Capítulo 31

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Dulce Maria

Acordo sem pressa, meus olhos piscando de forma intermitente. A sonolência pairando em todo meu corpo, no entanto eu tenho uma sensação de calor e depois de entorpecimento. Ergo o corpo me equilibrando por meus cotovelos, giro os olhos em torno da cama e depois do quarto. Falta algo no cenário, sinto o cheiro dele... em mim, nos lençóis, no quarto. Então, não sabendo e não entendendo, vem uma sensação estranha e subitamente arrepiante. Fecho os olhos bem apertados, e respiro profundamente, tento desvendar dentro de minha mente o que está causando-me tanto frisson. O que será?

Christopher.

Christopher... Ele dormiu ao meu lado, eu e ele nos embolamos novamente, da maneira dele, mas nos embolamos.

Levanto-me.

Estou nua, e só de saber que estive o tempo todo nua ao lado dele faz um redemoinho dentro de minha barriga, e a traidora da minha buceta se contrai.

Onde ele está?

— Senhor Uckermann? — Senhor? Ele mal juntou a boca em minha buceta e eu já estou o chamando de senhor? Tenha um pouco de dignidade Dulce! Nada de senhor, é Christopher, ele que lute para que eu possa talvez, quem sabe um dia chamá-lo de senhor. — Christopher?

No banheiro ele não está, então corro para a sala e assim que meus olhos se voltam para a mesa, vejo-a toda arrumada com lindo café da manhã.

— Christopher, onde você está? — Ninguém responde, então subo até a cobertura, mas lá só encontro o silêncio. — Oh, senhor dono da porra toda, onde você está? — chamo-o enquanto desço as escadas e volto para a sala.

Ele deve ter saído, talvez tenha ido até o carro, ou foi buscar algo. Pego a manta que está no sofá e me embrulho com ela, está frio, e os pelos do meu corpo já estão se eriçando. Sigo para mesa, puxo uma cadeira e me sento. Será que devo esperá-lo? Estou com fome, faz muitas horas que não como nada.

Uma maçã, acho que posso comer uma maçã enquanto o espero.

E quando estico o braço para pegar a fruta no cesto é que vejo um papel branco dobrado. Eu o pego e abro.

Dulce, espero que coma uma grande quantidade do café da manhã que preparei para você, percebi que não tem se alimentado direito, saiba que saberei se comeu ou não, e de hoje por diante quero que cuide bem de sua saúde, apesar de não estar perto estarei a observando, mandarei seu almoço exatamente as doze horas, o lanche será servido as dezesseis, o jantar as dezenove e o lanche da noite, as vinte e duas horas, esteja em casa nestes horários, eu saberei se não estiver. Portanto, obedeça-me. Ah, antes que esqueça, não me procure, e quando digo para não me procurar, é em todos os meios de comunicação, se quiser falar com você, eu mesmo a procurarei. Tenha um bom-dia.

Seu DONO.

O dono do caralho!

Seu prepotente do cacete! Mas quem você pensa que é?

É assim? Vem, me joga na parede, me come com a boca e depois... tchau, bye, bye?

Vá se foder seu filho da puta presunçoso, vou te mostrar quem é meu dono.

Oh, raiva do cacete!

Pego o celular e ligo para a empresa do desgraçado.

— Empresas Uckermann, bom dia! Em que posso ajudar?

Em que posso ajudar? Vá até seu patrão e chute a canela dele.

Quase penso em voz alta.

— Por favor, meu nome é Dulce Maria e quero falar com o senhor Christopher Uckermann. — Estou lutando com o meu gênio da pá virada, para não começar a xingar o todo poderoso.

JOGO DA SUBMISSÃOOnde histórias criam vida. Descubra agora