Capítulo 36

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Christopher Uckermann


Agora não posso negar, não mais. No início, até tentei ludibriar meus sentimentos, enganar meu coração, só que agora na atual conjuntura do tempo, é impossível negar. Meu desejo por Dulce se reforçou no momento em que ela não se negou a me chamar de senhor. Seus cílios abaixados, sua posição submissa, foi inerente para chegar a esta conclusão, e tudo isso, sem precisar de minha autoridade vocal, ela fez isso de livre e espontânea vontade.

E aqui estou, prestes a fazer o que não devo fazer, mas o farei. Porque eu a quero. Se estivesse no comando do meu coração, certamente a deixaria me esperando até o dia seguinte, como uma boa submissa, afinal, só estamos jogando, no entanto, para mim, não é mais um jogo.

Abro a porta do quarto, evitando fazer barulho. Dulce dorme, certamente não me espera mais. Durante o dia liguei para ela duas vezes, a primeira já sabia que estava no hospital, visitando o pai. Santos havia me ligado minutos antes avisando-me que um homem tentou se aproximar dela.

Eu logo fiquei enraivecido quando ele me passou a descrição do tal homem. Era o Poncho. Aquele ser estava precisando de uma lição, o quanto antes. Dei ordens expressas para o Santos não afastar os olhos da Dulce, e assim que finalizei a ligação, liguei para ela, não esperando que ela me contasse o que tinha ocorrido, já sabia que ela me esconderia o fato. Mesmo assim, me fiz presente, avisando-lhe que não deixaria nada de mal acontecer. A segunda ligação foi um pouco antes do jantar, queria saber se ela já havia se alimentado e se estava tudo bem. Ficamos conversando uns vinte minutos e antes de desligar, avisei para que ela fizesse a higiene íntima e usasse o plug anal grande.

E lá está ela. Nua, a joia vermelha do plug brilhando com a luz do abajur, seus cabelos espalhados em todo o travesseiro. Eu nunca prestei tanto a atenção em uma mulher como estou fazendo agora.

Para mim, bastava ser submissa e se comportar como tal. Claro que a beleza feminina atraí. Mas como Dom, não me apego a beleza superficial, eu me apego a essência do submisso, é isso o que o torna belo. E já tive submissas de todas as formas e raças e todas elas foram belíssimas aos meus olhos e desejos.

Mas a Dulce?

Não a vejo como submissa, mas como uma mulher na mais linda forma de ser, como se fosse algo precioso, muito raro. Sim, eu sei o quanto ela é irritante, selvagem, indisciplinada, mas foram esses adjetivos que mais me chamaram atenção, foram eles que a trouxeram para mim, acho que se ela fosse diferente, não a teria notado tão intimamente, se isto acontecesse será que estaríamos jogando? Claro que sim, no entanto, ela seria só mais uma a fazer parte do meu tabuleiro, e cedo ou tarde daria lugar a outra. Seria bom? Seria perfeito. Contudo, não seria como está sendo hoje, tão intenso, tão minha.

Fecho a porta atrás de mim, vou até uma mesa que fica no canto próxima a janela e deixo uma valise sobre ela. Não faço barulho não quero acordá-la, não ainda. Sigo para o banheiro, tomo um banho, caprichando na minha região íntima, meu pau precisa estar bem limpo, higienizado e cheiroso, hoje ele conhecerá o calor da boca da Dulce. Seco-me completamente e visto-me, trouxe uma muda de roupa e um pijama. Pego uma toalha e saio do banheiro.

Só vestido da cintura para baixo e descalço, eu me aproximo da cama, jogo a toalha dobrada no chão. Enfio as mãos dentro dos bolsos da calça e limpo a garganta.

Dulce estica as pernas e seus olhos piscam lentamente fixando rapidamente em mim.

— Meu senhor. — A cada dia eu me surpreendo com a Dulce, ela incorporou com confiança a submissa que grita dentro dela.

JOGO DA SUBMISSÃOOnde histórias criam vida. Descubra agora