A Dor de uma Esposa

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12 de abril de 1996

Chateau Flamel, França

Bruxos e bruxas em vestes azul-marinho profundas se aglomeravam ao redor do gramado em ruínas.

"Monsieur Potter", um auror francês pigarreou. "Preciso que você descreva os eventos novamente com suas próprias palavras."

"Olha, companheiro. Eu te contei tudo o que precisava. Não uma, mas duas vezes." Harry fez uma careta. "Se você tiver mais problemas, leve-os a Sebastien Delacour ou Albus Dumbledore. Acabei de lutar contra Grindelwald e seus homens. Não estou com humor para essa merda."

Harry se virou e caminhou em direção ao Chateau Flamel, entrando pelo buraco na parede.

"Reparo", Harry acenou com a mão e alguns dos destroços voaram de volta para o lugar, deixando um buraco menor na parede.

"Eu o destruí com a maldição da morte." Harry estremeceu. "Isso não vai ser consertado."

Harry entrou no Chateau, seus olhos procurando por Perenelle Flamel. Ela não estava em lugar nenhum. Harry acenou sua varinha e um brilho azul se espalhou de sua ponta, correndo pelo Chateau. Um momento depois, Harry sentiu que ela respondeu e subiu a escada de mármore para o primeiro andar.

Antes que ele pudesse ir mais longe, a porta de uma sala se abriu com força, Perenelle emergindo de dentro.

"Oh, é você." Ela enxugou suas lágrimas. "Eu- eu peço desculpas por mais cedo. Não foi sua culpa."

"Está tudo bem, Madame-"

"Deveria ter sido eu em vez de Nicholas." Novas lágrimas correram por suas bochechas. "Fui eu quem não o escutou. Deveria ter sido eu. Ele sempre dizia que deveríamos ir embora! Fugir para o pôr do sol e viver o resto de nossa vida com conforto. Mas eu queria manter esta casa. Eu fui estúpido e egoísta."

"Madame Flamel," Harry se mexeu desconfortavelmente. "O que aconteceu, aconteceu. Mas não acho que você esteja mais segura aqui. Tenho uma... amiga que mora na França. Podemos ir para lá."

"Não importa se estou insegura." Perenelle fungou. "Grindelwald levou tudo o que eu tinha. O que me resta? Pelo menos—"

Harry agarrou o braço dela.

"Madame Flamel, seu marido não gostaria que você morresse." Harry disse. "Não deixe que a morte dele seja em vão."

"Você não entende."

"Madame Flamel, perdi tudo o que tinha quando tinha apenas um ano de idade. Cresci sem ninguém para chamar de família." Harry lançou-lhe um olhar penetrante. "Sei que você sofre por seu marido. Mas sejamos um pouco práticos aqui. Precisamos ir embora. Você não está segura aqui."

Perenelle assentiu fracamente.

"E—" Harry fez uma careta. "Este pode não ser o melhor momento para perguntar isso, mas você tem alguma ideia do que Grindelwald roubou?"

"Este Chateau tem muitas coisas", ela murmurou. "Mesmo que não tenhamos mais a pedra, temos muitas coisas diferentes. Livros, ingredientes de poções, dinheiro, Elixires, artefatos e até mesmo—"

Toda a cor sumiu do rosto de Perenelle.

"E?" Harry perguntou.

"Merde." Perenelle engasgou. "Sr. Potter, você deve buscar Alvo agora mesmo!"

"Claro", Harry sacudiu sua varinha e seu patrono dragão voou para fora, desaparecendo através da parede.

Virando-se para Perenelle, ele a viu subindo as escadas correndo, dois degraus de cada vez.

THE RISE OF THE LAST POTTER (TRADUÇÃO)Onde histórias criam vida. Descubra agora