Capítulo 49

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Christopher Uckermann

Faz dois dias que nos casamos. Não pensei que me emocionaria, não sou o tipo de homem que se emociona, mas ao vê-la entrar na igreja parecendo um anjo. Juro que quase caio de joelhos. Foi a visão mais fascinante que meus olhos já viram. Eu mal conseguia repetir as palavras do padre, não conseguia parar de olhar para ela.

Foi lindo, lindo demais.

Deixei a lua de mel para depois da cerimônia das rosas, que será amanhã à noite. E hoje precisei vir até o clube conversar com meu novo gerente, já que a Belinda não administra mais a casa. Achei melhor afastá-la definitivamente de minha vida.

Guiomar me disse que ela está pensando em aceitar a proposta do Stuart, segundo ela, eles até já conversaram. Espero que tudo dê certo, de todo jeito, Belinda está bem financeiramente, me certifiquei para que nada lhe faltasse.

— Meu amor — sussurro em seu ouvido — fique aqui quietinha, não vou demorar, só vou conversar com o candidato, me certificar de que ele está mesmo apto a administrar uma casa tão grande.

— Sim, meu senhor, não se preocupe ficarei aqui observando e aprendendo. — Ela baixa os cílios. Todos os membros da casa já sabem que ela é minha esposa, a notícia sobre meu casamento ganhou o mundo, então ninguém será louco de sequer olhar para ela.

— Torça para que ele seja o candidato perfeito, caso contrário teremos que adiar nossa lua-de-mel. — digo, segurando seu queixo, morrendo de vontade de beijar sua boca.

— Nem a pau... — ela morde os lábios e olha para os lados, para ter a certeza de que ninguém escutou a besteira que acabara de dizer. — Perdão, meu senhor, escapou. — Sorri sem jeito, eu a advirto com um olhar duro. — Ficarei bem, meu dono. — murmura, baixando os cílios.

Somos marido e mulher, e eu a amo, mais do que eu podia imaginar. No entanto, sou um Mestre e dono do clube, e ela, precisa respeitar as regras da casa e as minhas. Ela sabe que se tiver de puni-la por qualquer falta de respeito, eu a punirei.

— Não irei demorar, e de onde estou posso vê-la, não se preocupe. — Acaricio seu rosto com as costas dos meus dedos.

Deixo-a sentada em dos bancos altos do bar, saboreando um delicioso drink sem álcool.

Pego o elevador privativo que leva para o andar superior. Entro em minha sala, e através da câmera a observo outra vez. Ela ficará bem.

Minutos depois mando o rapaz entrar. Eu já tinha lido todas as informações sobre ele, mas sublinhei algumas que me chamaram a atenção. Estou tão focado na entrevista, pois o rapaz é o candidato perfeito para vaga, que esqueci de olhar para tela do laptop, exatamente onde a câmera está voltada para a Donna e quando olho, não gosto do que vejo.

Ela está de pé, imóvel, encarando um homem, ele sussurra algo em sua orelha, e ela sequer se afasta. Levanto-me, vejo quando o homem fecha a mão em seu braço.

Fico cego. Deixo a sala e nem sigo para o elevador. Desço as escadas apressadamente.

Quem ousou tocar nela?

Quando chego no bar, no local onde ela estava, só encontro uma poça, e pela cor, é urina...

— Dulce! — grito. Todos se calam e olham para mim. Corro em direção a porta de saída, não a vejo.

Sigo para o estacionamento, não a vejo. Para a porta de saída da masmorra, ela está trancada.

— Dulce! — grito desesperado, pois sinto que algo aconteceu. Volto para o bar.

— Alguém viu minha esposa? Ela estava aqui, sentada, não faz nem cinco minutos? — Para quem eu encaro, eles simplesmente agitam a cabeça em negação. — Pego o barman e o puxo pelo colarinho da camisa. — Você viu quem levou minha esposa. — articulo rispidamente.

JOGO DA SUBMISSÃOOnde histórias criam vida. Descubra agora