Capítulo 33

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Christopher Uckermann

— Christopher! — Ela acorda. Viro meu olhar ligeiramente para ela, não gosto do que vejo. — Christopher, pare o carro, por favor para o carro! — Ela destrava o cinto, e automaticamente reduzo a velocidade, ligo a seta e sigo para o acostamento. — Vou vomitar...

Não dá tempo para nada. Dulce abre a porta e joga a cabeça para fora.

— Santo Deus, Dulce, cuidado! — Solto meu cinto e saio, dando a volta. Não me importo se meus sapatos caros levam um banho de vômito, só quero cuidar dela. — Estou aqui — Agacho-me segurando os dois lados de sua cabeça. — Está melhor?

— Eu, eu... — Ela volta a sentir náusea. Baixa a cabeça e joga para fora toda as porcarias que ingeriu nas últimas horas. — Eu vou morrer... — Seguro firme sua cabeça e começo a me preocupar, está gelada e o suor toma toda sua testa.

— Respire fundo, você ficará bem...

— Não, não ficarei bem, estou morrendo, aqui dentro tudo dói.

— Ela leva a mão direto para o peito. — Christopher, ajude-me, não quero morrer.

É, com toda certeza é o seu primeiro porre. Acho que ela não precisará ser punida, já teve sua dose de punição por hoje, o que ela precisa é ser cuidada.

E é o que farei.

— Dulce, olhe para mim, você ficará bem. — Ela tenta me encarar, só que ao erguer a cabeça seu olhar fica dúbio e se fecha, sua cabeça cai desfalecida em minhas mãos. — Jesus, Dulce, acorde, não faça isso comigo. — Encosto meus lábios nos dela e a beijo lentamente, segundos depois beijo em torno do seu rosto. — Minha coisinha bonita, acorde, vamos, abra seus lindos olhos para que eu possa me encantar.

— Desculpe, desculpe-me, só dou trabalho, não é? Eu sou uma imbecil mesmo, você tem todo o direito de me odiar, sou muito chata, sou uma merda de pessoa...

Que inferno, por que ela está dizendo essas coisas, o que a faz pensar que é tudo isso?

— Menina, olhe para mim, você não é nada disso, é teimosa feito uma mula, mas é só isso, venha cá. — Eu a puxo para meu peito, e ela esconde o rosto nele. Começa a chorar. — Dulce, não chore...

— Eu, eu só quero que você goste de mim, será que pode fazer isso?

Ela ainda está sob o efeito do álcool e certamente quando o porre passar irá esquecer de tudo o que disse. Como também o que eu disser.

— Dulce, só um louco não gostaria de você — Afasto-a do meu peito e seguro seu rosto com minhas duas mãos. — Tudo ficará bem, minha menina, nós ficaremos bem, agora vamos para casa, você precisa de um banho, e cama.

— Banho não, cama sim e com você, será que você pode me amar hoje? — Ela fecha os olhos e molha os lábios com a ponta da língua, depois me encara outra vez. — Esquece, já não sei mais o que estou dizendo, deve ser o efeito do álcool, não sei por que eu pensei que você pudesse me amar, sou uma idiota.

Amar? Será que ela pensa que entre nós dois existirá amor? Pode até ser, só não sei se é o tipo de amor que ela procura, não sei se posso dar para ela esse tipo de sentimento.

Ela continua me encarando, com aquele olhar vago, buscando a resposta em minha expressão facial.

Eu a quero, disso tenho certeza, a quero tanto que às vezes, penso em roubá-la e trancá-la em algum lugar e só soltá-la quando disser que me quer mais do que tudo que quer na vida. Mas isso não é o amor que ela procura. É o amor que tenho para oferecer, um amor possessivo, ciumento, dominante, controlador, protetor... Por Deus! É o que sinto, e é assustador, e se é assustador para mim, imagine para ela. Dulce, nunca aceitará essa força dominadora, chamada Christopher. Ela é livre demais para se deixar aprisionar nas grades do meu coração.

JOGO DA SUBMISSÃOOnde histórias criam vida. Descubra agora