My refuge.- Carl Grimes

Fugitivo

Carl Grimes POVs

A igreja estava cheia, mas o clima não era de conforto. Todos estavam em silêncio, ouvindo meu pai explicar o plano. Meu pai, estava de pé perto do altar, segurando sua pistola com firmeza, enquanto seus olhos analisavam cada rosto presente. Ele parecia exausto, mas determinado.

— Vamos sair daqui agora — ele começou, olhando para Daryl, Tyreese e Sasha. — Carol está lá fora e precisamos trazê-la de volta. Não sabemos o que vamos encontrar, mas temos que tentar.

Eu queria me oferecer para ir, mas sabia que meu pai não deixaria. Ainda assim, fiquei atento a cada palavra, tentando gravar todos os detalhes do plano.

Rick então virou o olhar para mim, Michonne e Malia.

— Enquanto estivermos fora, quero que vocês fiquem aqui e protejam a igreja. Fechem tudo. Bloqueiem portas e janelas. Se algo acontecer, mantenham Judith segura acima de tudo.

Olhei para Judith, dormindo tranquilamente no colo de Malia, completamente alheia ao caos ao redor.

— Carl. — A voz de Rick me trouxe de volta à realidade. — Confio em você para manter todos seguros.

— Eu vou, pai. Não vou deixar nada acontecer.

Rick assentiu e então se virou para Malia.

— Você também, Malia. Quero que fique de olho em tudo. Se ouvir ou vir algo estranho, avise Michonne ou Carl imediatamente.

Malia ajeitou Judith em seus braços, o olhar sério.

— Pode deixar, Rick. Não vou baixar a guarda.

Meu pai deu um último olhar ao grupo antes de pegar sua arma e seguir em direção à porta, com Daryl e os outros logo atrás. Ele parou por um momento, olhando para mim como se quisesse dizer algo mais, mas acabou apenas balançando a cabeça e saindo.

Assim que eles foram embora, a igreja ficou mais silenciosa do que nunca. Por alguns segundos, ninguém falou nada.

— Vamos começar — Michonne disse, interrompendo meus pensamentos. Ela apontou para os pedaços de madeira que havíamos encontrado em um armário. — Precisamos pregar isso nas portas e janelas.

— Certo. — Peguei o martelo e alguns pregos que Rick deixou.

Malia hesitou um instante, olhando para Judith.

— Onde eu posso deixá-la? Não quero que ela fique no chão enquanto estamos ocupados.

Olhei ao redor até encontrar uma caixa de madeira ao lado do altar. Tinha panos suficientes para deixá-la confortável.

— Aqui. — Apontei.

Malia foi até lá e ajeitou os panos antes de colocar Judith com cuidado. A bebê se remexeu um pouco, mas logo voltou a dormir.

— Ela vai ficar bem — falei, tentando tranquilizá-la.

Malia respirou fundo, lançou mais um olhar para Judith e se levantou.

— Vamos proteger este lugar.

Começamos pela porta principal. Eu segurei a madeira no lugar enquanto Michonne pregava com firmeza. Malia, ao meu lado, passou a buscar os pregos e mais tábuas.

— Coloque a madeira mais em cima, onde é mais difícil empurrar — Michonne disse, batendo o martelo com força.

Eu a obedeci, segurando o pedaço mais alto na porta. Depois de alguns minutos, ela estava bem reforçada com três tábuas pregadas horizontalmente.

Quando terminamos ali, fomos para as janelas. Michonne e Malia ficaram responsáveis por uma lateral da igreja, enquanto eu trabalhava do outro lado.

— Isso não vai atrair os mortos, não? — Malia perguntou, enquanto pregava uma tábua na janela com a ajuda de Michonne.