Capítulo 40

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Dulce Maria


Senti meu coração inchar e quebrar. Como pude ser tão imbecil? Como fui me declarar para um homem sem coração?
Sr. Uckermann não ama, ele joga. E a idiota aqui, se apaixonou. Oprimeiro homem tinha que ser um DOM? Puta merda! Sou uma azarada do caralho! O primeiro homem, a primeira foda, o primeiro erro.

Eu amo você...

Velho, como pude falar essa merda?!

Só precisava me manter quieta, foder com ele o quando desse, até o dia em que se cansasse e chutasse meu traseiro com seus sapatos caros. Pelo menos ele seria só meu por alguns dias.

Sua anta. Você já sabia, que seria só sexo, qual a diferença entre você e as outras?

Não sou uma submissa.

Exato.

E por que resolveu ser? Porque eu quero agradá-lo. Porque eu o amo...

Oh, merda, eu muito fodida.

Mas, por Deus! Como não se apaixonar? Esse fodido do caralho não é só lindo, é o homem mais marcante, poderoso, gostoso, que já vi em toda minha.

E aqui estou, dentro do seu automóvel luxuoso, sendo levada para casa.

Praticamente só falamos uma dúzia de palavras desde o momento em que acordei. Tomamos banho, ele hidratou minhas costas, devido aos vergalhões do spanking, me vestiu, me alimentou, e as únicas palavras que escutei dele, foram... "você está bem?" E as minhas foram... "Estou". Do hotel para o hangar do aeroporto, não dissemos nada, ele ficou o tempo todo falando com alguém no celular e eu olhando para linda paisagem que passava ligeiramente através da janela do automóvel. Fingi dormir durante o voo, e eu acho que ele até gostou, pois sequer encostou em mim. E no trajeto para casa, ele se ocupou do celular, estou aqui brigando com meus sentimentos.

— Merda! — Penso em voz alta e rapidamente me arrependo, pois chamo sua atenção.

— O que disse? — Ele me encara com os olhos não tão compreensivos, expressivos e que eu não consigo e não me atrevo a desviar o olhar. Molho meus lábios sentindo a necessidade de sumir de dentro do carro, rezando para o Martins abrir o vidro que nos separa avisando que já chegamos.

— Nada, pensei em voz alta, só isso, pode voltar para sua ligação. — Ah, que ódio de mim, lá vem a vontade desgraçada de chorar.

Luto contra meu demônio, que me cutuca com seu garfo agonizante. Eu quero chorar, quero gritar com ele, quero dizer uma porção de desaforos, quero xingá-lo de todos os nomes feios possíveis. E por que não faço isso?

Porque eu não quero decepcioná-lo.

— Senhor, chegamos. — Quase solto o ar de alívio. Desço, nem o espero abrir a porta do carro.

Porra, caralho, quero chorar sozinha. Quero me xingar sozinha. Estou literalmente na merda, e ficar perto do Christopher é fodido demais. Ele me derruba, ele me destrói.

Só escuto sua voz chamando meu nome, nem olho para trás, entro no elevador, aperto o botão da cobertura e dou graças a Deus que ele não consegue chegar a tempo antes da porta se fechar.

Saio do elevador o mais rápido que posso e entro em casa, batendo a porta com força, corro para o quarto e me jogo na cama. Choro.

— Imbecil! — grito, abafando minha voz com o travesseiro.

— Por que eu sou um imbecil? E por que você saiu correndo na frente?

E por que eu fiz todo esse teatro? Se ele me seguiria e entraria em meu apartamento sem pedir licença?

JOGO DA SUBMISSÃOOnde histórias criam vida. Descubra agora