34 - Hades, Por Favor...

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❤ P.O.V JEON JUNGKOOK ❤

Andando devagar pela casa, tentando não chamar atenção, nós vasculhamos cada mínimo metro quadrado daquele lugar, ainda ouvindo a bagunça dos meninos lá fora, o mais rápido que podíamos não podíamos enrolar, não tínhamos a noite toda.

A casa acolhia um silêncio ensurdecedor, ao mesmo tempo que vez ou outra eu conseguia a ouvir estralar o piso de madeira, mesmo sem estarmos andando, e toda vez era um susto diferente. Eu estava apreensivo, aquela casa acolhia traumas pesados para mim, toda a energia que nos cercava era de arrepiar e termos que manter todas as luzes apagadas, não ajudava.

-Só falta o escritório dele - Sussurrei para ela que ainda se mantinha atrás de mim.

-Vamos logo... - Ela disse.

-O foda é achar com essa bagunça - Falei.

-Eu não saio dessa casa até achar - SN disse.

Com somente o flash de um celular, eu a conduzi vagarosamente pelo ambiente, subindo as escadas tentando não fazer barulho por medo de ter policiais no andar de cima, afinal, era o escritório do diabo. Lentamente seguimos até o terceiro andar, completamente vazio, e como o resto na casa, todo revirado, mas nada daquilo parecia afetar a garota.

-Estamos quase lá - Falei, entrelaçando meus dedos aos delas, passamos a andar pelo enorme saguão antigamente usada como uma sala de reunião pelo pai da garota.

O terceiro andar era inteiramente dele, era onde ficava sua sala de tv, sua sala de reuniões, seu escritório e seu quarto, se tinha algo que me inocentava, só podia estar ali, só podia estar ali.

-Evita as janelas - Falei, pois o local era repleto por diversas delas, as quais era bem altas, as quais só eram cobertas por finas cortinas brancas.

-Tá bom...

Saindo de trás de mim, passamos a revirar as muitas pilhas de documentos e objetos espalhados pelo chão, o que na minha opinião não fazia o menor sentido, como eles pretendiam achar alguma coisa naquela zona? Estávamos falando de papéis, agora fazia todo sentido a polícia só ter achado os digitais, afinal, só as conseguiram porque tiveram ajuda, pois se dependesse deles, não moveriam um músculo para detê-los.

O silêncio dominou o ambiente, ao mesmo tempo que de fundo eu ainda conseguia ouvir o cantar dos pneus da caminhonete do meu pai lá fora, mas não durou muito, logo o mesmo fora quebrado pelo som de algo batendo, algo como uma porta.

-Ouviu isso? - SN perguntou assustada.

-Tem alguém na casa - Falei colocando o dedo indicador sobre os lábios, pedindo que ela fizesse barulho e viesse o mais rápido que pudesse para perto de mim.

-Pode ter sido um bicho, o vento, sei lá - SN disse no mesmo segundo ficando para trás de mim e me entregando o taco de golfe que ainda segurava - A gente teria notado se tivesse alguém aqui.

-Não custa olhar - Falei.

Com cuidado eu me aproximei, em passos silenciosos e quase em câmera lenta nos aproximamos da grande porta do escritório, onde sempre costumavam ter dois seguranças altos e fortes, mas dessa vez se encontrava completamente vazia. A porta estava entreaberta, e aquilo quase parecia um convite para uma armadilha, se  eu fosse tão burro quanto pensavam.

-Fica aí - Ordenei, adentrando o lugar, já pronto para o pior.

Passando pela alta porta de madeira de modo que ela fizesse um barulho irritante rasgar os meus ouvidos, meus olhos passaram rapidamente por todo o ambiente, completamente vazio, silencioso, mas não durou muito, ao sentir mãos envolverem meu pescoço em um mata leão.

O Amor Que Ela Me Roubou 2  🎸 Todas as Flores da Primavera 🎸 +jjkOnde histórias criam vida. Descubra agora