Entre o Céu e o Inferno| FATHER CHARLIE

O Jogo de Provocações

Capítulo 34:

Charlie sabia que, se quisesse ganhar o coração de Clara, precisaria adotar uma abordagem diferente. As flores e as palavras doces não eram suficientes para derrubar as muralhas que ela erguera ao redor de si. Ele precisava provocá-la, desafiá-la da mesma forma que ela o fazia no início. Se ela gostava de brincar com fogo, ele também saberia como manter as chamas acesas.

Naquela noite, ele decidiu ir ao mesmo bar onde a encontrara antes. Sabia que Clara provavelmente estaria por lá, aproveitando a noite com os amigos. E lá estava ela, sentada à mesa com algumas amigas, rindo e se divertindo. Charlie a observou por alguns instantes, estudando cada movimento, cada detalhe. Em seguida, tomou coragem e caminhou em direção a ela, determinado a seguir adiante com seu plano.

Quando ele se aproximou da mesa, Clara o notou e ergueu uma sobrancelha, surpresa e intrigada com sua presença. "Você não cansa de aparecer nos lugares onde eu estou, não é, padre?" ela brincou, sorrindo de lado.

Charlie se aproximou um pouco mais, inclinando-se sobre a mesa para que apenas ela pudesse ouvir suas palavras. "Quem disse que estou aqui por acaso?" ele respondeu, o tom de voz baixo e carregado de intenções. "Talvez eu só queira garantir que você não se esqueça de mim."

Clara sentiu um leve arrepio percorrer sua espinha com a forma como ele falou. Era uma mistura de confiança e provocação, algo que não havia percebido nele antes. "Não se preocupe, Charlie. Você sempre soube como ser inesquecível."

Ele sorriu e se afastou ligeiramente, mas não o suficiente para romper a tensão que pairava no ar. "Sabe, Clara, eu venho pensando sobre o que você disse. Que eu deveria lutar por você, provar que sou digno do seu amor. Acho que posso começar agora mesmo."

Clara cruzou os braços, inclinando-se para ele com um brilho nos olhos. "E o que você vai fazer? Vai recitar versos da Bíblia para mim?"

Charlie riu, e havia algo em seu sorriso que parecia quase perigoso. "Talvez eu possa te ensinar outras coisas, Clara. Coisas que não são ditas nos sermões de domingo."

Ela o encarou, desafiadora, sem desviar o olhar. "E o que exatamente você tem em mente, padre?"

Charlie se aproximou mais, dessa vez inclinando-se para sussurrar em seu ouvido. "Eu posso te ensinar a se render, Clara. Não à fé ou à devoção, mas ao desejo. Às coisas que você tenta esconder de si mesma."

Ela sentiu o rosto esquentar e respirou fundo para manter a compostura. "E você acha que eu não sei lidar com isso?"

"Eu acho que você é uma mulher que gosta de ter o controle," respondeu ele, seus olhos cravados nos dela. "Mas e se eu te disser que, às vezes, é bom deixar que outra pessoa conduza o caminho? Que tal se deixar levar, só uma vez, sem tentar lutar contra o que sente?"

Clara estava prestes a responder, mas hesitou. Charlie notou a pausa e viu isso como um sinal de que estava quebrando as defesas dela, camada por camada. Ele continuou: "Sei que você gosta de provocar, gosta de brincar com a tentação. Mas e se, desta vez, fosse você quem fosse tentada?"

"Você está brincando com fogo, Charlie," ela disse, a voz ligeiramente vacilante.

"Estou disposto a me queimar, se for por você," ele respondeu, dando um passo para trás. "Mas a escolha é sua. Se quiser manter o controle, está tudo bem. Só espero que saiba o que está perdendo."

Clara o observou por um momento, os pensamentos a mil. Ele estava jogando com ela, e ela sabia disso. Mas também havia algo no tom dele, uma sinceridade oculta que a fazia se questionar se ele realmente estava disposto a ir até o fim para conquistá-la. Decidida a não ceder, ela ergueu o queixo e se afastou da mesa.

"Você ainda tem muito o que aprender, Charlie. E eu não sou uma mulher que se rende facilmente," ela disse, antes de se afastar.

Ele a observou se distanciar, satisfeito por ver que, mesmo resistindo, ela reagira às suas provocações. O jogo continuava, e Charlie estava mais determinado do que nunca a mostrar a Clara que ele era capaz de conduzir essa dança de desejo e resistência até o fim.

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Ah esse padre kkkk.

Gente me ajudem e deixem aqui nos comentários eu já tô quase terminando a fic, e ainda não tem nem um hot, vocês gostariam de um hot?, acham que combinaria?.