Um amor que teve início na adolescência, pode ser destruído por um acidente e suas consequências?
Imaturidade, traumas do passado, falta de confiança e preconceito, podem acabar com uma relação?
Nessa história vamos descobrir como o autoconhecimento...
Por todos os lugares em que olho Everywhere I look around
O amor está no ar Love is in the air
Em cada vista e cada som Every sight and every sound
E não sei se estou sendo bobo And I don't know if I'm being foolish
Não sei se estou sendo sábio Don't know if I'm being wise
Mas é algo em que devo acreditar But it's something that I must believe in
E está lá quando olho nos seus olhos And it's there when I look in your eyes
O amor está no ar Love is in the air
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Jane
Desde que eu e Robert nos entendemos, sinto como se a vida sorrisse para mim. A cada beijo, toque dele, me sinto mais apaixonada... e me pergunto como pude perder tanto tempo?!
A amizade que já era sólida se intensificou ainda mais, visto que agora não havia mais segredos entre nós. Conversamos sobre todos os assuntos, sem receios. Inclusive, ele me confidenciou a razão de ter se afastado de todos nós logo após o acidente.
Eu sempre soube que o relacionamento dele com o pai era difícil. Mas nunca imaginei que fosse tão complicado... quando me contou sobre a conversa e as palavras cruéis que o pai falou para ele, o culpando, sem demonstrar o mínimo de preocupação ou amor, fiquei chocada! O senhor Dallinger, realmente, não parecia amar o filho e, isso me fez entender um pouco mais sobre a forma de Robert estar sempre na defensiva. Além do fato de ter perdido a mãe ainda criança, ser criado por esse pai frio e distante, não poderia resultar em outra coisa, além do medo constante de ser rejeitado.
Graças a Deus, assim como eu, ele teve a sorte de ter os Landucci ao seu lado. Além de Sam e Allie, claro. Sei que pela maneira que fala, eles todos foram essenciais para que ele não perdesse totalmente o referencial de amor familiar. E por mais que conscientemente ele entenda que não é culpado pelo o que Lucca está passando, sinto que ainda se sente responsável e se martiriza.
Na pequena recepção surpresa que fizemos para receber Lucca e comemorar sua alta do hospital, flagrei Robert olhando para o nosso amigo com os olhos cheios de lágrimas e uma expressão de tristeza, de cortar o coração.
Na verdade, todos nós, estamos sofrendo ao ver nosso amigo que sempre foi o mais ativo e atlético do grupo, nessa situação. Mas cada um a sua maneira, está tentando apoiá-lo e se mostrar confiante em sua recuperação.
Robert, decidiu ficar em Lasing e enfrentar o pai. O que eu apoio total e integralmente! Afinal, ele tem direito de decidir sobre a própria vida profissional e, confesso, que se ele optar por se afastar da gestão da holding do pai, ficarei aliviada. Ele pode tentar empreender, sei que tem recursos financeiros e capacidade para isso. Mas por enquanto, a única certeza é de que ele não irá mais para o outro lado do país.
Termino de me arrumar e a campanhia toca. Finalmente, Carol chegou! Estou ansiosa pelas novidades e também para contar á ela sobre o meu amor. Ok... admito, estou parecendo uma adolescente... mas estou tão feliz!
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- Oi, Carol! Você demorou, hein!- abri a porta e já a puxei para dentro do apartamento em um abraço caloroso. - Oi, Pimenta! - disse sorrindo matreira- Meu atraso tem um bom motivo: comida! - Quem te falou sobre esse apelido?!- questionei ruborizada. - Ah, o Fábio, enquanto conversávamos... Ela seguiu para a cozinha, colocando as sacolas que carregava no balcão.
- Mas ele te disse o porquê me chamam assim?!- insisti. - Não, na verdade, ele deixou escapar- enquanto tirava as embalagens da sacola, continuava sorrindo- Porém, sei que você irá me contar, nos mínimos detalhes. - Ahn... isso é assunto para outro momento! Agora me conta como foi lá em Nova York!- mudei de assunto e me surpreendi por ela ficar imediatamente séria. - Ah, Jane... eu estou ferrada, minha amiga!- seu tom fatalista me alarmou. - O que aconteceu, Carolina?! - Eu e o Fábio, ficamos juntos... - Ficaram juntos?! Tipo... - Transamos!- me interrompeu aflita. - Ufa! Achei que tinha acontecido algo terrível pela sua expressão...- disse aliviada. - Jane, você entendeu o que eu disse?!
Exasperada, se sentou e tomou um longo gole de vinho. - Sim, entendi. - afirmei suavemente- Vocês transaram. E qual o problema? Ele mandou tão mal assim?! - Não e aí é que está o problema!- respondeu me encarando nervosa. - Você pode ser mais clara, Carol? - Jane, ele é maravilhoso! Me deixa... - Apaixonada?! - Sem controle! Com vontade de me entregar... - E? - E eu não quero me envolver! - afirmou com a voz trêmula- Não tem como dar certo... - Por que? - Porque somos diferentes, ele é filho do dono da empresa em que trabalho e... - Diferentes?! Carolina, eu sei de tudo o que passou com o Henry, a decepção, o sentimento de menos valia.- disse com afeto- Contudo, você não pode permitir que ele continue te machucando... - Jane, eu não posso repetir o mesmo erro... - Carolina, pelo amor de Deus!- segurei em suas mãos por sobre a mesa- Você não pode se fechar para a vida! Deixar que um acontecimento do seu passado, dite e defina seu presente e seu futuro, minha amiga! - Eu tenho tanto medo. - admitiu com as lágrimas escorrendo pelo rosto tristonho. A abracei e ela se permitiu chorar livremente.
Após alguns instantes e ao vê-la controlada novamente, retomei o assunto: - Carol, permita-se viver! Não continue dando poder ao que aconteceu de te adoecer e impedir de ser feliz. - Eu vou tentar... - murmurou sem muita convicção. - E se te servir de estímulo, posso te garantir que o Fábio é totalmente diferente do Henry. - afirmei sorrindo- Ele jamais te magoaria. - Ah, você o defende demais! - Não defendo! Só estou falando a verdade, os Landucci são minha família e sei do caráter deles. - Ok, srta quase Landucci!- concordou rindo- Eu confio no seu julgamento. - Ótimo! E eu só quero te ver feliz, minha amiga! - Eu sei e te agradeço imensamentepor todo o apoio e carinho. - segurou em minhas mãos num gesto carinhoso- Mas mudando de assunto... percebi que a senhorita está irradiando um certo contentamento que não existia antes da minha viagem... Quero saber o porquê e com riqueza de detalhes!
-Ah, Carol! Eu e o Robert estamos namorando! - Uau! Finalmente, aquele bobo percebeu a mulher maravilhosa que estava perdendo!- falou alegre- Quero saber de tudo, com direito aos detalhes sórdidos! - Boba! É claro que isso não pode faltar!
Em meio à risos, regadas ao bom vinho que ela havia trazido, contei tudo, sem deixar nenhum pormenor de fora. Felicidade compartilhada, felicidade redobrada. Só espero que essa cabeça- dura se dê a chance de vivenciar novamente o amor.
Olá amoras e amorecos! Capítulo curtinho, mas esclarecedor e fofo. Logo teremos um capítulo tenso! Beijos de Luz!