O amor está no ar...

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Love Is In The Air
John Paul Young

O amor está no ar
Love is in the air

Por todos os lugares em que olho
Everywhere I look around

O amor está no ar
Love is in the air

Em cada vista e cada som
Every sight and every sound

E não sei se estou sendo bobo
And I don't know if I'm being foolish

Não sei se estou sendo sábio
Don't know if I'm being wise

Mas é algo em que devo acreditar
But it's something that I must believe in

E está lá quando olho nos seus olhos
And it's there when I look in your eyes

O amor está no ar
Love is in the air

O amor está no arLove is in the air

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Jane

Desde que eu e Robert nos entendemos, sinto como se a vida sorrisse para mim.
A cada beijo, toque dele, me sinto mais apaixonada... e me pergunto como pude perder tanto tempo?!

A amizade que já era sólida se intensificou ainda mais, visto que agora não havia mais segredos entre nós.
Conversamos sobre todos os assuntos, sem receios. Inclusive, ele me confidenciou a razão de ter se afastado de todos nós logo após o acidente.


Eu sempre soube que o relacionamento dele com o pai era difícil. Mas nunca imaginei que fosse tão complicado... quando me contou sobre a conversa e as palavras cruéis que o pai falou para ele, o culpando, sem demonstrar o mínimo de preocupação ou amor, fiquei chocada!
O senhor Dallinger, realmente, não parecia amar o filho e, isso me fez entender um pouco mais sobre a forma de Robert estar sempre na defensiva.
Além do fato de ter perdido a mãe ainda criança, ser criado por esse pai frio e distante, não poderia resultar em outra coisa, além do medo constante de ser rejeitado.

Graças a Deus, assim como eu, ele teve a sorte de ter os Landucci ao seu lado. Além de Sam e Allie, claro.
Sei que pela maneira que fala, eles todos foram essenciais para que ele não perdesse totalmente o referencial de amor familiar.
E por mais que conscientemente ele entenda que não é culpado pelo o que Lucca está passando, sinto que ainda se sente responsável e se martiriza.

Na pequena recepção surpresa que fizemos para receber Lucca e comemorar sua alta do hospital, flagrei Robert olhando para o nosso amigo com os olhos cheios de lágrimas e uma expressão de tristeza, de cortar o coração.


Na verdade, todos nós, estamos sofrendo ao ver nosso amigo que sempre foi o mais ativo e atlético do grupo, nessa situação.
Mas cada um a sua maneira, está tentando apoiá-lo e se mostrar confiante em sua recuperação.

Robert, decidiu ficar em Lasing e enfrentar o pai. O que eu apoio total e integralmente!
Afinal, ele tem direito de decidir sobre a própria vida profissional e, confesso, que se ele optar por se afastar da gestão da holding do pai, ficarei aliviada.
Ele pode tentar empreender, sei que tem recursos financeiros e capacidade para isso.
Mas por enquanto, a única certeza é de que ele não irá mais para o outro lado do país.

Termino de me arrumar e a campanhia toca.
Finalmente, Carol chegou!
Estou ansiosa pelas novidades e também para contar á ela sobre o meu amor.
Ok... admito, estou parecendo uma adolescente... mas estou tão feliz!

- Oi, Carol! Você demorou, hein!- abri a porta e já a puxei para dentro do apartamento em um abraço caloroso

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- Oi, Carol! Você demorou, hein!- abri a porta e já a puxei para dentro do apartamento em um abraço caloroso.
- Oi, Pimenta! - disse sorrindo matreira- Meu atraso tem um bom motivo: comida!
- Quem te falou sobre esse apelido?!- questionei ruborizada.
- Ah, o Fábio, enquanto conversávamos...
Ela seguiu para a cozinha, colocando as sacolas que carregava no balcão.

- Mas ele te disse o porquê me chamam assim?!- insisti.
- Não, na verdade, ele deixou escapar- enquanto tirava as embalagens da sacola, continuava sorrindo- Porém, sei que você irá me contar, nos mínimos detalhes.
- Ahn... isso é assunto para outro momento! Agora me conta como foi lá em Nova York!- mudei de assunto e me surpreendi por ela ficar imediatamente séria.
- Ah, Jane... eu estou ferrada, minha amiga!- seu tom fatalista me alarmou.
- O que aconteceu, Carolina?!
- Eu e o Fábio, ficamos juntos...
- Ficaram juntos?! Tipo...
- Transamos!- me interrompeu aflita.
- Ufa! Achei que tinha acontecido algo terrível pela sua expressão...- disse aliviada.
- Jane, você entendeu o que eu disse?!

Exasperada, se sentou e tomou um longo gole de vinho.
- Sim, entendi. - afirmei suavemente- Vocês transaram. E qual o problema? Ele mandou tão mal assim?!
- Não e aí é que está o problema!- respondeu me encarando nervosa.
- Você pode ser mais clara, Carol?
- Jane, ele é maravilhoso! Me deixa...
- Apaixonada?!
- Sem controle! Com vontade de me entregar...
- E?
- E eu não quero me envolver! - afirmou com a voz trêmula- Não tem como dar certo...
- Por que?
- Porque somos diferentes, ele é filho do dono da empresa em que trabalho e...
- Diferentes?! Carolina, eu sei de tudo o que passou com o Henry, a decepção, o sentimento de menos valia.- disse com afeto- Contudo, você não pode permitir que ele continue te machucando...
- Jane, eu não posso repetir o mesmo erro...
- Carolina, pelo amor de Deus!- segurei em suas mãos por sobre a mesa- Você não pode se fechar para a vida! Deixar que um acontecimento do seu passado, dite e defina seu presente e seu futuro, minha amiga!
- Eu tenho tanto medo. - admitiu com as lágrimas escorrendo pelo rosto tristonho.
A abracei e ela se permitiu chorar livremente.

Após alguns instantes e ao vê-la controlada novamente, retomei o assunto:
- Carol, permita-se viver! Não continue dando poder ao que aconteceu de te adoecer e impedir de ser feliz.
- Eu vou tentar... - murmurou sem muita convicção.
- E se te servir de estímulo, posso te garantir que o Fábio é totalmente diferente do Henry. - afirmei sorrindo- Ele jamais te magoaria.
- Ah, você o defende demais!
- Não defendo! Só estou falando a verdade, os Landucci são minha família e sei do caráter deles.
- Ok, srta quase Landucci!- concordou rindo- Eu confio no seu julgamento.
- Ótimo! E eu só quero te ver feliz, minha amiga!
- Eu sei e te agradeço imensamentepor todo o apoio e carinho. - segurou em minhas mãos num gesto carinhoso- Mas mudando de assunto... percebi que a senhorita está irradiando um certo contentamento que não existia antes da minha viagem... Quero saber o porquê e com riqueza de detalhes!

-Ah, Carol! Eu e o Robert estamos namorando!
- Uau! Finalmente, aquele bobo percebeu a mulher maravilhosa que estava perdendo!- falou alegre- Quero saber de tudo, com direito aos detalhes sórdidos!
- Boba! É claro que isso não pode faltar!

Em meio à risos, regadas ao bom vinho que ela havia trazido, contei tudo, sem deixar nenhum pormenor de fora.
Felicidade compartilhada, felicidade redobrada. Só espero que essa cabeça- dura se dê a chance de vivenciar novamente o amor.

Olá amoras e amorecos! Capítulo curtinho, mas esclarecedor e fofo.
Logo teremos um capítulo tenso!
Beijos de Luz!

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