Christopher Uckermann
Eu sempre dormi perfeitamente bem, nunca tive problemas de insônia. Meu pai achava isso admirável, pois nem mesmo ele sendo extremamente controlador com seus horários de se deitar e se levantar, não conseguia ter uma noite de sono sem interrupções, já comigo, o mundo poderia estar em guerra com tiros e bombas, que eu sequer me mexia. É como dormir dopado.
E esta noite, se consegui fechar meus olhos em um cochilo foi por meros minutos. Acho até que regulei minha respiração para não assustar a pequena moça que dormia embrulhada em meu corpo.
Foi uma madrugada longa e repleta de interrogações. Como deixei passar o fato de a Dulce ter traumas?
Castro me disse que havia feito uma varredura em toda a vida dela, o que ele deixou passar?
Respiro fundo. Deixo meus olhos admirarem um emaranhado de fios de cabelos castanhos sobre meu peito. A mão quente que pousa sobre ele, alisa-me vez outra sem ter a noção do que está causando em meu corpo.
Preciso ir ao banheiro.
E não é algo que possa deixar para depois. Tem que existir uma maneira que eu possa sair daqui sem acordá-la.
Em toda minha vida nunca dormi com alguém tão intimamente.
Não que eu tenha algo contra isso, é óbvio que não tenho, eu só não gosto de dormir acompanhado, sou um homem de espírito livre, gosto de ficar sozinho, principalmente no meu momento solo, o sono. Mas, quando há necessidade, passo algumas horas dormindo com minhas submissas, já cheguei a dormir com mais de uma, no entanto, elas não se enrolam assim em meu corpo, o máximo era uma mão sobre meu peito. Corpos atracados, nem pensar.
É, terei que fazer malabarismo para sair daqui sem que ela sinta minha falta.
Lentamente a empurro, embrulhando o lençol em seus braços. Ela resmunga.
Até dormindo ela pragueja palavrões.
Tento ser silencioso, acho até que parei minha respiração.
Sem olhar para trás corro para o banheiro. Dispo o roupão, tomo uma ducha rápida e saio apressadamente do quarto e sigo para o meu. Já vestido adequadamente caminho para a cozinha.
— Bom dia, Guiomar, Tânia! — Ela e a Tânia estão orientando os outros funcionários com seus afazeres. — Preparem uma bandeja com um café reforçado para Dulce. — Sento-me em um dos bancos que ladeiam a ilha da cozinha e sirvo-me uma xícara de café.
— Senhor, já pus a mesa do café. — Tânia com seu jeito protetor articula.
— Sr. vá tomar seu café sossegado que eu mesmo levarei a refeição da menina Dulce. — Guiomar começa a arrumar a bandeja. Sorvo o café quente e deixo a xícara no pires.
— Não se preocupe, eu mesmo levarei, quando estiver pronto me avisem, estou em meu gabinete.
Deixo-as boquiaberta.
Já em meu gabinete pego meu celular do bolso de minha calça.
— Bom Dia, doutor Elias, estou indo ao hospital com a filha do Fernando, eu preciso saber se ele está bem, não quero encontrar nenhuma surpresa.
— Bom dia, senhor Uckermann, o paciente está estável, a mudança de tratamento foi bem aceita, e a junta médica notou uma melhora clínica desde então, podem vir sim.
— Que ótima notícia, bastou alguns milhares de reais para o paciente melhorar, tenha um bom-dia doutor Elias. — Ele ia retrucar e antes que isso acontecesse, encerro a ligação.
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JOGO DA SUBMISSÃO
Fanfic(+18) FANFIC VONDY. Christopher Uckermann Controle e domínio duas palavras que regem minha vida, tanto a pessoal, quanto a empresarial. Sou viciado nessas duas palavras. No mundo em que vivo se você perder o controle e o domínio perde tudo. As pess...