Um amor que teve início na adolescência, pode ser destruído por um acidente e suas consequências?
Imaturidade, traumas do passado, falta de confiança e preconceito, podem acabar com uma relação?
Nessa história vamos descobrir como o autoconhecimento...
Nova York foi um sonho, uma aventura! O que Fábio me fez sentir, quase me fez acreditar ser possível ter a felicidade ao meu alcance. Porém, a realidade se fez presente e tivemos que voltar para casa e para nossas vidas.
Contudo, ao voltarmos para Lansing, decidi evitá-lo antes que eu perdesse de vez o controle e, acabasse me machucando. No escritório o ritmo frenético me ajudou a conseguir meu intento de me manter afastada. Eu mal estava tendo tempo de almoçar e quando saía do trabalho procurava me manter ocupada, para não pensar nele e no que vivemos naqueles três dias de loucura e paixão. Retomei as aulas de dança, o jiu-jitsu e virei cliente assídua do cinema, inclusive assistindo a filmes fora do circuito comercial.
Mas os meus pensamentos são insolentes... vira e mexe, me pego lembrando daquele sorriso, dos olhos expressivos e daquele corpo. Ah, aquele corpo!
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Minha perdição...
O pior é que eu sei que não é só atração física. Vai muito além, nem mesmo Henry me fez sentir dessa maneira. E essa constatação só me deixou mais apavorada!
Sendo assim, quando Jane me convidou para ir à sua casa, aceitei mais que depressa. Eu precisava da sensatez dela para me dar um norte. E a nossa conversa foi essencial para me fazer refletir sobre o poder que dou ao passado de me ferir. E principalmente, como o medo tem me paralisado, me impedindo de viver.
Me dei conta de que tenho vivido na defensiva, sempre esperando o pior. E eu que antes era tão otimista e confiante, assumi essa postura de desconfiança e temor para com tudo e todos. Chega!
Chega de sofrer pelo que já passou e pelo que não sei se acontecerá. Mesmo que o que Fábio e eu temos, não evolua para um relacionamento, quero viver cada momento presente. Quero me sentir de novo inteira, livre e feliz como naqueles três dias.
Só espero que ele não tenha desistido de mim...
Estava em minha sala, absorta olhando pela janela e tentando bolar uma forma de me aproximar do objeto do meu desejo, quando bateram à porta.
- Entre. - disse me sentando corretamente. - Oi, sumida. - Fábio falou sorrindo e eu me senti tremer. Para que ser tão bonito?! Que falta de respeito, viu!
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