Capítulo 29

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Dulce Maria

MAIS ALGUNS DIAS DEPOIS...

Acabara de chegar do hospital. Passei toda manhã ao lado de papai, ele está reagindo a estímulos e isso é fantástico, e eu queria muito estar lá na hora exata dos exames. Pude ver suas pernas se estremecendo quando o médico riscou uma espécie de caneta na planta dos seus pés. Quase grito de alegria.

Já estou fechando a porta do apartamento quando meu celular toca dentro da bolsa.

— Oi, Castro. — digo com frieza. Eu sei que ele não merece esse tipo de tratamento, no entanto, conversamos seriamente e declarei que não preciso que se preocupe mais comigo, já sou crescida e dispenso uma babá. Acho que ele não levou muito a sério o que eu disse. — Castro, diga logo o que quer, acabei de chegar do hospital.

— Estou aqui embaixo, libere minha entrada. — Mas que merda, o que ele quer agora? — Deixe-me falar com o porteiro. — Eu sei que ele está irritado, pois dei ordem ao porteiro para não deixar ninguém entrar sem antes falar comigo. Ele passou o celular para o porteiro e autorizei.

Minutos depois escuto batidas na porta.

— Nossa, agora preciso marcar hora para vir te ver? — Eu o medi de cima abaixo, quem ele pensa que é? O substituto do Christopher? Que eu saiba ele é um baunilha, então, sem chance.

Mas o que estou dizendo? Pensei isso mesmo? Acho que a Maite tem razão, preciso conhecer algum homem, preciso esquecer esse negócio de DOM e sub.

— Não é nada disso. — Entorto a boca quando articulo. — Só não quero uma babá, acho que sei cuidar de mim mesma. — Ele vai até a mesa, deixa a pasta sobre ela e retira de dentro um envelope.

— Preciso de sua assinatura, o patrão quer isso na mesa dele amanhã na primeira hora, já que hoje ele está muito ocupado com o baile de máscaras...

— É carnaval e eu não sabia? — Pego o envelope e o abro, começo a verificar, agora não assino nada que venha das empresas do Christopher sem ler com bastante atenção. Sento-me, e começo a analisar cada parágrafo.

— Não, é a festa anual do clube, vem membros dos quatro cantos do mundo, desde segunda-feira que não o vimos no escritório, e sobra para o escravo aqui.

Baile de máscara... será que eu poderia ir? Se todos estão mascarados isso quer dizer que o Christopher não conseguirá me reconhecer, e assim eu posso vê-lo, posso acabar de vez com essa minha neura, acho que só assim poderei esquecê-lo, pois tenho a certeza de que ele estará com suas mulheres, já que é um evento.

— Você vai? Ou só pode ir quem é do meio? — Espero que ele responda e não desconfie de minha pergunta tão direta.

— Não é a minha praia essa coisa de mandar, ou obedecer, gosto de relacionamentos normais, nada tão quente, mas a festa é para membros e convidados.

Assino o documento, é só a papelada final do contrato do empréstimo. Até me decepcionei, lá no fundo eu queria algo mais comprometedor, mas acho mesmo que Christopher se esqueceu de mim.

— E o novo motorista, está gostando dele? — Não sei por que Castro me fez esta pergunta, se ele sabe que não estou usando os serviços do rapaz, tenho ido ao hospital de UBER.

— Engraçadinho, não vou nem te responder. Era só isso?

— Nossa! O que eu fiz? Precisa me expulsar?

— Sem gracinha Castro, se o seu patrão não quer nem escutar minha voz, também não quero sequer ver um dos empregados dele, portanto vá embora se não tem mais nada a dizer.

JOGO DA SUBMISSÃOOnde histórias criam vida. Descubra agora