THE CONTRACT || Nian [HIATUS]

Cardigan

Tá pequenininho, mas eu estou reaprendendo a escrever "The Contract", após tanto tempo sem atualizar. Não sei se ainda estão aí, mas eu sempre busco cumprir com as minhas promessas. A de sempre começar e terminar as minhas histórias é uma delas.

Esse capítulo é, em suma, dedicado a @Acneta2024, @Soy_VondyyPardo e @HGryffindor14, que sempre me apoiaram, me cobraram e não me deixaram sequer cogitar não atualizar essa fanfic mais. Amo vocês, e muito obrigada por fazerem parte desta história <3.

*Não me abandonem nos comentários e na hora da votação, por favor, embora eu sinta que não possa fazer muitas exigências, a esta altura do campeonato♡

*Críticas construtivas e opiniões são muito bem-vindas.

Bjs com Nutella (para os que não gostam, que tal brigadeiro?) e uma boa leitura.

"E quando eu senti como se eu fosse um cardigã velho
Debaixo da cama de alguém
Você me vestiu e disse que eu era seu favorito"

Taylor Swift – Cardigan.

(Nina POV)

11:30 AM.

— Você acordou — Ian se aproxima, cautelosamente, os olhos azuis me sondando com uma preocupação nada velada. Ele não tarda a vir até mim, deixando para trás a mesa posta. – Ele preparou o almoço enquanto eu dormia – Sorrio para ele, ainda me acostumando com a brisa suave do dia, que horas atrás havia sido iniciado, meus olhos ainda se adaptando ao sol que reflete através das enormes janelas. Ele aquece minha pele com um toque gentil e reconfortante, banhando a cozinha em um dourado quente que luta contra os lamentos silenciosos que ainda reverberam dentro de mim.

Ian está aqui, à minha frente, com o olhar brilhante e cheio de ternura, e, por um instante, a intensidade da sua presença me puxa de volta à realidade; minha mente, tão inquieta, e que navega entre o presente e o passado, e anseia pelo o que o futuro deve ser, encontrando seu sentido, se agarrando ao seu propósito.

Eu me aproximo, então, quebrando a distância intransponível que construí entre nós, ainda que inconscientemente.

— Acordei — Aceno, a umidade em meus olhos levando-o a avançar sobre meu corpo, que convulsiona violentamente no instante em que ele o envolve em um abraço apertado. Eu exalo minha respiração trêmula, me agarrando a ele e ao seu amor, à sua promessa. Eu me agarro, e sinto quando a tristeza recua, aos poucos dissipando, sendo substituída pela sensação calorosa de estar em seus braços. Eu o abraço, minhas mãos apertando seus ombros com toda a força que possuo. Ele me agracia com a mesma força poderosa, e me embala com toda a gentileza que carrega consigo. É seguro, e nossas almas ameaçam se fundir. Ian não me solta, seu corpo quente sendo meu templo, um refúgio em meio ao caos que tenta me arrastar para o fundo — E vou ficar bem. Nós vamos — Me firmando nessa afirmação, me recuso a ser, novamente, uma vítima da minha própria mente fraturada, me perguntando se ainda é possível voltar a ser o que era, ou se o tempo, como o sol que dança sobre nós agora, apenas aquece as feridas, sem nunca curá-las.

— Obrigado por ficar — Agradece, e beija o topo da minha cabeça demoradamente, com uma reverência divina que desfaz o nó apertado em meu peito ansioso — E obrigado por me permitir ficar — Eu sinto o seu coração acelerado batendo junto ao meu, seu peito largo firmemente pressionado contra minha caixa torácica. Cada centímetro seu abrigando cada centímetro meu. Estou em casa. E o seu cheiro me traz a lembrança de cada riso compartilhado, de cada promessa feita. Cada palavra dita. Tudo o que vivemos. É nisso que me agarro. É por isso que luto, unindo forças e me escorando a ele, até poder fazê-lo por conta própria. Aprendendo a engatinhar novamente, antes de andar.