Um amor que teve início na adolescência, pode ser destruído por um acidente e suas consequências?
Imaturidade, traumas do passado, falta de confiança e preconceito, podem acabar com uma relação?
Nessa história vamos descobrir como o autoconhecimento...
Hoje é o dia mais feliz da minha vida! Concluir minha segunda graduação, poder fazer o que amo é sensacional. Arquitetura e urbanismo sempre foi minha paixão! Mas não sei por qual razão, acabei cursando Administração... lembro dos meus pais me aconselhando a esperar e tentar novamente ser aceito em Arquitetura na Universidade de Michigan. Assim como recordo da minha recusa veemente, com o esdrúxulo argumento de que não ia perder tempo, esperar por mais um ano e ficar para trás.
Entendam, não é que o curso de administração seja ruim, só não era o meu ideal. E por teimosia e uma tola preocupação com o que os outros iam pensar de mim, acabei por cursar algo que não me enchia os olhos, mas não quis admitir. Aos dezessete anos, saído do ensino médio, com a fama de atleta popular, eu dava muita importância para a opinião das pessoas e queria manter meu status. Ao longo dos quatro anos de curso, amadureci à duras penas. Descobri que eu era bom, mas não o único. E que independente da opinião alheia, o que realmente importa é o que me realiza, faz feliz.
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
Graças a Deus, pude contar com o apoio e carinho dos meus pais, do meu irmão e da minha namorada, durante esse processo de amadurecimento. E, hoje aos vinte seis anos, a vida sorri para mim! Vou trabalhar na construtora da família, ao lado do meu pai e irmão, tenho a namorada mais linda e apaixonante, amigos incríveis. O que mais posso querer?
- Ei, se demorar mais um pouco, iremos à sua festa de aposentadoria e não de formatura! - Fábio, agitado e risonho, entra no meu quarto interrompendo meu devaneio. - Ah, senhor Fábio exagerado Landucci, não se preocupe a sua aposentadoria será primeiro, meu velho. - Idiota! Quem ouvisse você falar pensaria que sou um ancião... - Quase! Caminha a passos largos para os trinta.- o provoquei com seu atual medo, chegar aos trinta. - Não quero falar sobre isso.- sua expressão séria me fez retomar o assunto sem brincar. - Mano, qual o real problema? O que está acontecendo?- questionei o encarando firmemente. - Eu... Hum... Quer saber? Hoje é o seu dia, não é o momento para falarmos sobre isso ou qualquer outra coisa séria e chata.- respondeu arrumando o nó da minha gravata. - Eu estou muito orgulhoso de você, cara! - Fábio... - Agora vamos! Lembre-se que ainda temos que buscar a Allie.
Antes que eu pudesse dizer mais alguma coisa, saiu do quarto rapidamente. Conheço meu irmão... há algo o incomodando de verdade e vou descobrir o que é.
- Lucca, vamos filho! Agora quem me chamava impaciente era minha mãe. Dei uma última olhada no espelho e sorri satisfeito. Desci correndo e encontrei meus pais no hall, enquanto Fábio já estava no carro. - Meu amor, você está lindo!- minha mãe disse me abraçando emocionada - Estou tão orgulhosa de você.
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
- Sim Lucca, nós estamos muito felizes e orgulhosos.- corroborou meu pai se juntando ao abraço - E ficaremos mais contentes se não nos atrasarmos mais. - Gian Carlo! - minha mãe o repreendeu, soltando- se do abraço e arrumando meu colarinho. - Marina! - disse rindo e apontando o relógio - Não quero perder um instante da festa, oras. - Vamos então! Não quero ser causador do descontentamento de ninguém.- disse rindo ao ver minha mãe revirar os olhos em resposta à meu pai, mas em seguida dar um beijo carinhoso nele.
O relacionamento dos meus pais é o meu ideal de relação. A parceria, a cumplicidade e o amor que demonstram, é o que desejo viver com Allie. E por falar nela... já deve estar impaciente me esperando. Ao contrário da maioria dos casais, quem mais demora para se arrumar e tem certo problema com pontualidade, sou eu. Sendo assim, sei que ela já deve estar pronta e nem um pouco satisfeita com a minha demora.
Enquanto dirijo, Fábio permanece silencioso, imerso em pensamentos. - Fábio, está tudo bem?- questiono atento à sua reação. - Oi? Ah... tudo ótimo, mano.- responde me encarando com um sorriso que não chega aos olhos. - Você está estranho... está acontecendo alguma coisa?- insisto - Fala comigo, cara! Nunca tivemos segredos entre nós. - Sério, Lu. Está tudo bem.- respondeu desviando o olhar- É só cansaço e talvez o início de uma gripe. Percebi que não ia adiantar insistir. - Certo. Quando quiser conversar, estarei pronto para ouvir. Ele assentiu e apertou meu ombro num gesto de carinho, típico nosso. Seguimos o restante do curto trajeto embalados pelo rádio do carro.
Estacionei e vi que Allie já me esperava na varanda, com uma expressão nada amistosa. Saí do carro e ouvi o riso do meu irmão, assim como sua provocação: - Prepare-se para enfrentar a fera!
Mesmo emburrada, ela estava perfeita! Parecia uma princesa... minha princesa.
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
- Lucca Landucci, eu quero esganar você! Trinta minutos de atraso é um... - Absurdo, princesa. Eu sei. - interrompi sua explosão com a minha melhor expressão de arrependimento - Me perdoe, amor. Você está linda. Antes que ela pudesse continuar a abracei. Senti quando ela relaxou em meus braços e sorri aliviado. Bronca evitada com sucesso.
- Ah, tudo bem... Você também está lindo, meu amor.- disse sorrindo e me senti aquecer. Parece um príncipe... - Então agora, sou um príncipe feliz... - Por que? - Porque estou com a minha princesa.- selei nossos lábios em um beijo casto, repleto de emoção.
- Ei, casal 20! Não quero atrapalhar a melação, mas temos que ir... preciso da minha insulina. A gargalhada dela, se juntou à minha. - Fábio, você é um idiota!- ela disse enquanto nos dirigimos ao carro. Como um bom cavalheiro, meu irmão a abraçou e abriu a porta para que ela entrasse. - Eu sou seu cunhado preferido, isso sim! - retrucou sorrindo - E você está belíssima. - Ah, você é meu idiotinha preferido e único cunhado. Graças aos céus! - ela sorriu- E também não está nada mal... - Obrigado pelo elogio... Hum.. contido.- ele alfinetou. - Não posso elogiar muito, senão não iremos aguentar sua arrogância. - Arrogância? Pesado isso... Eu chamo de autoconfiança. - retrucou provocativo - Não tenho culpa de ser tão atraente... - Ah, meu Deus! Viu?! É disso que estou falando... Explodimos em mais gargalhadas.
Eu amo ver esses dois juntos, as provocações, a camaradagem. Seguimos conversando animadamente, a presença de Allie, tirou Fábio do alheamento em que estava.