Capítulo 3

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Christopher Uckermann

Estava conversando com alguns Doms no salão principal quando meu celular sinaliza que alguém havia entrado em minha sala, peço licença e sigo até lá. Bem, não quero que o intruso saiba que cheguei, quero pegá-lo de surpresa, por isso não entrarei pela porta principal, usarei o acesso secreto que fica no quarto ao lado, exatamente no depósito onde ficam os materiais de escritório.

— O que faz aqui escrava?

Assim que entro em meu escritório, pego Belinda fuçando alguns papéis em minha mesa, ela se assusta e imediatamente assume uma das posturas submissas; vira-se de costas para parede com as mãos cruzadas nas costas.

— Eu fiz uma pergunta, escrava, responda-me? — articulo com autoridade e dureza em minha voz.

— Desculpe-me senhor... eu...

— Insolente, eu fiz uma pergunta, responda corretamente! — Aproximo-me e meus dedos se embrenham nos fios do seu longo rabo de cavalo, puxando-o com força, sua cabeça imediatamente inclina-se para trás.

— De Joelhos, escrava.

Belinda se vira, mesmo com meus dedos segurando firme os fios dos seus cabelos. Ela se ajoelha e tenta abaixar a cabeça, mas não permito.

— Não ouse olhar para mim, só responda minha pergunta. — Exijo.

— Senhor, só queria saber com quem o senhor vai jogar na sala cinco, uma das subs do senhor Vogt, disse-me que seria ela, por que senhor? Por que não me escolheu?

Era só o que me faltava, uma escrava querendo mandar em minhas escolhas. Já fazia algum tempo que Belinda precisava de uma punição, não era a primeira vez que fugia das regras, estamos juntos a doze anos e ela ultimamente está agindo de forma imprudente. Tenho sido paciente, e até relevo alguns erros, mas eu precisava dar exemplo, antes que as outras duas submissas que eu tenho resolvesse seguir um exemplo ruim.

— Sente-se! — esbravejo. Ela abre um pouco os joelhos e se senta sobre os calcanhares, deixa as mãos sobre as coxas com as palmas para cima e baixa a cabeça. — Você ficará aqui nesta posição até que eu decida qual será sua punição.

— Meu senhor, por favor...

— Cale-se escrava. — ela se cala imediatamente. — Não me provoque, ou... — Alguém bate na porta. — Entre. — Recupero meu controle e minha postura.

— Está ocupado? — Dom Stuart abre a porta, seus olhos fixam-se imediatamente em Belinda, eu sei que ele sempre a cobiçou, pois sempre que faço uma cena pública com ela, ele está lá, com seus olhos cravados em seu corpo, parecendo um lobo faminto.

— Não estou, Dom Stuart, o que deseja? — Eu me sento e meus olhos o encaram. Belinda permanece de cabeça baixa, em posição submissa.

Ele se aproxima e me entrega um envelope. Eu abro e leio o que está escrito no papel timbrado. Levanto-me e dou alguns passos em direção a Belinda.

— Levante-se escrava. — ordeno. Belinda se levanta, mas permanece de cabeça baixa. — Você irá com Dom Stuart, ele está no comando.

Por uma fração de segundos ela levantou os cílios e eu vi seus olhos nublarem. Não sou de compartilhar minhas subs, mas a Belinda precisava ser punida e encontrei o castigo perfeito.

Eu vi o brilho de vitória nos olhos de Stuart, ele só faltou uivar.

— Dom Stuart, é só o jogo, sem coito. — digo-lhe com um olhar endurecido fixado em seu rosto. Ele apenas assente, vira-se e Belinda o segue.

JOGO DA SUBMISSÃOOnde histórias criam vida. Descubra agora