Um amor que teve início na adolescência, pode ser destruído por um acidente e suas consequências?
Imaturidade, traumas do passado, falta de confiança e preconceito, podem acabar com uma relação?
Nessa história vamos descobrir como o autoconhecimento...
Se é possível morrer e continuar respirando, foi isso o que aconteceu comigo! Quando vi a Allie naquela pista de dança, eu senti que algo em mim morreu. Nem mesmo quando Dr.Edward falou sobre o meu prognóstico e as diversas dificuldades que terei que enfrentar me senti assim... tão desencantado e sem perspectiva.
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De repente, tudo passou a fazer sentido e eu não pude mais me enganar, tentando justificar as atitudes dela. Compreendi o porquê do seu afastamento, a impaciência frequente e até mesmo a raiva com que muitas vezes, a flagrei me olhando.
Não posso exigir que ela fique comigo ou me ame, que fique com o que restou de mim. Contudo, esperava que ela fosse honesta. Nossa história e tudo o que vivemos, merecia um final mais digno. Ela costumava me dizer que eu era o seu Sol , parece que me desintegrei e perdi a capacidade de manter o mundo dela aquecido e iluminado.
Eu não conseguia parar de me questionar repetida e exaustivamente, como o amor dela pôde ter acabado?! Será que realmente existiu?! Ou era só uma paixonite por estar com o cara popular, com o atleta cobiçado?! Não é possível que ela tenha fingido por tanto tempo... ou que eu tenha me enganado tanto e ficado com alguém superficial e vazia.
Sei que nossa vida havia mudado radicalmente! E que muitas vezes, tenho sido difícil, mas em minha defesa, tenho tentado descobrir como aceitar a minha nova condição, sem sobrecarregá-la com meus problemas ou a maneira que estava me sentindo. Também estava dando tudo de mim nas sessões de fisioterapia mesmo quando eu sentia que não ia aguentar de tanta dor e cansaço. Evitava reclamar sobre as noites em claro, por conta das dores e quando nos falávamos, tentava ser otimista.
Porém, admito que os únicos momentos em que me mostrei impaciente e irritadiço, foram nos quais ela insistia em que retomássenos nossa vida social, como se nada houvesse acontecido. E mesmo assim, tentei fazê-la entender, que não me sentia preparado. Onde eu errei?! Sei que estávamos sem uma vida social e até compreendo que ela sentisse falta, afinal antes do acidente, a mesma era intensa, saíamos com frequência para dançar, jantar fora... mas será que era só isso que sustentava nossa relação?! E a amizade, a sintonia que tínhamos, o sexo que era maravilhoso, como tudo isso se perdeu?! Eram muitas perguntas e nenhuma resposta.
Eu rememorava o nosso último encontro e, cada vez que o fazia, sentia que a dor causada pela decepção e pela saudade aumentava, era como se me faltasse o ar.
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