Capítulo 7

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Christopher Uckermann

Duas coisas me desagradam imensamente: Teimosia e insubordinação.

As pessoas que quiserem trabalhar para mim, precisam excluir esses dois adjetivos completamente de suas vidas, caso contrário serão demitidas, por isso antes de serem admitidos faço questão de avaliar cada um pessoalmente, não é sempre que tem uma vaga disponível em minhas empresas, mas quando surge, deixo o pessoal do RH se encarregar de fazer a seleção, testes avaliativos, e a última avaliação é comigo, pois tenho que ter a certeza de que todos estão cientes onde estarão se metendo, não quero ninguém em minhas empresas trabalhando a contra gosto, ou contrariado com as regras, as quais são muitas.

E apesar de ser muito radical, ninguém quer ser demitido.

A vaga de recepcionista que surgiu em uma das minhas empresas de multimídia, foi criada porque a funcionária que a ocupava foi promovida, e como não havia ninguém para substitui-la geramos uma vaga, na qual fora muito disputada por executivas de alto nível, no entanto, demos prioridades a pessoas já com experiência na área e que falasse no mínimo três idiomas.

Foi o que levou Dulce a ser selecionada, apesar de não ter experiência na área. Se fosse eu a escolher as candidatas, e mesmo que não a conhecesse, ela não teria sido selecionada, mesmo que sua aparência seja exuberante.

A maldita é incrivelmente linda e sensual.

Mas, sua beleza se apaga quando abre a boca, não suporto mulheres que não sabem se comportar, que se expõem exageradamente, tanto verbalmente, quanto fisicamente. Uma mulher para mostrar sua beleza, intelecto, sensualidade e magnitude não precisa falar mais que a boca, desnudar o corpo publicamente, ser vulgar e tampouco ser agressiva.

Mulheres são lindas em sua maneira singela de ser, elas não precisam chamar a atenção grosseiramente, só o fato de ser mulher já as torna perfeitas, independentemente de ter ou não condições financeiras, estar ou não em seu grau de jovialidade, ser ou não culta, estar ou não cobertas de adornos, elas são a pureza e a delicadeza do mundo, são elas que acalmam o coração de um homem, se este souber valorizar a mulher que está ao seu lado no momento.

E a Dulce, estava pecando nos quesitos ser mulher em sua essência.

Ela ousou me acusar, ousou me desafiar, não sou de colecionar inimigos, mas aquela coisinha bonita acabara de inaugurar a minha lista.

Ela conseguiu fazer com que eu odiasse alguém. De algum jeito eu a ensinaria a me respeitar.

E, já que ela deturpava o modo de vida no qual eu escolhi viver e o odiava sem ao menos conhecê-lo, eu o mostraria, e ela o provaria por alguns meses.

Aquela mulher sem nenhum senso de conduta iria dobrar os joelhos perante mim e me chamaria de senhor.

— Christopher, posso entrar?

Castro me desperta de meus devaneios. Volto minha cadeira para posição normal e o encaro, ele está quase dentro de minha sala segurando a porta com uma das mãos.

— Entre logo, antes que o faça ser anunciado, acaso minha secretária não está na mesa dela?

— A gostosa da Lúcia? Está em uma ligação, ela mal olhou para mim. — Acho que estou dando liberdade demais para o Castro, ele já se sente meu melhor amigo, tamanho é a liberdade de suas palavras. Ele entra, e não gosto nada do sorriso cínico que me dar. — aí, a Lúcia é uma ótima opção de mulher para você, bem que poderia tentar sair com ela, a mulher é linda, gostosa e conhece sua vida mais do que qualquer outra pessoa.

Ele se senta e cruza um pé sobre o joelho e continua com aquele seu sorriso debochado.

— Em primeiro lugar, não misturo negócios com prazer, em segundo lugar, a Lúcia é minha secretária e só conhece minha vida profissional, em terceiro lugar, ela não é o tipo de mulher que eu levaria para cama, apesar de ser muito linda, e em quarto lugar e o mais importante, você não tem nada que se meter em minha vida.

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