Dulce Maria
Aqui estou, em um quarto de hotel luxuoso, um daqueles os quais já me hospedei quando meus pais tinham dinheiro suficiente para passarmos fins de semanas maravilhosos. Já faz algumas estressantes horas que fui leiloada e agora estou devorando meu almoço aproveitando cada pedacinho delicioso do rosbife suculento, os legumes grelhados e todos os acompanhamentos que fazem parte do cardápio requintado que há muito tempo não tenho o prazer de experimentar e nunca mais terei, provavelmente eles querem me engordar mais um pouco até o momento que o homem que comprou meu selo resolva vir cobrar o que lhe é de direito.
Eu não sei bem o que me espera. Creio que um homem que tenha três milhões de reais para pagar por uma virgem não deva ser alguém jovem, bonito e solteiro. Não, não estou esperando por um homem lindo e sim por algum velho excêntrico que tem dinheiro suficiente para comprar seus artigos de luxo e usá-los por uma noite, eu devo ser mais uma virgem em sua infinita lista, só espero que ele seja gentil, no mínimo.
— Dulce! — Batem na porta, é o Lucas. Será que o ganhador resolveu comer a sobremesa? — Querida! — Não sou sua querida baby, sou sua pequena mina de diamantes. — Preciso conversar, posso entrar?
Eu bem que queria poder me teletransportar para um outro lugar, um bem longe daqui, mas preciso do dinheiro, então é melhor encarar o demônio de uma vez e acabar logo com isso.
Limpo minha boca, bebo um gole de água, inspiro e me levanto.
— Desculpe interromper seu almoço, — ele olha na direção da mesa. Eu dou de ombro e o deixo fechando a porta, sento-me no estofado e o espero. — Você tem visitas, posso mandá-lo subir? — Já? Mal acabei de almoçar, nem fiz minha digestão direito! Quase penso em voz alta.
É, minha voz interior tinha razão, o homem veio comer a sobremesa.
— Sim, claro. — gaguejo, mesmo que eu saiba que preciso passar por isso, não estou muito à vontade de ficar nua para um estranho e deixá-lo entrar em meu corpo como se fossemos amantes. — Preciso vestir outra roupa? — Roupa, e o velho iria me querer vestida para quê? Eu e minhas perguntas idiotas.
— Não, esta está ótima. — Ele pega o celular e disca um número. — Senhor Castro pode subir, quarto trezentos e seis.
Então o nome do homem que vai me comer é Castro, é, ele tem nome de velho, só espero que seja um velho jeitoso, e que eu não precise fazer algo com a boca para deixar seu pau ereto.
Eca! Só de pensar nisso, meu almoço veio até a garganta.
— Dulce, vou deixá-los a sós, se quiser já pode verificar em sua conta que depositamos seu percentual, qualquer dúvida é só me procurar, ficaremos a sua disposição até amanhã à noite.
Como assim, ele já vai embora? Vai me deixar a mercê de um estranho?
Eu o vejo indo embora, não tenho controle de minha voz, nem do meu corpo, começo a me apavorar e aquela vontade de sair correndo toma todo meu cérebro. Fico paralisada e nem percebo que Lucas desapareceu através da porta se fechando e minutos depois escuto leves batidas.
Reticente sigo em frente, mãos trêmulas seguram a maçaneta, não quero girá-la, não quero abrir a porta, eu quero mesmo é me esconder em algum lugar.
Escuto outra batida.
Vou chorar, vou desmaiar. Olho para meu corpo.
Ele está coberto por um vestido preto reto, um pouco acima dos joelhos, Prada, adoro este vestido e assim como o relógio, eu quis ficar com ele, é simples, mas o tecido é superconfortável e o corte reto e curto me deixam à vontade.
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JOGO DA SUBMISSÃO
Fanfiction(+18) FANFIC VONDY. Christopher Uckermann Controle e domínio duas palavras que regem minha vida, tanto a pessoal, quanto a empresarial. Sou viciado nessas duas palavras. No mundo em que vivo se você perder o controle e o domínio perde tudo. As pess...