muito juntos sempre.
O médico deu um sorriso sutil e falou:
- Eu falo de retomarem a vida sexual de vocês. Acredite que isso é bom também para a gestante.
- Mas eu tenho medo de machucar a Ana...
- Não há perigo algum. Ana está muito protegida. E isso fará a sua companheira se sentir bem nesse final de gestação.
Rodolffo ajeitou o óculos no rosto e claramente estava tímido com o diálogo.
- Mas se vocês não desejarem isso, tudo bem. Eu só estou sugerindo.
- Sentimos vontade, mas pela Ana limitamos os carinhos. Eu desejo a minha mulher da mesma forma de antes ou até mais.
- Deve dizer isso a ela. Notei que ela parece preocupada com o ganho de peso, mas é natural na gravidez.
- Já falei sobre isso com ela, mas é difícil que Juliette compreenda.
- Precisa ser mais convincente. Elogios caem bem.
- Eu sempre faço, mas ela rir, como em descrença. Ela acredita que eu falo por gentileza.
- Mas tudo isso passa. O quê importa é que estejam bem para o puerpério. É uma fase desafiadora. Estão fazendo o curso sobre bebês recém nascidos?
- Sim.
- Continuem assim. Tudo ficará bem.
...
Na sala da psicóloga.
- Você parece muito bem Juliette.
- Eu estou. Já compramos o quarto da Ana e ele está lindo. Ainda falta algumas coisas do enxoval, mas são detalhes.
- E o relacionamento com o pai da Ana, como vai?
- Vai bem. Só não está melhor por que estou muito ciumenta ultimamente.
- E ele te dá motivos?
- Não. Ele não sabe que me sinto assim.
- Então de onde vem esse sentimento?
- Recentemente uma amiga da Renata, minha cunhada, foi lá em casa e conversa vai e conversa vem, ela elogiou o Rodolffo. Eu não gostei nada disso.
- E ele reagiu como?
- Ele não ouviu... Estava preparando um lanche na cozinha com a irmã e a chata da Suelen veio me dizer que ele era um gato e que no meu estado os homens costumam trair as companheiras. Senti tanta raiva.
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Pinturas e disfarces
FanfictionUma história inventada, reinventada e feita por dois.