Na chegada em casa, ambos quiseram tomar um banho e mesmo tendo dois banheiros no apartamento, Juliette convidou Rodolffo.
- Eu queria que vinhesse comigo... Pode me fazer massagem nas costas enquanto lavo o cabelo.
Rodolffo deixou todas as sacolas sobre a mesa e também o seu óculos.
- Então vamos fazer isso do jeito certo... Não tenha medo.
Ele a colocou no colo e Juliette sorriu pela surpresa.
- Que delícia ser mimada assim... - ela disse enquanto ele a levava para o quarto.
Sem fazer muito rodeio ou cerimônia Rodolffo foi despindo sua amada. Nunca havia feito isso desde que reataram e ver cada curva do corpo dela ao natural lhe deixava mais admirado.
Juliette não tirou os olhos dele e quando o viu completamente pelado, mordeu o lábio inferior, dando um suspiro de seguida.
- Eu te acho ainda mais linda. E te desejo tanto... - ele deu um beijo no nariz dela. - Nós podemos tentar, mas se for desconfortável paramos imediatamente.
- Você quer mesmo isso?
- Quero muito, mas você também tem que querer.
- Eu também desejo isso meu amor. Só Deus sabe que eu tenho vivido de lembranças daquele final de semana que tivemos...
Ele lhe tomou num beijo apaixonado e trocaram muitas carícias antes dele deitar na cama e a convidar para ficar por cima dele.
- Não tenha receio. Nós vamos devagar.
- Mas nós nunca fizemos assim...
- Realmente não, mas é igualmente bom e a sua barriguinha fica livre. Confia em mim...
Juliette confiou e entregues ao doce momento do reencontro dos corpos amaram-se sem pressa.
...
Ficaram tão felizes depois de tudo e nada poderia abalar aquele momento, não fosse o toque insistente do interfone.
Rodolffo se pôs a atender e Juliette ficou atenta.
- Meu amor, vou ter que ir até a portaria.
- Por quê?
- Não é nada importante. Não se abale, tudo bem? Eu volto logo.
Ele vestiu rapidamente uma camiseta e saiu do apartamento levando a chave.
Juliette pensou que poderia ser Jorge e por isso ele não falou o quê seria.
...
Rodolffo estava cara a cara com o pai na portaria e o clima era dos piores.
- Meu filho...
- O quê o senhor quer? Eu andei te procurando, mas fui informado que deixou a cidade, vendeu o carro, está com medo de ser preso pai?
- Eu misturei as coisas. Agi muito errado.
- Muito errado agi eu... O senhor agiu como um bandido. Se aproveitou da fragilidade de Juliette para tentar forçar uma situação.
- Ela me empurrou Rodolffo. Eu não toquei nela de fato. Na verdade eu só queria dá um abraço nela...
- Não tente modificar as coisas. Me dói muito saber que foi capaz disso. Sempre te admirei como homem, mas a pedido de Juliette minha mãe não sabe de nada, nem a Renata. Mas não quero que tente voltar com ela.
- Verônica e eu nos perdemos um do outro. Resta a admiração, mas no momento atual estou conhecendo outra pessoa. Não tem volta e estou indo amanhã para a Argentina. Mas o quê me trás aqui não é isso. Eu descobri uma coisa importante da sua vida.
- O quê pode ser assim tão importante? Se for falar mal da Juliette vamos partir para a agressão física.
- Eu não vou falar da Juliette. Ela é uma mulher honrada. Nunca escondeu de mim que esperava um filho seu e nem que ainda te amava, mas a sua antiga namorada não era sincera contigo. Nas minhas andanças dos últimos dias encontrei com Maria Evangelista.
- O quê tem ela? Nunca gostou do nosso relacionamento por que veio falar disso agora?
- Ela me fez uma confissão e eu não poderia deixar de te dizer.
- Que confissão?
- O bebê não era seu. Era do Fábio.
- O quê? Que conversa é essa?
- Ela tirou a própria vida por que teve medo do bebê nascer negro como o pai.
Rodolffo sentiu-se mal. Fábio era seu amigo de infância.
- Aqui está o telefone da Maria. Se quiser conversar com ela...
- E ela sabia disso desde quando?
- Desde sempre, mas escondeu do marido e de todos, se fez de desentendida.
- Eu quase morro também e ela não ia dizer nada? Que mulher terrível.
Rodolffo pegou o papel e Jorge despediu-se com um aceno.
- Boa sorte. Que Deus te abençoe filho. E que um dia vocês possam me perdoar.
Rodolffo não disse uma palavra e voltou para o apartamento.
...
Por dias ficou olhando para o papel com o contato de Maria e Juliette lhe encorajou.
- Amor liga para ela e tira essa história a limpo.
- Não sei se isso é real. Como pode?
- Ela era covarde e certamente esse cara não quis assumir esse bebê. Então ela viu em você um porto.
- Ela me traiu. Meu Deus isso é surreal.
Com ajuda de Juliette ele resolveu ligar e Maria confirmou tudo e até com maiores detalhes. Tudo aquilo fez Rodolffo reviver o sofrimento mais uma vez, mas seu amparo era Juliette e sua alegria foi voltando a cada novo chutinho de Ana.
- Eu amo tanto vocês e hoje sinto que saiu de mim um enorme peso que me atrapalhava na caminhada. Doeu, mas não me matou.
- Você é forte amor. Muito mesmo. Te amamos. - Juliette disse lhe dando um beijo apaixonado.
...
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Pinturas e disfarces
Fiksi PenggemarUma história inventada, reinventada e feita por dois.