Capítulo 35

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Christopher Uckermann


Eu a vi quando chegou até a mesa, olhou admirada para todos os itens que escolhi para seu café da manhã, como também percebi que estava à procura de alguma coisa, não quis assustá-la, então fico só observando seus passos, de onde estou ela não me ver. Acordei às seis da manhã, para preparar seu café, depois disso perdi o sono e resolvi nadar um pouco. Apesar da piscina não ser muito grande, mas deu para dar algumas braçadas. As oito horas já estava de banho tomado e completamente vestido, sentei-me no estofado da cobertura para assistir um pouco de TV quando escutei um barulho vindo do andar debaixo, então desci e fiquei escondido, no mezanino.

— Está à procura do quê? Se me disser o que é, poderei ajudá-la.

— Minha nossa, Christopher! Se fosse cardíaca já teria empacotado.

Ela leva a mão ao peito e revira os olhos com o susto. Desço lentamente, até chegar perto dela o bastante para abraçá-la e beijar a curva do seu ombro, sugando seu cheiro adocicado. Começo a perceber que está na hora de mudar o perfume dos seus produtos de higiene, ela não precisa cheirar igual as minhas outras submissas.

— Então, o que tanto procurava? — articulo enquanto levanto o guardanapo, já que foi o último item em que ela espionava.

— Estava procurando um bilhete desaforado. Foi o que você fez na última vez em que preparou um café da manhã. — Eu vi uma tristeza contida em seu olhar, e a culpa é minha, e nesse instante não quero vê-la triste.

— Vem cá, sente em meu colo. — Arrasto a cadeira e me sento, e logo depois sua bunda arredondada se encaixa em minhas coxas, bem próxima ao meu pênis, é o inferno, mas preciso suportar toda essa tensão. — Acho que precisamos conversar sobre algumas coisas, e enquanto a alimento, conversaremos. — Ela só assente como uma boa menina.

Na verdade, não sei se gosto muito da obediência da Dulce, acho que me acostumei com seu destempero, seu palavreado chulo, sua falta de decoro. O que é estranho, pois sou um Dom, não gosto de quem me desafia. É, não sei o que está acontecendo comigo.

— Abra a boca. — ordenei, enquanto ela me obedecia e eu deslizava uma colher com iogurte com cerais e frutas. — Dulce, só vamos ter esta conversa uma única vez. — Devolvo a colher entre seus lábios outra vez. — Não espere romance, nem beijos de boa noite, ou bom dia, não somos namorados, ou amantes, sou um Dom e mesmo você não sendo uma submissa de verdade, não posso mudar minha natureza. Quando lhe disse no bilhete para não me procurar e nem me ligar, era um aviso, se você fosse uma submissa de verdade nem precisaria deixar um bilhete, ela já saberia o que deve e não deve fazer. Minhas submissas não têm meus números de contatos, se elas precisarem falar comigo, ligam para a Guiomar, e ela entra em contato, avisando-me que há algo errado. O fato de ter deixado o bilhete, não quer dizer que não me importo, ou que não a procuraria, tenha certeza de que você não teria nem tempo para sentir minha falta, o seu erro é não confiar, e você precisa aprender a confiar em mim, você é minha, e o que é meu tem minha total atenção.

Ela baixa os cílios, e quando tento oferecer outra colher com iogurte, ela vira a cabeça para o lado contrário e tenta se levantar.

A demônia estava de volta.

— Então é isso? Se quiser falar com você, não posso? Se eu sentir saudade, que se dane meus sentimentos?

— Dulce, olhe para mim. — Deixo a colher sobre a mesa e tento segurar em seu queixo. Ela vira a cabeça para o lado rapidamente. — Dulce, olhe para mim, é uma ordem. — Seguro em seus pulsos e sacudo seu corpo, exigindo seu olhar, ela para de lutar, mas não me encara. — Olhe para mim. — exijo, falando pausadamente. Ela levanta os olhos e seu olhar raivoso me encara.

JOGO DA SUBMISSÃOOnde histórias criam vida. Descubra agora