Guns ~ Parte 1

Bonecas - Parte 1

Eu acordo. Estava jogada no chão do banheiro, não estava entendendo nada. A porta do banheiro estava aberta e a luz acessa, o resto da tinta de cabelo ainda estava no pote que estava a tinta que eu pintei o cabelo do Keny. A pia estava um pouco suja pela tinta, porém, a tinta agora estava seca, diferente da última vez que me lembro. Tudo estava tão silencioso. Estranhamente silencioso. Eu me levanto, e saio do banheiro. Ando até a cozinha e a garrafa de água ainda estava em cima da mesa, e a água que antes estava gelada, estava quente. Continuo andando e vou para a sala. Na sala não tinha ninguém, e as decorações que davam vida a sala não estavam mais lá. As decorações punks e hippies que fazia daquela sala, e a casa como um todo, única, simplesmente não estavam mais lá. No lugar das pinturas ou fotos estavam escrito "Não há vida aqui"

Aquilo me deu calafrios, e percebi que talvez eu não estivesse na casa de Penny e Keny. Eu começo a me desesperar a cada minuto sufocante. Aquela casa que estava sem "vida", por algum motivo assustava muito... As paredes não estavam sujas ou algo assim. Pelo contrário, as paredes de casa estavam muito limpas, tudo estava muito limpo. O chão não é o chão de madeira aconchegante da casa de Penny e Keny, o chão era completamente liso e branco, quase como um espelho. Eu realmente não estava na casa da Penny ou de Keny, mas, esse lugar quer me enganar. Eu continuo andando, e vou para o lado de fora, onde todos estavam. Quando eu abro a porta para o quintal eu vejo algo aterrorizador. Não tinha ninguém, e não era um quintal. Fingia ser um quintal, era igual o quintal da casa da Penny e do Keny, porém, não havia céu, ou outras casas ao lado. O quintal estava entre paredes brancas.  Porém o pior é que na grama falsa havia bonecos. Bonecos e bonecas, com sangue e tripas. Foi a coisa mais assustadora que eu já vi. Mais assustador do que os filmes de terror que Slash me levou para ver no cinema. O que quer que eu via, não parecia sonho, mas não é real, é artificial. Eu aproximo-me um pouco mais do meio do quintal, onde os bonecos estavam. Os bonecos estavam desmontados. Pés, braços, cabeças, estavam fora de lugar. Enquanto olhava aquela cena grotesca, resolvi voltar para dentro da casa, porém a porta se fecha repetidamente, em um baque forte e inesperado. Aquela coisa no quintal, de repente criou vida. Todos olharam para mim e começaram a vim até mim. Eu me encosto contra a parede, tentando abri-la, sem sucesso. Eles se aproximavam mais eu gritava desesperada. Um grito de desespero, e socorro saiu de minha boca antes de eu ser coberta por aquelas criaturas, e esse grito foi a palavra; pais!