As Relíquias da Morte

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30 de junho de 1996

Little Hangleton, Grã-Bretanha

Relâmpagos cortavam o céu noturno, o estrondo do trovão ecoando pela pitoresca cidade trouxa abaixo. O vento farfalhava através das folhas e galhos das árvores, puxando as vestes de Harry enquanto ele seguia Dumbledore pela estrada de paralelepípedos.

A ponta da Varinha das Varinhas apareceu na manga de Dumbledore, brilhando em um amarelo fraco enquanto ele andava, deixando um leve rastro em seu rastro.

"Sabe, você poderia transformar seu traje em algo mais... discreto", disse Harry, observando um grupo de adolescentes rirem enquanto Dumbledore passava por eles.

"Onde está a graça nisso, meu garoto?" Os olhos de Dumbledore brilharam alegremente. "Além disso, Pomona sempre diz que amarelo fica bem agradável em mim."

"Talvez um tom melhor", Harry murmurou.

"Infelizmente, todo mundo é crítico." Dumbledore suspirou. "Eu—"

O diretor parou de repente, franzindo a testa profundamente. Harry inclinou a cabeça e sacudiu a varinha na mão. Um leve brilho de magia correu pela área ao redor deles, afundando inofensivamente no chão.

"Professor, há algo errado?" Harry perguntou enquanto Dumbledore começou a andar pela área, a Varinha das Varinhas brilhando em sua mão.

"Não tenho certeza." Dumbledore fechou os olhos e estendeu a mão. "Eu senti... algo. Mas desapareceu agora e meus feitiços de detecção estão ficando em branco. Quase... em branco demais."

Harry se aproximou do lado de Dumbledore, observando o diretor de Hogwarts cuidadosamente.

"Não há nada aqui", um sussurro surgiu em sua mente, soando como um silvo serpentino. "É—"

Harry se beliscou e apertou seus escudos de Oclumência, esmagando a voz em sua mente.

Uma voz que não era a sua.

"Oh sim, há algo aqui." Harry se virou para Dumbledore, que estava balançando sua varinha em movimentos complicados. "Ele quer que eu vá embora, mas é muito sutil. Agora que tenho meus escudos completamente levantados, ele até parou de cutucar."

"E ainda assim, não consigo sentir nenhum traço de magia," Dumbledore disse. "Nem mesmo os ecos dos feitiços que lançamos."

"Você consegue sentir ecos de feitiços?" Harry piscou. "Eu só consigo sentir quando a magia está sendo lançada ou está funcionando ativamente — como proteções."

"É bem possível sentir ecos de feitiços, meu rapaz." Dumbledore inclinou a cabeça e fechou os olhos como se tentasse ouvir alguma coisa. "Mesmo o mais fraco e simples dos feitiços, digamos o feitiço de levitação, deixará um traço por um tempo depois de ser lançado. Admito que um curto período, mas o traço que pode ser detectado se alguém for sensível o suficiente para sentir magia."

"E magia foi lançada aqui por nós há apenas alguns momentos," Harry disse suavemente. "E ainda assim você não consegue sentir nada disso. Isso significa que há algum encantamento ou uma proteção escondendo a magia ao redor desta área." Harry girou sua varinha e a área ao redor deles brilhou intensamente, uma brisa farfalhando na estrada. "...E ainda assim, todos os feitiços de detecção estão dando em nada. Este deveria ter mostrado algo."

"Você tem algum feitiço em Parselmagic que possa fazer algo assim, Harry?" Dumbledore acenou com a mão, outra onda de magia percorrendo a área. "É um dos poucos ramos da magia que eu desconheço completamente, enquanto Tom o domina."

"O mais próximo que eu sei de algo assim é um feitiço que redireciona feitiços de detecção, dando informações falsas ao conjurador. Ou, colocando um confundo no esquema de proteção para enganar feitiços de detecção." A testa de Harry enrugou. "Mas garantir que nenhuma magia seja sentida apesar da magia estar presente e ativa? Isso é... outra questão completamente. Eu não acho que isso deveria ser possível."

THE RISE OF THE LAST POTTER (TRADUÇÃO)Onde histórias criam vida. Descubra agora