49 - O Mistério da Família Mancini

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Bianca

Arrasto Samuel para um canto mais afastado da delegacia, ele me olha surpreso e curioso permitindo que o leve aonde quero.

- Preciso da sua ajuda em algo.

Ele arqueia a sobrancelha, analisando o meu pedido, mas logo sorri mostrando sua empolgação.

- Suspense.. amo, diga.

- Suspeito que Cassandra esteja envolvida em crimes. - Murmuro discretamente.

- O QUE? - Grita chamando atenção dos outros que passavam ou trabalhavam ali perto.

Dou um tapa em seu braço.

- Fica quieto sua anta! Se quisesse que todo mundo ouvisse eu mesma tinha gritado. - Repreendo entre dentes.

- Perdão... mas a ruiva gostosa e misteriosa envolvida em crimes... meu amor isso que é plot.

- Preciso que me ajude a investigar a família dela. - Explico apreensiva. - Cassandra sempre diz que as situações estranhas que acontecem é por causa do passado dela e coisas que a família fez no passado.

- Que tipo de coisas? - Arqueia a sobrancelha e cruza os braços abaixo do peito.

- Esse é ponto. Precisamos investigar a família Mancini. - Puxo ele pelo corredor até chegar em uma sala vazia, que usamos para investigar os casos.

A sala era pequena e meio sombria por causa do defeito da lâmpada central, por ser um lugar de mais discrição a sala não possuía janelas, o que fazia com que deixássemos o ar-condicionado no mais frio possível, mesmo com o tempo sempre gelado. As pilhas de pastas e papéis vazios estavam por todos os lugares e o quadro verde onde colocávamos os suspeitos sempre contava bastante informação grudada nele.

O cheiro de café era marcante, sempre perdíamos horas ali dentro, e por isso  inúmeras garrafas eram feitas ao dia, fazendo o cheiro empreguinar em todos os lugares.

- Acho que ela pode ter algum tipo de ligação com a máfia. - Assumo trancando a porta. - Posso estar morando com uma maldita criminosa, Samuel.

Caminho em direção ao computador e o ligo. O silêncio na sala era tão característico como o cheiro da cafeína, e era preenchido pelo barulho do ar-condicionado e por nossas vozes, ocasionalmente.

- As atitudes dela são tão suspeitas assim? - Pergunta assustado, deixando a empolgação de lado aos poucos.

- Quatro caras tentaram matar ela no meio da noite a mais ou menos oito meses. Absolutamente do nada.

- Não imaginei que você estivesse vivendo esse tipo de emoção, brasuca.

- Corta a empolgação, não tem nada de divertido nisso.

Desbloqueio o computador e puxo uma cadeira para Samuel ao meu lado.

- Consegui pegar as imagens das câmeras de segurança na época e depois de muitas pesquisas, descobri que todos pertenciam a máfia irlandesa.

Ele se aproxima do computador ao me ver abrir os arquivos que fiz na época, e os analisa atentamente em silêncio.

- Todos possuem a mesma tatuagem de gangue e já foram presos inúmeras vezes por todos os tipos de crimes que você imaginar. - Mostro aos poucos todos os detalhes, sem deixar passar nada.

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